Parabólica

Parabolica 19 12 2014 420

Bom dia, “Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles” – Ruy Barbosa DECISÃO O Governo do Estado até ontem estava pensando em priorizar a folha de pagamento dos servidores e deixar o repasse do duodécimo dos demais poderes e órgãos para depois, no bom estilo “devo e não nego, pago quando puder”. A folha de pagamento foi concluída ontem e, se a decisão de pagar for tomada, será enviada hoje para os bancos. Neste caso, o 13º salário seria pago no sábado. TORCIDA Como não há recursos para pagar décimo e duodécimo juntos, então se for decidido pelo 13º salário, os repasses do duodécimo aos poderes é que estarão prejudicados. Neste caso, o governo trabalha com a possibilidade de um adiantamento da arrecadação, via Banco do Brasil, para repassar perto de 50% do duodécimo na segunda-feira. Cruzem os dedos, servidores! FINANCEIRO A pressa que os secretários estaduais e alguns diretores da administração indireta começaram a ter para deixar os cargos no governo de Chico Rodrigues (PSB) tem um motivo muito mais que político e pessoal. É financeiro mesmo. Está havendo um ajeitamento para que os que pediram exoneração recebam suas indenizações trabalhistas antes de terminar o mandato do atual governo, no dia 31 de dezembro. PRESSA Saindo logo, eles não enfrentarão fila para receber no próximo governo e, além disso, não se sabe quando a nova administração irá fazer os pagamentos devido à crise financeira. Enquanto isso, há servidores que passam até anos para receber suas indenizações trabalhistas do Governo do Estado. Mas, quando se trata do alto escalão, a Secretaria de Administração calcula com uma rapidez impressionante e a Secretaria da Fazenda paga na mesma eficiência. CURIOSO O caso curioso é o do ex-secretário estadual de Segurança, Amadeus Soares, que tinha pressa de voltar para Manaus (AM), de onde o governador Chico Rodrigues (PSB) o trouxe para instalar o programa Ronda no Bairro. O valor da rescisão trabalhista dele já estava todo calculado antes mesmo de entregar o cargo, conforme antecipou a Parabólica. É mole? CANDIDATO Ainda não tem confirmação oficial, mas os buchichos que circularam ontem, na Assembleia Legislativa do Estado (ALE), dão como certa, com respaldo do ex-governador Neudo Campos, a candidatura do deputado Mecias de Jesus (PRB) para a presidência da Mesa Diretora da Casa. Ao deputado Brito Bezerra (PP), outro da base aliada postulante ao cargo, restaria a vaga para disputar a 1ª Secretaria. JANTAR O outro candidato à Presidência da ALE, deputado Jalser Renier (PSDC), também anda se movimentando. Na quarta-feira, ele jantou com mais de uma dezena de atuais e futuros deputados estaduais. No cardápio, evidentemente, estava a eleição para a Mesa Direta da Assembleia para a próxima legislatura. SECRETARIADO Também não há anúncio oficial, mas os rumores dão conta de que mais secretarias já teriam nomes definidos. Na Casa Civil, deverá assumir a advogada Daniela Campos. Na Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes), deverá ficar a arquiteta Emília Campos. E, na Secretaria Estadual de Educação e Desporto (Seed), dois nomes são estudados: Ana Freitas e Júlia América. CORINGA A tirar conclusão pelo que se ouve nos bastidores do novo governo, o vereador Paulo Linhares (PP) é o coringa da nova administração. Seu nome já esteve citado para a Casa Civil, Secretaria de Saúde e Secretaria de Articulação Municipal. Ao que parece, o vereador deve ocupar outro cargo, que não aqueles que já foram especulados. REUNIÃO As poderosas antenas da Parabólica são danadas. Esta semana, dirigentes sindicais estiveram reunidos com o possível novo secretário estadual de Segurança Pública, promotor de justiça Ademir Teles, indicação esta já citada aqui, pela coluna. Pelo que vazou do encontro, os sindicalistas não saíram satisfeitos. Disseram que o prenúncio é de quase nenhuma mudança naquele quartel de Abrantes. INCÊNDIO Esse será o primeiro incêndio a ser apagado pelo novo governo. A Polícia Civil se tornou um foco de descontentamento com a indicação para assumir a Secretaria de Segurança Pública. Agentes e delegados da Polícia Civil que deram apoio à candidatura de Suely Campos não escondem a revolta depois que saíram da reunião. NOMES 1 Eles afirmam que os nomes listados para a Polícia Civil pelo provável novo secretário seriam os mesmos que foram responsáveis por deixar a instituição policial da forma que está hoje, com seus integrantes desunidos, eivada de irregularidades e cheia de perseguições políticas contra os que combaterem esses erros desde o governo Anchieta Júnior. NOMES 2 O novo secretário afirmou, na reunião, que não abriria mão desses nomes para comandar a pasta, provocando a revolta. “O sentimento dos policiais, hoje, com essa notícia, é de perplexidade e desânimo. A polícia estava confiante de que agora as coisas iriam mudar, que as injustiças seriam corrigidas e a Polícia Civil voltaria para os eixos da moralidade e competência”, afirma uma correspondência do grupo, enviada para a Parabólica. ESPECIAL O argumento do novo secretário é de que esses delegados devem assumir por serem da “classe especial”, conforme foi aprovado em lei ainda no governo de Anchieta. Porém, o grupo de policiais afirma que essa legislação foi declarada inconstitucional por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). E agora? BASTIDORES Aos poucos, vão surgindo informes dos bastidores que levaram à inesperada eleição do vereador Edilberto Verbas (PP) para a Presidência da Câmara Municipal de Boa Vista. Mesmo que o novo presidente não tenha firmado qualquer compromisso político com ele, parece que o ex-governador Anchieta Júnior (PSDB) cabalou alguns votos para a oposição à prefeita Teresa Surita (PMDB). CUMPRIMENTOS O clima de animosidade entre Teresa Surita e Anchieta Júnior, que é o padrinho político do vice-prefeito, Marcelo Moreira (PSDB), tornou-se evidente. Os dois mantiveram prudente distância, e não se cumprimentaram, na cerimônia realizada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) para diplomação dos eleitos. O mesmo ocorreu à noite do mesmo dia, em um restaurante, onde novamente se encontraram e se ignoraram.