Bom dia,
Vez por outra, internautas usuários das redes sociais tentam robustecer campanhas para convencer os eleitores e eleitoras brasileiros a não votarem em candidatos à reeleição para os diversos cargos que estarão em disputa nas eleições do próximo ano: presidente, governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais. “Político nenhum presta” é o mantra utilizado para convencer eleitores e eleitoras desavisados para que eles não votem, votem em branco, anulem seus votos ou simplesmente – muitos só querem uma justificativa – vendam suas escolhas em troca de promessas de emprego, ou o recebimento puro e simples de dinheiro.
A quem serve esse tipo de campanha? Em sociedades democráticas, mesmo que imperfeitas como a nossa, a única possibilidade de mudanças, mantidas as instituições em funcionamento, é através do voto, mesmo que o desespero da população chegue, nalgumas vezes, a aspirar essas mudanças através de golpes militares, ou através de guerra civil interna. A experiência tem mostrado que essas saídas não terminam bem e às vezes sequer começam bem. Na verdade, negar o voto a candidatos ou candidatas, que de alguma forma possam nos representar melhor, é fazer o jogo dos velhacos que tentam colocar todos no mesmo saco para vencer eleições pela compra de votos.
AMEAÇADe uma empresária, leitora da Parabólica, um dos nossos relatores ouviu, ontem, no feriado, o seguinte: “Eu acho que é necessário que os agentes municipais de trânsito fiscalizem a velocidade dos carros nas avenidas e ruas de Boa Vista. Embora eu também entenda que a velocidade permitida em algumas artérias esteja muito baixa, ainda assim concordo. Mas, é preciso que também seja melhorado o policiamento nas ruas e avenidas, pois a baixa velocidade é um convite para que bandidos em motocicletas assaltem os motoristas. No sábado, eu mesma quase viro vítima disso”.
NO OSSOParece que as coisas andam difíceis, do ponto de vista orçamentário na Secretaria Estadual de Saúde (SESAU). É o que se pode denotar depois que o secretário Paulo Linhares assinou e fez publicar no Diário Oficial do Estado (DOE) portaria mandando “suspender novas concessões de diárias provenientes da fonte 109, exceto os pedidos referentes à Caravana do Povo”. A fonte 109 é aquela alimentada pelos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE).
FERIADONo feriado de ontem, para comemorar a proclamação da República – a grande maioria da população sequer sabe que é isso –, a cena voltou a repetir-se: enquanto os servidores públicos ficaram sem cumprir expediente, a grande maioria dos trabalhadores do setor privado trabalhou, e muito. Quase todos os estabelecimentos comerciais e de serviços estiveram abertos, especialmente, pelo turno da manhã. É a velha história: os servidores públicos terão seus salários depositados integralmente no final do mês, trabalhem ou não. Já muitos trabalhadores do setor privado complementam o pequeno salário, com comissões de venda, por isso trabalham o quanto podem.
PROTAGONISMOE muito brasileiros ficaram acostumados a acompanhar semanalmente as sessões, quase sempre vespertinas, do Pleno do Supremo Tribunal Federal (STF). Faz quase um mês que os onze ministros da Suprema Corte deixaram de ser os principais protagonistas da cena política brasileira. Nunca mais se ouviu falar do andamento dos processos no STF e que tratam da apuração da participação de parlamentares federais nos escândalos da Lava Jato. Será que esta pasmaceira é sinal de que, finalmente, depois de um acordão, a elite do Parlamento, do Poder Judiciário e do Ministério Público Federal conseguiu estancar a sangria da Lava Jato, como foi revelado por um notório acusado de beneficiar-se da corrupção tupiniquim?
MUDANÇASUma olhada mais curada na procura dos cursos oferecidos pela Universidade Federal de Roraima (UFRR) para o próximo vestibular pode ser utilizada como importante fonte para uma reflexão sobre o que está desejando nossa juventude, quanto à escolha de suas futuras profissões. O número de candidatos por vaga disputada nalguns cursos é um indicador de que a oferta de vagas, nesse caso, pode permitir o ingresso de estudantes sem as mínimas condições de cursar o nível superior, que é muito custoso ao bolso do contribuinte. E isso não serve ao estado, ao país e aos próprios jovens que receberão aulas, sem qualquer utilidade prática para as suas vidas profissionais.
AUMENTANDOQuem observa o movimento diário de venezuelanos nas dependências da Superintendência da Polícia Federal em Roraima tem a nítida impressão que a migração deles para Boa Vista continua aumentando. Na última terça-feira (14.11), véspera do feriado era possível estimar em cerca de 500 pessoas que faziam uma enorme fila em busca de regularizar suas permanências no Brasil. Enquanto isso, o governo federal continua fazendo vistas grossas ao problema, como se os venezuelanos estivessem entrando no Japão.