Bom dia,

Os números falam por si só. Segundo reportagem publicada ontem, na Folha, os venezuelanos presos no sistema penitenciário estadual já chegam à casa dos 300. Há pouco mais de um ano eles eram apenas 28. Ainda que a maior parte deles esteja presa por furtos, roubos e outros crimes contra o patrimônio, nas últimas semanas já ocorreram crimes bárbaros cometidos pelos imigrantes do país vizinho, como os assassinatos de proprietários de sítios que em má hora os acolheram.

O agravamento da situação na Venezuela e a reabertura da fronteira com o Brasil fizeram aumentar o fluxo de entrada deles no país, através de Roraima, sem qualquer controle das autoridades brasileiras quando às suas vidas pregressas, o que leva à conclusão óbvia de que essa população carcerária de venezuelanos nos presídios roraimenses tende a aumentar. Tomara que não venha a crescer de forma tão exponencial como o foi no último ano.

De qualquer forma, esses números têm de servir como argumento para o governo estadual e os parlamentares federais exigirem que o governo federal modifique urgentemente a metodologia de acolhimento desses migrantes, que pode continuar humanitária, mas não pode ocorrer sem algum controle e não pode se resumir a dar abrigo para alguns deles –seguramente a minoria em relação ao que entra diariamente no estado –, bem como lhes dar uma ração diária de comida. É preciso retomar mais vigoroso o processo de interiorização, bem como criar frentes de trabalho que possam lhes ocupar.

Por outro lado, não dá mais para o governo federal esquecer que o sobre – esforço que os serviços públicos municipais e estadual estão tendo que operar por conta desses migrantes não é minimamente suportável, frente aos desmilinguidos respectivos orçamentos. Nunca foi tão necessário o governo federal criar um programa emergencial de transferência de recursos a fim de financiar os gastos adicionais locais com essa pobre população migrante. Não dá mais para o governo federal continuar ignorando essa realidade.

Com a palavra as forças políticas do estado. Está na hora de exigir e não de mendigar.

QUASE

Não foi por falta de qualidades pessoais e profissionais do advogado Antônio Oneildo Ferreira; e muito menos por falta de luta dos advogados locais, mas não foi desta vez que Roraima conseguiu indicar um representante no Conselho Nacional de Justiça CNJ). A decisão foi ontem, e muita gente daqui foi a Brasília para dar apoio a sua indicação. Nos votos dos conselheiros do Conselho Federal da Ordem dos advogados do Brasil (OAB) ele ficou em terceiro lugar, e as vagas do quinto constitucional no CNJ eram duas. Uma pena!

SAÍDA

Fontes da Parabólica continuam afirmando que haverá mudança no comando da Secretaria Estadual de Segurança Pública. A cabeça do atual secretário, o delegado de polícia Márcio Amorim, teria sido pedida por um grupo de deputados estaduais, majoritários na Assembleia Legislativa do Estado (ALE), ao governador Antonio Denarium (PSL), que já teria prometido a mudança. O mesmo grupo teria indicado dois nomes ao governador, mas ele estaria inclinado a nomear mais um militar na sua equipe de governo.

ENTUSIAMO 1

Uma comitiva de empresários roraimenses, coordenada pelo empresário e ex-deputado federal Remídio Monai, visitou na última semana a República Cooperativista da Guiana. Foram primeiro a Lethem, pequena cidade guianense que faz fronteira com a cidade brasileira de Bonfim, capital do município do mesmo nome. Lá ficaram impressionados com o crescimento da cidade com várias construções e já com quatro voos regulares diários, que chegam e partem para a Capital do país, Georgetown. O movimento tem aumentado tanto que não é raro a ocorrência de voos extras para atender a demanda, formada em parte por passageiros brasileiros.

ENTUSIASMO 2

Os empresários brasileiros foram também a Georgetown. Da Capital guianense colheram as melhores impressões como ambiente de negócios. Viram também muitas obras sendo construídas, inclusive dois Shoppings e várias franquias internacionais, indicativos de novas oportunidades de negócio naquela cidade costeira do Atlântico Norte. Também notaram a presença de empresas brasileiras, entre as quais a Petrobrás e a Odebrecht. De Georgetown partem voos diários para os Estados Unidos, Canadá e para muitos países da Europa.

ATENÇÃO

O presidente da Câmara de Comércio Brasil-Guiana, o empresário Remídio Monai, está convencido de que o governo brasileiro não deveria continuar de costas para o que está acontecendo de bom na República Cooperativista da Guiana. Nosso vizinho caribenho pode se transformar em excelente parceiro comercial para Roraima, inclusive num futuro próximo, como corredor de abastecimento e de escoamento de nossa produção agrícola. Por conta disso, Remídio, que já foi deputado federal, acha que a bancada federal local poderia abrir os olhos do governo federal para essa parceria estratégica, do ponto de vista econômico, para Roraima.

NÃO PASSARÃO

Lá em Brasília, deputados federais e senadores dizem que se o governo não constituir uma maioria estável no Congresso Nacional as reformas que o presidente Jair Bolsonaro quer fazer para modernizar o Brasil não serão aprovadas, pelo menos na dimensão que seus ministros querem. Daqui, vem a informação de fontes bem situadas junto à Assembleia Legislativa do Estado dando conta que alguns dos indicados pelo governador Antonio Denarium, para órgãos da administração indireta, não serão aprovados. As mesmas fontes falam que ainda é preciso afinar o entendimento entre o governo e os deputados estaduais.