Bom dia,
Ontem (quarta-feira), de manhã, reuniram-se na Assembleia Legislativa do Estado (ALE) os chefes dos poderes, Legislativo (deputado estadual Jalser Renier), e do Judiciário (desembargadora Elaine Bianchi); além da Procuradora-Geral do Estado (Elba Amarante Morais) e da Defensora Pública (Terezinha Muniz). Presentes também representantes do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Ministério Público de Contas. Toda essa gente, que representa parte da elite dirigente do estado, estava ali para divulgar um diagnóstico sobre o descalabro que se abateu sobre a governabilidade do Executivo, especialmente em matéria orçamentário/financeira.
Após a reunião, os participantes divulgaram Nota Oficial que está longe de agradar à governadora do estado, Suely Campos (Progressistas). A primeira das conclusões a que chegaram os participantes da reunião na ALE, foi a de que a participação no orçamento estadual de todos os demais poderes e órgãos estaduais é de cerca de 17% do total. A partir desse número, todos rechaçam as reiteradas declarações do Governo do Estado que atribuiu parte da crise vivida nas finanças estaduais ao valor repassado sob forma de duodécimo aos demais poderes e órgãos.
Para explicar a crise profunda que contamina toda a administração estadual os participantes da reunião de ontem na ALE, elencam uma série de causas que poderiam ter contribuído para tal. Entre essas causas estão a falta de apresentação pelo Governo do Estado, desde que a atual administração assumiu, de um plano de reforma administrativa para cortar gastos desnecessários; o aumento excessivo das despesas com pessoal, tanto de servidores efetivos – com a aprovação e implantação de planos de cargos e salários –, quanto com pessoal de cargos comissionados; também, segundo os participantes da reunião, o atual governo pagou grandes despesas deixadas pela administração estadual.
COMISSÃO
O resultado da reunião de todos os poderes, ontem, na ALE, não ficou apenas nas críticas duras ao governo estadual. Os participantes também acordaram propor à governadora Suely Campos a formação de uma comissão formada por representantes de todos os poderes e órgãos para gerir administrativa, e financeiramente, a administração pública estadual nestes últimos dias de mandato. A sugestão foi levada, no meio da tarde de ontem, à governadora, numa reunião fechada. Longe dos olhos da imprensa.
NEM TANTO
O velho adágio popular que diz “rei posto, rei morto” nem sempre funciona na política brasileira. Derrotado nas urnas, o ainda notório senador Romero Jucá (MDB) acaba de conseguir a nomeação de uma irmã (Helga Ferraz Jucá) para um importante cargo no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Portaria Nº 316, assinada pelo presidente daquela corte superior de Justiça, João Otávio de Noronha, nomeia a irmã de Jucá como assessora-chefe de assuntos parlamentares do STJ. A informação é do site de notícia O Antagonista.
EQUIPE 1
Como as pesquisas de intenção de votos até agora divulgadas, dão larga e incontestável vantagem do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, sobre seu rival do PT, Fernando Haddad, é natural que seus assessores comecem a adotar uma postura de quem já ganhou. Um desdobramento visível disso é que nomes já estão sendo revelados como futuros ocupantes de cargos na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Já são cogitados ministros para a Agricultura, Fazenda, Relações Exteriores, Defesa, Casa Civil e Ciência e Tecnologia, entre outros. No meio disso tudo, já existem empurrões para chegar mais perto do presidenciável.
EQUIPE 2
Embora com menos visibilidade – a disputa eleitoral nesta final parece meio morna –, parece existir na ilharga do candidato Antonio Denarium (PSL) uma grande dose de convencimento de que ele vencerá seu adversário Anchieta Júnior (PSDB), embora não se tenha ainda a divulgação de pesquisas registradas na Justiça Eleitoral. Como no cenário nacional, começam os boatos sobre nomes que ocupariam cargos estratégicos numa eventual administração de Denarium, entre eles, na estratégica Secretaria de Estado da Fazenda. Fontes da Parabólica garantem que a Sefaz será entregue a um empresário.
PRESIDÊNCIA
Por falar em cargos públicos a partir de janeiro de 2019, fontes da Parabólica dizem que, por mais influência que o futuro governador eleito possa ter sobre alguns parlamentares estaduais, é muito difícil evitar a reeleição do deputado estadual Jalser Renier, para a presidência da Assembleia Legislativa do Estado. Segundo essas fontes, o atual presidente da ALE já contabilizaria a seu favor, nada menos que 18 votos, entre deputados reeleitos e novatos. O sentimento deles é de que Jalser manteria autonomia do poder em relação ao governo, seja quem for o governador.
VOLTOU
E o presidente da República, que moveu mundo e fundos, para reeleger seus aliados em alguns estados, Roraima entre eles, andou meio sumido da mídia nos últimos dias. Afinal, nem seus correligionários mais beneficiados por seu governo, queriam tê-lo por perto. Esta semana ele voltou à ribalta, e da forma mais feia possível: ele foi indiciado pela Polícia Federal, um órgão que lhe é subordinado, por corrupção no inquérito que investiga a edição de um decreto que renovou concessões de empresas em portos brasileiros.