Bom dia, “Da primeira vez que me enganares, a culpa será tua; já da segunda vez, a culpa será minha” – Provérbio árabe RETA FINAL A eleição presidencial passou praticamente despercebida em Roraima no 1º turno. Com exceção da senadora Ângela Portela, candidata ao governo pelo PT, que pediu voto para a presidente Dilma Rousseff, os demais postulantes a cargo nada revelaram sobre suas preferências quanto à disputa à Presidência da República. SERÁ? Em baixa nas pesquisas e aproveitando a “onda Aécio”, o governador Chico Rodrigues (PSB) decidiu massificar em sua propaganda eleitoral, no rádio e na TV, gravações com o presidenciável Aécio Neves (PSDB). Nessas aparições, o tucano fala da liderança do senador Romero Jucá (PMDB). Será que o senador peemedebista vai ser, outra vez, líder do governo no Senado, em caso de vitória de Aécio? PESO O PSDB ganhou em Roraima na totalidade dos votos na campanha eleitoral na disputa pela Presidência da República, no primeiro turno, em alguns municípios com até o dobro de votos do PT. Se este quadro mudar agora, no segundo turno, restará mais evidente que eleitoralmente Jucá seria um grande fardo para se carregar? MUDANÇAS Quem assistiu ao debate entre Dilma e Aécio, na TV Record, notou a nítida mudança de posicionamento dos dois candidatos. Eles deixaram os ataques pessoais de lado e discutiram propostas sem deixar de serem críticos entre eles. Será que os marketeiros detectaram algum cansaço por parte do eleitor com a baixaria? AMEAÇAS Se é inverídica, não custa apurar. Afinal, em eleição com tradicional compra de votos tudo pode acontecer. Essa é cabeluda: um empresário que recebeu um bolada se recusou a dar a “contribuição”. O intermediário ameaça arrancar à bala o repasse prometido. A coluna dá uma pista: o imbróglio teria ocorrido em um município do Sul do Estado. REFLEXOS A decisão do deputado Mecias de Jesus (PRB) em declarar voto para a candidata de oposição provocou alguns reflexos imediatos na condução de alguns órgãos públicos. Aliados do parlamentar entregaram seus cargos de direção que ocupavam em alguns setores. Na Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), o delegado Uziel de Castro, que era o adjunto, pediu exoneração na sexta-feira. Há informação de que a vaga agora será do deputado Jânio Xingu (PSL), que reivindicara a indicação como parte da composição para o segundo turno. SAÚDE 1 Na Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) também houve baixa por causa do apoio que Mecias de Jesus declarou à candidatura de Suely Campos (PP). Lá, Claudete Praia também pediu exoneração do cargo de adjunta, deixando um desfalque na condução daquela pasta, pois o secretário Alysson Lins foi afastado por determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o primeiro adjunto, Douglas Teixeira, também havia se afastado para tratamento de saúde em São Paulo. SAÚDE 2 O titular da Sesau foi afastado por denúncia de envolvimento em irregularidades na pasta. O primeiro adjunto, que assumira a titularidade de forma interina, viajou para fora do Estado em busca de atendimento médico. E Claudete, a segunda adjunta, que estava respondendo pela pasta, pediu exoneração. A Sesau continuava sem comando até ontem. Conforme relatos de servidores, mesmo afastado Alysson Lins tem sido visto despachando. TIRO Alunos do curso de sargento da Polícia Militar denunciaram que um caso estaria sendo abafado na Academia Integrada de Polícia. Eles relataram que, na sexta-feira passada, um aluno sargento disparou um tiro provavelmente acidental na sala de instrução, que por pouco não atingiu dois outros alunos. Conforme a denúncia, houve a intervenção de um parlamentar para que o caso fosse mantido em sigilo. GAVETA A revolta dos demais alunos é porque, no ano passado, outro aluno sargento foi excluído por causa de um episódio considerado menos grave que esse. “Existe uma norma na academia que proíbe o uso de arma dentro da sala de instrução”, afirmou um policial ao relatar que teria ocorrido a intervenção de um parlamentar no caso, por isso os alunos acreditam que o caso poderia ser engavetado. SEM LIMPEZA 1 A situação é crítica no Instituto Médico Legal (IML), que poderia ser interditado caso houvesse por lá uma inspeção sanitária. Os servidores relatam que desde fevereiro não há pessoal de limpeza contratado, o que só complicou a situação. Os servidores tentam manter o mínimo de higiene, comprando material de limpeza e fazendo faxinas em alguns setores. Porém, a fedentina é sentida até mesmo para o público que busca atendimento na recepção. SEM LIMPEZA 2 A limpeza estava sob responsabilidade de uma empresa terceirizada, que não conseguiu pagar seus funcionários e abandonou o serviço. O mesmo ocorreu com dois servidores comissionados, que se demitiram porque também não recebiam salário. Depois disso, os servidores do IML passaram a trabalhar em situação insalubre. Plantonistas obrigados a dormir no órgão tiveram que comprar, no final de semana, material de limpeza para fazer uma faxina e assim pudessem suportar a noite e madrugada de expediente. FUNERÁRIA Familiares de pacientes que estão em situação grave no Hospital Geral de Roraima (HGR) denunciaram que estão sendo assediados e constrangidos por um funcionário de funerária que tem livre acesso aos blocos por meio do necrotério. Essa pessoa chega até os familiares de pacientes e afirma que está à disposição para fazer o velório e sepultamento dos familiares que estão à beira da morte. A denúncia já foi feita na direção daquela unidade.