Bom dia,
Vamos reproduzir neste espaço um e-mail recebido de um leitor que preferiu não se identificar, mas cujo conteúdo tem muitos elementos para a reflexão sobre o momento político que o Brasil e os brasileiros atravessam: “Eu não voto e não votaria no Lula se ele fosse candidato nas próximas eleições. Acho que ele representa todo um contexto de gente que deseja aumentar o tamanho do estado para tirar vantagens dele de várias maneiras, inclusive, de forma imoral. O lulismo e o petismo e seus aliados esquerdistas também querem completar o projeto arquitetônico de um país, e de uma sociedade de coitadinhos, alimentando uma legião de pessoas que não aceitam o mérito como principal alavanca de conquista social”.
“De qualquer forma, nesses dois anos de Michel Temer (PMDB) o que temos assistido é um governo que diz praticar uma política liberal no campo econômico, que eu em parte concordo, mas com viés esquerdista no sentido de uma tomada de assalto das estruturas do Estado para que um pequeno grupo oligarca, e de malfeitores, continue a roubar o dinheiro público, e isso acontece nos círculos muito próximos da Presidência da República. Liberalismo não combina com a apropriação do Estado por grupos, sejam eles de direita ou de esquerda. Liberalismo significa criar condições de competitividade onde as pessoas conseguem ascender social e financeiramente por mérito e competência na disputa no mercado”.
“Esses quatro anos de Lava Jato também e seus resultados até agora alcançados, me fizeram ter vontade de ir para Curitiba para integrar o acampamento de militantes da esquerda e engrossar a voz dos que pedem a soltura de Lula. Sim, eu um liberal quero me integrar aos que acreditam que a prisão de Lula da Silva é um ato político, e faz parte de um acordão para salvar os parlamentares envolvidos até o pescoço na Lava Jato. E basta dar um exemplo para justificar a minha convicção: Lula foi presidente do Brasil por oito anos, e exerceu enorme influência nos quase seis anos do governo de Dilma Rousseff (PT), isso todos sabem”.
“O ex-presidente está na cadeia acusado de ter recebido de propina um apartamento no Guarujá (São Paulo) que está ao alcance de qualquer pessoa de classe média. Esse apartamento, que nunca as chaves lhes foram entregue, portanto, ele nunca o ocupou por um dia sequer, foi leiloado recentemente por R$ 2,2 milhões. Ele foi condenado, até agora, por um crime que presumivelmente teve intenção de cometer. Ora, aqui mesmo em Roraima existem políticos, que nunca foram outra coisa na vida, e que acumulam um patrimônio milionário, que deixa o de Lula no chinelo. São mansões, prédios, terrenos, empresas, fazendas, terrenos, e outros sinais exteriores de riqueza que jamais eles provarão a origem dos recursos para tal.”
“Esses políticos, com denúncia de recebimento de propinas mais substanciosas que as que recaem sobre Lula da Silva, continuam soltos manuseando dinheiro público e fazendo campanhas milionárias financiadas com dinheiro público roubado. Dá para aceitar que Lula, um presidente que pelo menos teve o mérito de colocar na pauta de governo o problema de inclusão social num país tão desigual como o Brasil, por conta de um quase recebimento de um apartamento de classe média, média? E os ladrões de milhões, que não têm qualquer folha de serviço prestado ao país, que continuam sugando o contribuinte? É por essa razão, junto minha vontade a de milhões de brasileiros e de brasileiras que exigem a soltura do ex-presidente”, encerra o leitor.Será que ele tem razão?
COMÍCIOA sessão itinerante da Assembleia Legislativa do Estado (ALE) em Mucajaí teve também um comício. Fotos divulgadas em redes sociais mostram que o palanque estava composto, entre outros, pelos seguintes pré-candidatos: Romero Jucá e Luciano Castro (Senado Federal); Anchieta Júnior (Governo do Estado), Jalser Renier e George Melo (Assembleia Legislativa). A prevalecer a animação do palanque, fica afastado o boato de que o ex-deputado federal Luciano Castro estaria resistindo à presença do notório Romero Jucá no palanque de Anchieta.
RIFADOPela composição do palanque no comício de Mucajaí parece ficar evidente que o ex-governador Chico Rodrigues (Democratas) teve seu nome rifado na pretensão de disputar uma das vagas para o Senado Federal, caso se configure mesmo a coligação de seu partido com o PSDB de Anchieta Júnior. A se concretizar essa formação, a história de 2014 se repete com os mesmos personagens com papéis trocados. Lá, o então candidato ao Senado Federal, Anchieta Júnior teve a sua candidatura comprometida depois que foi levado ao palanque de campanha à reeleição de Chico Rodrigues, como candidato ao Senado, Luciano Castro que tinha a preferência dos principais líderes da coligação. Anchieta foi solenemente traído e derrotado.
CLIMAÉ tenso o clima interno na Assembleia Legislativa do Estado (ALE). Fontes da Parabólica garantem que um grupo de deputados quer levar à frente uma contestação contra a Mesa Diretora, entre outras coisas, por conta da aprovação da Emenda à Constituição do Estado que deu autonomia à Universidade Estadual de Roraima (Uerr). Um requerimento assinado por dez deputados estaduais pede que a Mesa Diretora lhes forneça todas as atas relativas às discussões e a aprovação daquela alteração constitucional. O clima tende a ficar mais tensionado.
OUTROSE para fechar: fontes da Parabólica garantem que as defecções da base de apoio da governadora Suely Campos (Progressistas) não ficarão restritas apenas ao PRB. Na próxima semana contaremos o resto da história.