Bom dia,
DÉBITOSA Justiça Eleitoral decidiu facilitar a vida dos eleitores que têm dívidas provenientes de multas eleitorais decorrentes de ausência às urnas e/ou aos trabalhos eleitorais, como é o caso de mesários convocados para trabalhar em eleições passadas, que faltaram e não justificaram a ausência. Através da disponibilização da Consulta de Débitos do Eleitor, os devedores poderão emitir pela Internet, a Guia de Recolhimento da União (GRU) para a competente quitação.
SITE Para acessar o formulário o eleitor de Roraima, em débito com a Justiça Eleitoral, deve seguir o seguinte caminho virtual: entrar no site www.tre-rr.jus.br; acessar serviços do eleitor; emissão de multas; quitação de multas. Ao preencher todos os dados solicitados no formulário, será gerada a GRU. É só pagar e se dirigir ao respectivo Cartório Eleitoral. Os dados informados para a impressão do boleto devem coincidir com os constantes do cadastro eleitoral. E não é bastante apenas pagar, o comprovante deve ser levado ao Cartório Eleitoral, onde está inscrito o eleitor.
DE NOVOParece história requentada, mas não é. A procuradora-geral de República, Raquel Dodge, denunciou por corrupção ao Supremo Tribunal Federal, o notório senador Romero Jucá (PMDB), e seus companheiros de partido, Renan Calheiros e José Sarney. A mesma denúncia já fora feita pelo antecessor de Dodge, o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em agosto de 2017. Como o processo não andou, nova denúncia foi apresentada pela PGR. A expectativa é de que agora, a 2ª Turma do STF, finalmente torne os três réus, acusados de corrupção na Transpetro, uma subsidiária da Petrobrás.
CLEROT 1A passagem por Roraima do ex-deputado federal constituinte e ex-ministro do Tribunal Superior Militar (TSM), João Luiz Clerot – falecido esta semana -, quando disputou uma vaga à Câmara Federal, nas eleições de 2006, foi marcada por decepções. Advogado e político muito conhecido em Brasília, Clerot, como era conhecido, usou todo seu prestígio e conhecimento na Capital Federal para ajudar Ottomar Pinto a cassar o mandato do então governador do estado, Flamarion Portela, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Quase todos os dias, durante meses, Clerot frequentou gabinetes de ministros levando relatórios de convencimento para que votassem pela cassação.
CLEROT 2Conseguida a cassação de Flamarion, Ottomar Pinto prometeu a Clerot apoiá-lo numa candidatura ao Senado Federal, que seria antecedida por sua nomeação para comandar a Secretaria Estadual de Educação, uma das maiores da estrutura administrativa do estado. Muito ligado a Sarney, Clerot foi consultar o ex-presidente que lhe aconselhou a não confiar muito na promessa, sugerindo-lhe que fosse ocupar uma das diretorias da Petrobras, de onde poderia atrair um grupo razoável de prefeitos do interior da Paraíba, seu estado natal, e sair candidato a deputado federal.
CLEROT 3Apesar de a proposta parecer aparentemente irrecusável, Clerot disse a Sarney que seu sonho era ocupar uma cadeira na Câmara Alta, vez que já fora deputado federal constituinte. Comunicou ao amigo e protetor que iria apostar no cumprimento da promessa que lhe fora feita por Ottomar Pinto. Desse modo, quando saiu de Brasília, acompanhando o já governador, o advogado vinha na certeza de que seria nomeado para comandar a Secretaria Estadual de Educação, e fazer dela plataforma para alcançar a sonhada cadeira no Senado. Logo nos dois primeiros dias, Clerot sofreu a primeira grande decepção, ao ser informado pelo próprio governador de que compromissos históricos com a professora Ilma Xaud impediriam sua nomeação para a vaga prometida.
CLEROT 4Para confortá-lo, Ottomar prometeu a Clerot fazê-lo chefe do Gabinete Civil do Palácio Senador Hélio Campos e, nessa condição, dar-lhe o papel de coordenador-geral do governo, o que lhe facilitaria ainda mais na candidatura ao Senado. Sem saída, Clerot apostou mais uma vez. Ao se aproximar a convenção para a escolha dos candidatos, o próprio Ottomar chamou mais uma vez o velho advogado para comunicar-lhe que por razões de aliança com as forças políticas locais, o nome escolhido para disputar o Senado seria o do já senador Mozarildo Cavalcanti.
CLEROT 5Mais uma vez, e já sem a opção oferecida pelo amigo José Sarney, Clerot teve de aceitar a promessa de Ottomar Pinto de fazê-lo deputado federal, garantindo-lhe apoio financeiro e político através da indicação de candidatos a deputados estaduais muito próximos ao governador, o que a princípio lhe traria uma eleição tranquila à Câmara dos Deputados. No desenrolar da campanha, os parceiros indicados para apoiar Clerot pediam parceria financeira, sem que ele pudesse cobrir a propostas de concorrentes dentro da própria coligação governamental.
CLEROT 6O resultado da aventura político/eleitoral de Clerot em terras roraimenses foi um retumbante fracasso. Seu desempenho nas urnas foi um fiasco, e o velho advogado paraibano terminou o pleito endividado, e sua decepção pode ser medida pelo o que ele disse a um conhecido político local: “O que fizeram comigo, me levou a desacreditar não apenas nalgumas pessoas, mas na própria humanidade. Na minha idade, eu que sempre mantive uma postura de lealdade para com os amigos, isso é terrível. Saio de Roraima com o peito ferido”.