Bom dia,

INCAPAZ

Quando ainda candidato a presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL) foi perguntado se teria o notório Romero Jucá como líder de seu governo no Senado Federal. A pergunta veio a propósito da reiterada conduta de Jucá de tentar ser líder de qualquer governo, independentemente da questão ideológica. Em resposta, Bolsonaro teria dito que jamais isso ocorreria porque ele, Jucá, não teria a petulância de se aproximar de seu gabinete presidencial. “Ele foi líder de todos os governos e não foi capaz de resolver os principais problemas de Roraima”, disse o então candidato presidencial. Jucá foi defenestrado nas urnas, e por isso não pode provar que Bolsonaro estava sendo sincero.

ELE SABE?

Quando disse que não escolheria ministros por critérios partidários, Bolsonaro afirmou que iria acabar com essa história de que os ministérios deixariam de ser escritório (bureau) de interesses dos caciques e parlamentares dos partidos que indicavam os ministros. Bolsonaro pensa que acabou com isso. Ontem, o notório Romero Jucá (MDB), como sempre fazia nos tempos de Michel Temer (MDB), apareceu em redes sociais se apresentando como “pai da criança” para anunciar que o ministro Osmar Terra, de seu partido, iria lançar o Programa de Compra Direta da agricultura familiar, da prefeita Teresa Surita, também do MDB. Será que Bolsonaro sabe disso?

FAZ TUDO

Aliás, é difícil saber qual papel o notório Romero Jucá anda representando na Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV). Nos últimos tempos, ele aparece todos os dias na mídia que lhe é ligada, ou nas redes sociais, sempre acompanhado da prefeita Teresa Surita, falando sobre os problemas e as soluções encaminhadas, como o timoneiro da administração municipal. Ah! Sim. Depois de seis anos sem encaminhar qualquer solução para a conclusão das obras do abatedouro de pequenos animais e do Ceasa, ele “descobriu” que elas não eram de competência da PMBV. É claro, plantar e molhar florzinhas, sim.

ARTIGO

Nalgumas decisões, o governo de Jair Bolsonaro (PSL) está surpreendendo para melhor. Depois de começar esnobando a imprensa, o novo governo resolveu indicar um porta-voz, o general Otávio Rêgo Barros, para expressar as opiniões e anunciar as principais medidas do governo. O presidente esqueceu um pouco as redes sociais e decidiu escrever artigo para a imprensa tradicional. Ontem, a Folha de Boa Vista publicou, com muita honra, artigo escrito pelo presidente Jair Bolsonaro comentando as razões de ter mandado uma equipe de ministros para fazer um levantamento in loco da situação em Roraima. O presidente também reiterou declarações anteriores, reafirmando que Roraima é prioritário em sua administração.

FALTAVA

Era só o que faltava. Ambientalistas, travestidos de cientistas, decidiram que as pessoas não devem se alimentar segundo suas necessidades biológicas – que variam de indivíduo para indivíduo – ou pelo prazer que se sente ao comer pelo bom paladar. Eles, que se julgam senhores absolutos da verdade, publicaram uma lista de produtos e suas respectivas quantidades, que devem daqui para frente ser consumidos por todos os habitantes do Planeta. O receituário não é para melhorar a vida e o conforto do ser humano, mas para salvar o planeta. É claro, essas conclusões foram dadas a público em Nova York. De lá, eles mandam dizer o que devemos fazer. E tem muitos “macaquitos” que acreditam e praticam essas recomendações.

FECHADA

Finalmente, a Prefeitura de Boa Vista retirou os tapumes que envolviam a Praça Simón Bolívar que une as avenidas Brasil, Venezuela e das Guianas. A retirada revelou que, após meses de obra, tudo se resumiu à plantação de grama, pintura de portais e de outros equipamentos. A que custo, ninguém sabe. O inusitado é a presença de pequeno muro em cima de um alambrado de mais de dois metros que impede o acesso da população à praça. A ironia fica por conta do letreiro aposto nos portais, que nos três idiomas (português, castelhano e inglês) dão boas-vindas a quem chega a Boa Vista.

SUSSURROS

Essa vem de uma jornalista que andou ontem pelos gabinetes de deputados estaduais que, mesmo no recesso, frequentam a Assembleia Legislativa de Roraima (ALE). Segundo sussurros ouvidos por lá, logo que voltar do recesso os parlamentares vão ter de apreciar duas propostas que serão encaminhadas pelo governo do Estado, e que tratam da demissão de servidores estaduais. Uma é da área de saúde e poderá demitir até 1.000 dos 1.600 funcionários contratados pelo governo Suely Campos (PP) para fazer funcionar as unidades de saúde inauguradas naquele governo.

CORREÇÃO

Dias desses, a Parabólica divulgou que a Companhia Energética de Roraima (Cerr) ainda tinha mais de 500 funcionários. Uma fonte, com amplo trânsito na diretoria daquela estatal, garante que hoje o número de trabalhadores não chega a 350. A mesma fonte assegura que sempre que entra alguma grana nos cofres da empresa e que não tenha destinação específica, a nova diretoria exonera mais trabalhadores, claro, pagando as indenizações legais. O recolhimento do FGTS já estaria com 90% de atualização, é o que garante a fonte da Parabólica.

OPERAÇÃO

A questão dos empréstimos consignados dos servidores estaduais ainda vai dar muito pano para mangas. Centenas de servidores, que tiveram seus nomes lançados em cadastros de inadimplência pelo Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, já entraram na Justiça pedindo, inclusive, indenização por danos morais. Afinal, eles tiveram as prestações descontadas de seus salários e se alguém tem de ser cobrado é o governo do Estado, que teria praticado apropriação indevida desse dinheiro. Têm razão.