Bom dia,

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve ter crescido menos de 1% durante o ano de 2017. Os áulicos do governo – e boa parte da imprensa nacional – vêm desde muito tempo, falando em recuperação da economia tupiniquim graças às medidas tomadas pelo governo de Michel Temer (PMDB). E quando se pergunta quais foram essas medidas adotadas pelo governo peemedebista que permitiram a estagnação da crise econômica do país, fica difícil de encontrá-las, exceção, por dever de respeitar a verdade, da redução da taxa de juros básicos da economia (SELIC), que fechou o ano velho em pouco mais de 7% ao ano. Uma baita queda de cerca de 5% pontos porcentuais, mas, de fato, insuficiente isoladamente para fazer a economia andar.

A grande verdade é que a economia parou de cair porque já houvera atingido o fundo do poço e com grande capacidade ociosa voltou a apresentar esse anêmico crescimento que não chega a 1%. Por outro lado, a grande verdade é que os empresários passaram a dar menos atenção às atrapalhadas governamentais feitas em Brasília, e voltaram a priorizar suas próprias empresas, envoltas numa crise avassaladora. Em outras palavras, os economistas dizem que esse desempenho, embora pífio, significa que a economia se deslocou (ou desgrudou) da crise política, que não para de ser produzida na Capital do Brasil.

Tanto é verdade que o chamado mercado continua a desacreditar do governo federal é que uma das maiores agências de avaliação de riscos, a americana Standard & Poor’s, acaba de elevar o risco de o governo brasileiro não conseguir pagar sua dívida pública, hoje superando os R$ 3,7 trilhões. O pequeno crescimento do PIB (soma de todos os bens e serviços produzidos durante o ano); a estagnação do investimento interno e a desconfiança do mercado são três fortes indicadores de que ao governo Temer não se deve creditar qualquer feito em torno do cenário de crise que ainda envolve a economia tupiniquim.

PARADAO ministro da Saúde, Ricardo Barros (PP-PR), fez uma visita relâmpago a Roraima no domingo (14), aproveitando uma escala técnica (abastecimento de combustível), numa viagem ao Haiti. No sábado (13), outro figurão da República teve de fazer uma escala técnica na Base Aérea de Boa Vista: o presidente da Câmara Federal. O deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ) que seguia numa viagem até a capital dos Estados Unidos, Washington. Maia era acompanhado de uma comitiva que incluía os deputados federais José Carlos Aleluia (DEM-BA); Heráclito Fortes (PSB-PI); Elmar Nascimento (DEM-BA); e Fernando Monteiro (PP-PE).

DEVERIAA comitiva do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, não saiu da Base Aérea de Boa Vista enquanto a aeronave em que viajava era abastecida. Chamaram para uma conversa informal o deputado federal Hiran Gonçalves (PP), que se encontrava na Capital roraimense, com direito à fotografia e tudo mais. Em Washington DC, em pronunciamento na Organização das Nações Unidas (ONU), Maia falou na crise humanitária instalada em Roraima em decorrência da migração de venezuelanos. Já é alguma coisa, mas ele teria muito mais subsídio para falar dessa tragédia se tivesse visitado algumas ruas e avenidas de Boa Vista, bem como os abrigos precariamente montados para socorrer essa gente.

CONTRAPONTODepois de ser criticada pela prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (PMDB), na rede social Twitter, e responder às críticas em outra rede social, o Facebook, a equipe da governadora Suely Campos decidiu criar uma conta na mesma rede, Twitter, para ela. Será que vem mais troca de farpas por aí? Já vem de algum tempo a ideia de que o principal canal a ser utilizado pelos políticos é a rede social, que aceita tudo o que é versão, até mesmo aquelas mensagens que podem descambar para ofensas.

PROPAGANDOUma indicação de que as redes sociais serão utilizadas até a exaustão nessas eleições que se aproximam, vem também da equipe de marketing do pré-candidato José de Anchieta Júnior (PSDB). Através de seu Facebook, Anchieta está divulgando parte de sua entrevista concedida à Rádio Folha (programa Agenda da Semana), no último domingo. O ex-governador avisa que publicará vários trechos da entrevista, e começou por divulgar a parte em que ele diz que a única explicação para as críticas da prefeita Teresa Surita contra sua administração, depois de tanto tempo, e de ter sido beneficiada por ela, é ingratidão.

APURAÇÃOO Ministério Público do Estado de Roraima, por meio do promotor Luís Carlos Leitão de Lima, 1º Titular da Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, vai apurar o eventual crime ambiental, decorrente do despejo de esgoto no Igarapé próximo à Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. O promotor de Justiça mandou converter a Notícia de Fato – NF nº 007/13/PJMA/1ºTIT/MP/RR em Procedimento Preparatório – PP nº 001/2018/PJMA/1ºTIT/MP/RR.

CALADAOs partidos de esquerda, devidamente habilitados junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR), andam bastante discretos quanto a eventuais candidaturas ao governo do estado na eleição de outubro próximo. O Partido dos Trabalhadores é o único a manifestar apoio a uma das candidaturas já postas, no caso, à reeleição da governadora Suely Campos (PP). Os outros parecem mirar apenas nas eleições proporcionais (deputados estaduais e federais), embora seja quase natural que tenham um palanque para senador (a) e governador (a) para tocar a campanha.