Parabólica

Parabolica 20 01 2015 520

Bom dia, “Não há lugar para a neutralidade. Quando você diz que está neutro em relação a uma situação de injustiça e de opressão, você decidiu apoiar um status-quo injusto” – Desmond FUNDEB 1 Levantamento realizado pela nova equipe administrativa do Governo do Estado descobriu um saldo de R$20 milhões na conta do Fundo de Desenvolvimento e Valorização do Ensino Fundamental (Fudeb). Essa montanha de dinheiro, que deixou de ser utilizada, destoa do que geralmente tem-se divulgado até aqui. O cenário deixado pela administração passada é de terra arrasada. FUNDEB 2 Segundo fontes da Parabólica, a explicação para tanto dinheiro na conta do Fudeb é que a compra da merenda escolar, feita pela administração do governo Chico Rodrigues (PSB), foi paga com recursos do Fundo de Participação do Estado (FPE), embora houvesse saldo na conta do Fundeb. A justificativa é a de que a fiscalização dos gastos do FPE é frouxa, enquanto a do Fundeb é rigorosa. SALDO Talvez esteja aqui o motivo pelo qual, nas últimas semanas antes de entregar o cargo, o então governador Chico Rodrigues informou para a imprensa que estava deixando um saldo de quase R$200 milhões em conta referente a convênios federais. A lógica daquele governo era utilizar somente recursos estaduais que podiam auferir alguma vantagem para seus negócios, uma vez que a fiscalização é branda. Aquilo que poderia dar alguma complicação foi deixado de lado, a exemplo do Fundeb e dos convênios federais. INGRATIDÃO Pela segunda vez, o ex-governador Anchieta Junior (PSDB) reclama da parceria política que ele tentou montar com o senador Romero Jucá e a prefeita Teresa Surita (ambos do PMDB). Anchieta falou no domingo, na Rádio Folha, sobre os detalhes que envolveram a candidatura de Teresa para a Prefeitura de Boa Vista na campanha de 2012. Ele confirmou que teve de trabalhar muito para manter Teresa como candidata, pois o senador Jucá não abria mão de fazer prefeito o filho dele, o ex-deputado Rodrigo Jucá (PMDB). PROCESSOS Anchieta Junior disse que o argumento defendido por Romero Jucá, para não aceitar a candidatura de Teresa Surita, à época, teria sido a existência de dois processos que a atual prefeita respondia na Justiça por ato de improbidade administrativa, o que a tornaria inelegível com base na Lei da Ficha Limpa. MÁGOA Conforme o ex-governador, após ele ter batido o martelo em torno da candidatura de Teresa Surita à Prefeitura de Boa Vista em 2012, o grupo decidiu ajudá-la a livrar-se dos processos que corriam na Justiça. A empreitada foi exitosa, ao que ficou evidente, pois Teresa saiu candidata e, mesmo assim, segundo Anchieta, por um bom tempo ela se disse magoada com a atitude de Romero Jucá. ACUADOS Os agentes penitenciários afirmam que se sentem cada vez mais acuados dentro do sistema prisional depois das últimas decisões tomadas naquele setor, a exemplo da extinção do Grupo de Intervenção Tática das Unidades Prisionais (GIT), decidida na semana passada pela Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc). Eles dizem que o fim do GIT era uma cobrança dos presos que se diziam “oprimidos” por estarem tão somente trancafiados conforme prevê a Lei de Execuções Penais. AFRONTA Depois de uma negociação feita na semana passada entre a direção do sistema e chefes de alas, curiosamente fora do horário de expediente, os presos começaram a ganhar mais espaço dentro da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc). Conforme os agentes, teria havido até gritos de comemoração neste dia e afronta de presos contra os plantonistas. O motivo da alegria dos detentos seria o fato de o “trabalho de ordem” implantado na administração passada ter sido relaxado. ALEGAÇÃO Quando as insatisfações dos agentes penitenciários foram parar nas redes sociais e na imprensa, o Governo do Estado emitiu nota afirmando que o GIT foi extinto porque havia “perdido o objeto” por causa do desaparelhamento do grupo, que estava sem armamento e sem equipamentos de proteção para os agentes. CONTROLE Como os presos começaram a ter liberdade dentro do presídio, os servidores da Pamc acreditam que, quando a atuação da Força Nacional de Segurança chegar ao fim, os presos poderão retomar o controle do presídio novamente, como ocorreu no passado, quando as fugas e rebeliões eram constantes. SEM NOME Até agora não foi indicado um nome para o Departamento do Sistema Prisional (Desipe) da Sejuc. A indicação anterior foi descartada depois que vazou a informação de que seria um advogado que já foi detido acusado de extorsão e que também teria como clientes vários presos do sistema prisional.   PAGAMENTO     A Assembleia Legislativa do Estado (ALE) deverá pagar hoje ou amanhã o salário de dezembro dos servidores. Porém, nem todos deverão receber este mês, embora estejam trabalhando, conforme fontes da Parabólica, e somente deverão ter o salário de janeiro seriam os servidores efetivos. Os comissionados que não forem exonerados esta semana só começariam a receber a partir de fevereiro. A Superintendência de Comunicação da ALE nega a existência de qualquer determinação neste sentido. RECONDUÇÃO Esta seria a forma encontrada pela Casa para “economizar” cerca de R$9 milhões e assim conseguir regularizar a folha de pagamento. A fonte afirma que aqueles que irão ser demitidos já foram avisados para que fossem para casa e não dessem mais expediente. E os que não forem guilhotinados terão que aceitar as condições, ou seja, ficar sem salário em janeiro para que possam ser reconduzidos somente no dia 1º de fevereiro.