Bom dia,Vamos refrescar um pouco a memória. Dilma Rousseff (PT), então presidente da República, sofreu um impeachment do Senado Federal há pouco mais de um ano por conta das chamadas pedaladas fiscais. A acusação básica era de que, durante o ano eleitoral de 2014, ela na condição de presidente teria mandado pagar benefícios sociais, entre os quais o Bolsa Família, sem repassar o correspondente valor aos bancos oficiais que pagam esses benefícios. Também no rol de acusações constava o pagamento pelo Banco do Brasil de cerca de R$ 60 bilhões para o financiamento da safra agrícola, sem que o Tesouro Nacional fizesse, igualmente, o repasse dos recursos para o banco. Os senadores que votaram pelo impedimento de Dilma aceitaram a acusação de que ela evitara repassar o dinheiro para os bancos para que aquelas despesas não fossem contabilizadas, porque extrapolaria a chamada meta fiscal, especialmente o superávit primário fixado na lei orçamentária.
Pois bem, ontem o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou sem qualquer pejo, que o imenso déficit primário já estimado pela lei orçamentária vigente de R$ 139.000.000.000,00 (cento e trinta e nove bilhões de reais) não poderá ser atingido até o fim do ano. Depois de semanas de adiamento, Meirelles anunciou que o governo mandará Projeto de Lei ao Congresso Nacional aumentando em R$ 20 bilhões o rombo das contas públicas, elevando o déficit primário das contas do governo federal para inacreditáveis R$ 159.000.000.000,00 (cento e cinquenta e nove bilhões). É um buraco colossal, que não pode ser creditado apenas à queda na receita.
Ora, o dinheiro das pedaladas fiscais, todos sabem, foi para o pagamento de programas sociais e o financiamento da safra agrícola. E mesmo assim, Dilma Rousseff foi cassada. E esse rombo monumental das contas públicas no governo Michel Temer (PMDB) foi devido a quê? Ninguém explica na sua totalidade e, com certeza, não foi só pela queda da receita e pelo rombo da Previdência Social. Há muito mais água que passou por essa ponte.
E por que, o mesmo Congresso Nacional que cassou Dilma Rousseff vai dar, com certeza, autorização para Temer aumentar o buraco das contas públicas? A diferença pode ser vista nos jantares no Palácio da Alvorada, nas nomeações para cargos federais e na liberação de muita grana para aliados. Dilma até tentou fazer isso, mas depois de espalhar, e já era tarde demais.PERFILFonte da Parabólica diz que mudou muito o perfil dos adolescentes infratores desde que o Centro Socioeducativo (CSE) foi implantado há mais de 15 anos, no governo Neudo Campos. No começo, a grande maioria dos menores encaminhados àquele centro era constituída de menores apreendidos por delitos menores típicos pequenos roubos, violência doméstica, e outros de menor porte. Hoje, segundo essa fonte disse à coluna, a maior parte dos menores encaminhada ao CSE é constituída de infratores com outras passagens pela polícia, menores acusados de homicídios, integrantes do crime organizado e traficantes com larga experiência na prática. É claro, essa nova realidade só torna mais difícil um eventual trabalho de recuperação de tais menores.BASTIDORESOficialmente a mudança na presidência da Companhia Energética de Roraima (CERR) foi devida ao fim do contrato de cogestão entre o Governo do Estado e a Eletrobras. Nos bastidores a versão é mais complexa e envolve falta de conduta ética do ex-presidente daquela estatal do estado, Renato Amorim, que é funcionário da Eletrobras. O enredo é o seguinte: na inauguração de uma subestação de energia no município de Bonfim, uma obra feita pela Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinf) com dinheiro de empréstimo junto à Caixa Econômica Federal (CEF), o então presidente da Cerr, em vez de levar a governadora para cortar a fita – o que seria eticamente esperado –, convidou para a festa o notório senador Romero Jucá (PMDB). SÓ DEPOISNa série dos pré-candidatos ao governo do estado na eleição de 2018, a Folha publicaria hoje a entrevista com a prefeita Teresa Surita (PMDB), para muitos candidatíssima ao governo estadual no próximo ano. Ontem, por sua assessoria, a prefeita mandou dizer que só falará sobre o assunto no começo do próximo ano. É um direito que lhe assiste, evidentemente, mas reforça os boatos de que o PMDB estaria, pelo próprio presidente da legenda, resistindo a torná-la candidata em 2018. Especialmente por conta da bancada de deputados estaduais ligados ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), Jalser Renier (SD). Muitos desses parlamentares já teriam dito a Jucá, que tende a ter esse apoio para o Senado Federal, que ele ficaria sozinho no palanque se a candidata for Teresa Surita.SEM CHEFIAPelo que se pode depreender da leitura das Portarias assinadas pelo procurador-geral de contas, Diogo Novaes Fortes, a Procuradoria de Contas do Estado estará sem chefia a partir de hoje, quarta-feira, 16. Ele próprio estará em Brasília para participar do “Seminário de Governança e Gestão Organizacional: Novo modelo, Papéis e Responsabilidades”. Seus outros dois colegas, Bismarck Dias de Azevedo e Paulo Sergio Oliveira de Sousa, estarão igualmente fora do Estado. O primeiro para acompanhar o chefe à Capital Federal para participar do mesmo evento; e o segundo estará em Belém (PA), para participar do “I Congresso Brasil Norte de Engenharia Sanitária e Ambiental”, no período de 16 a 19 de Agosto de 2017.