Bom dia! Uma máxima em finanças públicas nos ensina que os governantes populistas, tanto de esquerda quanto de direita, erram agradando ao povo. Já os bons governantes fazem as coisas certas e quase sempre desagradam à população. O pior é que o conserto das mazelas é quase sempre doloroso e pouco se aventuram a fazê-lo.

 Na recente história brasileira, Fernando Henrique Cardoso conseguiu debelar a maior e mais persistente inflação de nossa história (25 anos); modernizou o Estado brasileiro; organizou as contas públicas do Governo Federal, dos estados e dos municípios. E, de sobra, idealizou e pôs em prática alguns dos mais importantes programas sociais do Brasil. Fez o dever de casa e deixou o país preparado para voltar a crescer. Mas saiu do governo com imensa rejeição popular.

O governo lulista/petista/esquerdista que o sucedeu adotou um populismo como pouco se viu na história republicana brasileira. Embora tenha acertado na ampliação dos programas sociais herdados de FHC, o Bolsa Família, por exemplo, os governos de Lula da Silva e Dilma Rousseff fizeram exatamente o contrário: enxertaram mais de 70.000 companheiros no emprego público aparelhando o governo; criaram os chamados movimentos sociais financiados com bilhões de reais pagos pelo contribuinte tupiniquim – na Venezuela eles chamam esses movimentos de Brigadas Bolivarianas; incharam a burocracia com novos cargos e instituições; desorganizaram as finanças públicas – a dívida pública interna já ultrapassa dos dois trilhões de reais; e fizeram voltar a inflação.

Agora, estamos assistindo a economia se desmanchar, os empregos sumirem, a inflação roer o poder de compra dos salários, a Petrobras ruir e a corrupção destroçar todos os poderes institucionalizados. A situação está tão complicada que parece faltar quem queira e demonstre competência para consertá-la.COMPLICADAQuando esteve em visita a Boa Vista no último mês de dezembro, o ex-ministro da Fazenda e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, disse que pensaria mil vezes antes de aceitar ser candidato à presidência da República pelo PDT. “A situação do Brasil está complicadíssima e as soluções possíveis são dolorosas. Tenho que pensar mil vezes antes de aceitar o convite de meus companheiros”, disse Ciro a um político local.RECÁLCULOOs redatores da Parabólica refizeram os cálculos do prazo que a governadora Suely Campos (PP) tem para vetar ou sancionar a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2016, aprovada pela Assembleia Legislativa. Por conta dos feriados de final de ano e desse de ontem, os 15 dias úteis só serão completados no próximo dia 25, segunda-feira. Se a governadora não decidir hoje ou amanhã, a agonia vai perdurar até lá. Tem gente apostando que a decisão sai hoje.REFORMAJá estamos chegando ao final de janeiro e a reforma administrativa prometida pela governadora Suely Campos (PP), anunciada no final do ano passado, ainda não foi concretizada. Mudança mesmo só na Secretaria de Educação e, dizem as informações de bastidores, por absoluta pressão de grupos econômicos amazonenses. De fato, em governos de coalizão qualquer mudança desagrada aliados.EXPURGANDOJustiça se faça à secretária do Trabalho e Bem-Estar Social, Emília Campos Santos, e à governadora Suely Campos (PP). Elas encontraram o agora denominado “Crédito do Povo” recheado de imoralidades, com pessoas absolutamente fora dos critérios recebendo a grana que deveria ser destinada aos mais pobres. Num primeiro expurgo foram retirados cerca da metade dos beneficiários e, no último, uma consulta ao Detran mostrou que 800 proprietários de automóveis estavam recebendo. É mole?         INDÚSTRIAMuita gente diz que, enquanto não houver indústrias em Roraima, não haverá desenvolvimento. E essas pessoas parecem estar certas. Só tem uma “indústria” que é vigorosa e cada dia mais robusta no Estado: é a “indústria” dos feriados e feriadões. O de ontem, por exemplo, qual o significado? Alguns dirão que foi Dia de São Sebastião. E daí? Quantas pessoas foram à procissão em homenagem ao santo? E, afinal, o Brasil não é país laico, ou seja, sem religião oficial?INTERINOA polêmica em torno da nomeação do defensor público-geral se arrasta desde o final do mês de setembro e, pelo visto, está longe de ser resolvida. As instituições envolvidas no imbróglio – a própria Defensoria Pública, a Assembleia Legislativa de Roraima e o Poder Judiciário – silenciaram sobre o assunto.NOMEAÇÃOO defensor Fabrício Ratacheski, cujo nome foi rejeitado pela ALE, responde interinamente pela instituição, como Defensor Geral. Ele nomeou seu antecessor Stélio Dener para a chefia do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional, que seria, conforme a publicação, destinado a ministrar curso de preparação à carreira e treinamento específico a cinco defensores públicos que se encontram em estado probatório.AUDITORIAA Codesaima acaba de anunciar a contratação por R$ 61.500,00 da empresa Cass Auditores e Consultores S/S Auditores Independentes para a realização de auditoria em processos administrativos, licitatórios, folha de pagamento, entre outros. A modalidade licitatória foi Pregão Presencial.