Bom dia,

O Rádio Folha FM 100.3 (programa Agenda da Semana) entrevistou ontem, domingo (17.02), dois empresários roraimenses bem-sucedidos no agronegócio e na agroindústria: Afrânio Weber e Aniceto Wanderley. O primeiro produz algodão, milho, e soja, e é também diretor da Grão-Norte, uma das mais bem-sucedidas cooperativas do Estado. O segundo tem a maior lâmina d’água para criação de peixes do Brasil, produz tambaqui, matrinchã e pirarucu, domina todo o ciclo da piscicultura produzindo desde o alevino até a ração que alimenta os peixes. Ele acaba de expandir sua fábrica de ração e já começa a exportar ração avícola, suína e para peixes para outros Estados brasileiros.

Os dois empresários deram uma aula de otimismo e de crença no futuro do Estado. Afrânio disse que, apesar do aumento do custo de produção, a área plantada com grãos em Roraima não deverá sofrer redução. Acha possível que os quase 50.000 ha plantados na safra passada possam ser repetidos este ano em plantios que começam normalmente em abril. Para ele, a área plantada com grãos em Roraima poderia crescer ainda mais se houvesse a aprovação do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) para a chagada do seguro agrícola; uma celeridade maior na aprovação do financiamento por parte dos bancos públicos (Banco do Brasil e Banco da Amazônia); uma política governamental de subsídio à utilização do calcário; e maior apoio à pesquisa de melhoramento de variedades mais aptas ao plantio em nossas terras baixas e arenosas.

Aniceto Wanderley está convencido de que a criação de peixes em Roraima é sustentável e que os produtores locais não devem temer a perda do mercado de Manaus -nosso maior comprador de peixes-, para os produtores de Rondônia, mesmo que a BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, seja totalmente asfaltada, como já anunciou o Ministério da Infraestrutura do atual governo. Ele é tão confiante na viabilidade da piscicultura roraimense que já definiu alcançar 3.000 ha de lâmina d´água dentro dos próximos dez anos. Como todos os empresários locais, Aniceto Wanderley diz que é preciso resolver a questão energética do Estado, mas diz que não basta fazer a interligação com Tucuruí, se o preço continuar muito alto. Por isso, ele aconselha os empresários a pensar seriamente na solução de energia solar.

NÃO É

O senador Mecias de Jesus (PRB) garantiu ontem, domingo, no programa Agenda da Semana, da Rádio Folha FM 100.3, que o deputado federal Jhonatan de Jesus (PRB), seu filho, não será candidato à Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV) na eleição do próximo ano. “O Jhonatan está no seu melhor momento de vida parlamentar. Lidera uma bancada de mais de 30 deputados federais e tem muito bom trânsito entre seus pares. Ele quer aproveitar essa liderança e trânsito para ajudar a resolver os grandes problemas do Estado. Ele é jovem e tudo virá no devido tempo. Por enquanto, não há possibilidade de sua candidatura a prefeito, como muita gente anda especulando”, disse o senador do PRB.

LINHÃO

Fontes da Parabólica garantem que os parlamentares federais de Roraima articulam, tão logo consigam o sinal verde do Palácio do Planalto, uma reunião com o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), para solicitarem pressa no reinício da construção do Linhão de Tucuruí. De fato, quase ninguém duvida da boa vontade do atual presidente da República com relação a essa obra, fundamental para dar novo alento ao desenvolvimento do Estado. O problema é que o aparato ambientalista/indigenista internacional está mais ativo do que nunca, e o governo já começa a sentir o peso dessa militância.

CONDICIONADA

Aos poucos vai acabando a euforia dos que vibraram quando o presidente Bolsonaro entregou ao governador Antonio Denarium (PSL) a tal da Anuência Prévia para que o Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima) possa emitir títulos definitivos a produtores na Gleba Equador, na região Sul do Estado. Pois bem, agora se sabe que essa autorização veio condicionada à criação de uma Floresta Nacional (Flona) naquela gleba, assim como dela está sendo excluída para ocupação econômica uma área de cerca de 42.000 ha para a criação da Terra Indígena Pirititi.

SEM

Basta dar uma volta pelo derredor da capital roraimense para perceber que Boa Vista cresce sem qualquer planejamento estratégico. Basta um exemplo para se chegar a esta conclusão. As margens da estrada que liga Boa vista a Alto Alegre estão sendo tomadas por loteamentos, alguns com boa infraestrutura e outros nem tanto. Dá para ver que nalguns desses assentamentos as ruas nem sequer estão definidas, muitas fazem curvas contornando lotes. Parece que a administração da Prefeitura Municipal de Boa Vista não está preocupada com o futuro da cidade, inclusive, com relação à mobilidade. É tudo, parece, na base de que o futuro, só Deus sabe.

DENTRO

Outro exemplo de falta de zelo para com o futuro da capital pode ser visto na BR-174, em direção a Mucajaí. Naquela invasão já consolidada, em uma área que fica entre a usina de asfalto do município e o igarapé Ai Grande, os invasores já estão construindo casa de alvenaria nas margens daquele curso d’água, comprometendo definitivamente a sobrevivência de um coletor das águas pluviais que vai fazer muita falta num futuro. É um crime ambiental cometido à luz do dia, sem qualquer ação mais enérgica dos órgãos responsáveis pela fiscalização.