Bom dia,O desenho das alterações na legislação eleitoral, e no financiamento das campanhas eleitorais, já revelado pela imprensa, que o Congresso Nacional quer empurrar goela abaixo aos brasileiros é de arrepiar. Todo o sentido dessas mudanças tem o objetivo claro de criar as condições para que os canalhas que dominam as duas casas legislativas federais (Senado e Câmara), bem como a burocracia partidária possam se reeleger. De um lado, eles falam em “Distritão”, que corresponde a uma mudança profunda na forma dos eleitores elegerem representantes nas eleições proporcionais – Câmara dos Deputados e Assembleias Legislativas –, com o abandono do chamado quociente eleitoral pela utilização dos votos atribuídos a cada candidato, independente do sufrágio dado aos partidos e coligações.

Outra decisão que caminha para ser tomada é a destinação de R$ 3,6 bilhões, que somados ao um bilhão do chamado Fundo Partidário, colocaria nas mãos dos mandachuvas partidários, cerca de cinco bilhões de reais de dinheiro público, para que eles financiem suas próprias campanhas e de seus apaninguados, incluindo aí, a parentela. Essa montanha de dinheiro público seria distribuída entre os partidos a partir do número de parlamentares de cada um, e como os grandes – quase todos dirigidos pelos canalhas citados em caso de corrupção –, concentram cerca de 70% das bancadas, receberão a parte maior. E o pior, não há critério a ser obedecido pelos dirigentes partidários na distribuição da grana entre seus 27 Diretórios Estaduais, o que permite que eles gastem o dinheiro público segundo seus interesses políticos e pessoais.

Outra pilantragem que está sendo estudada, sob o comando dos canalhas, é a instituição de um modelo chamado de Misto, em que 50% dos deputados seriam eleitos pelo critério de votos atribuídos nominalmente aos candidatos, e a outra metade seria eleita através dos votos atribuídos aos partidos através da chamada Lista Fechada, cuja ordem dos candidatos será feita pelos dirigentes partidários. É nessa lista que os canalhas incluirão seus apaninguados e sua parentela. Não há qualquer impedimento legal para que façam isso, e do ponto de vista moral nada constrange esses canalhas.

É nesse cenário que devemos ter eleições gerais em 2018. Os canalhas manipularão o dinheiro do contribuinte para financiar suas campanhas e comandarão a relação de nomes que eles irão querer ver eleitos na eleição proporcional. Assim só sairemos de cenário sombrio, com a hegemonia dos canalhas que vem roubando dinheiro público nas últimas décadas, se os brasileiros e as brasileiras tomarem a decisão pessoal de não dar seus votos a gente reconhecida e notoriamente canalha. LANÇAMENTOEstá quase tudo certo para a grande festa que os agricultores roraimenses pretendem realizar para marcar o início da colheita de soja no estado. Os dias estão definidos: no dia 1º de setembro haverá a solenidade mais formal com palestras de técnicos de renome nacional e internacional, a ser realizada no Centro de Atividades de Fronteira (CAF), da Universidade Federal de Roraima (UFRR). No dia seguinte, 2/09, haverá o dia de campo, na propriedade de um sojicultor, onde autoridades e produtores devem fazer discursos e depois o público poderá assistir o início efetivo da colheita. Ontem, o presidente da Comissão Organizadora, Antônio Denarium, esteve na Folha para deixar um convite à diretoria do jornal.NÃO VEMDepois de confirmar a presença para o lançamento da colheita de soja em Roraima, o ministro Blairo Maggi, da Agricultura e Abastecimento, telefonou ao empresário Antônio Denarium para cancelar sua vinda ao estado. O motivo do cancelamento foi a convocação feita pelo presidente Michel Temer (PMDB) para acompanhá-lo numa viagem a República Popular da China, para uma rodada, no mesmo período, de reuniões do BRICS, que é o grupo integrado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Maggi será representado na festa de início da colheita da soja roraimense pelo secretário-executivo do Ministério.PACTUAÇÃOEspecialista que se debruçou sobre as contas públicas do estado disse à Parabólica que a crise financeira entre nós também vai se agravar. Levando em conta o balanço dos últimos três meses, o dinheiro arrecadado pelo Tesouro Estadual não dá para pagar a folha de salários do funcionalismo, a transferência do duodécimo dos órgãos e demais poderes, e as obrigações financeiras (juros e amortizações) dos empréstimos herdados da administração estadual anterior. Esse mesmo especialista diz da existência de um déficit mensal nas contas do governo estadual de cerca de R$ 30 milhões. “Se não houver um novo e urgente pacto entre os poderes quanto à divisão do bolo orçamentário, o Estado quebra de vez”, diz.VERGONHAE parece continuar as ações de alguns políticos no sentido de dificultar as ações sobre a titulação de áreas rurais em Roraima por parte do Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima). Depois do processo que pede Anuência Prévia do Conselho de Defesa Nacional (CDN) para que o governo possa entregar títulos definitivos aos agricultores, dormitar por mais de três meses no Instituto de Colonização e Reforma Agrária (entre Boa Vista e Brasília), uma fonte da Parabólica diz ter a informação de que o problema agora foi enviado para uma subsecretaria do Gabinete Civil da Presidência da República. Tudo para evitar que os títulos sejam emitidos, e entregues aos agricultores. É uma vergonha!