Bom dia,É uma vergonha. O Brasil aceitou criar um fundo financeiro, o chamado Fundo Amazônia, para bancar projetos e atividades que de alguma forma sirvam para evitar a exploração econômica da região. A maior contribuição para o fundo veio até agora do governo da Noruega, que transferiu ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), seu agente operador, algo em torno de R$ 3,1 bilhões. Os recursos já foram em parte aplicados em vários estados amazônicos, sempre com o objetivo de financiar projetos preservacionistas ou no aparelhamento de órgãos de fiscalização ambiental.

Pois bem, por conta dessa grana, ínfima quando comparada aos bilhões roubados pela quadrilha que domina a política e a administração federal, o fragilizado presidente da República brasileira, Michel Temer (PMDB), foi chamado a Oslo, a Capital norueguesa, para ouvir do governo daquele país da edição de duas Medidas Provisórias que flexibilizam o tamanho de uma Unidade de Conservação no Estado do Pará e alteram as regras de titulação de áreas públicas na Amazônia. Pressionado, Temer vetou as duas MPs, devidamente aconselhado por Sarney Filho, seu ministro de Meio Ambiente.

Antes de viajar, Temer também por obra e graça de Sarney Filho, assinou o Decreto Presidencial Nº 9.080/17, que institucionaliza no Brasil a Convenção Sobre Conservação de Espécies Migratórias de Animais Silvestres, realizada faz 38 anos em Bonn (Alemanha), que vinha sendo cobrado pelo governo norueguês. Em tempo: a assinatura desse decreto é fundamental para evitar a construção de hidroelétrica na Amazônia, por conta dos peixinhos que sobem as cachoeiras para desovar. É mais uma vergonha.

É, igualmente, mais um preço que se está pagando pela permanência de um presidente que precisa ceder, até mesmo, às decisões soberanas que o país deveria tomar, em troca de sua permanecia no Palácio do Planalto. E o aparato ambientalista/indigenista é mestre em utilizar essa circunstância para atingir seus objetivos.ADIADAO Conselho de Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) tinha agendada uma reunião ordinária a ser realizada em Boa Vista para o próximo dia 12 de julho do corrente ano. O evento foi adiado, sem nova data, por conta da mudança na direção daquela autarquia, que trabalha especialmente como escritório burocrático do Parque Industrial de Manaus (PIM). A mudança ocorreu por conta da saída da ex-superintendente geral da instituição, Rebeca Lopes, que pediu exoneração para disputar o governo do Estado do Amazonas, na eleição suplementar que ocorre em agosto próximo.RORAIMENSEAliás, o candidato a vice na chapa encabeçada por Rebeca Lopes, que disputa o pleito para governar o Estado do Amazonas até o final dezembro de 2018, é um roraimense. Trata-se do deputado estadual Abdalla Fraxe, descendente de uma tradicional e respeitada família de Roraima, quase toda dedicada ao comércio local. É bom lembrar que também um roraimense – coronel Robson Marinho – participou como vice numa chapa que concorreu à Prefeitura de Manaus, na eleição de 2016.VOTO SECRETOOs deputados estaduais aprovaram por unanimidade, em dois turnos, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com voto secreto, mas apenas e tão somente quando se trata de veto do Executivo estadual. Para o Legislativo, o fim do voto secreto tornará transparente quem está votando. Mas um observador da política ligado ao governo acredita que o fim do voto secreto apenas nas questões governista é para manter os deputados no cabresto quanto à questão da fidelidade com o grupo de oposição.DEMARCAÇÕESA presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, reuniu-se, nesta terça-feira (20), com o presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), general Franklimberg Ribeiro de Freitas, para tratar dos processos envolvendo demarcação de terras indígenas que estão judicializados. De acordo com o general Franklimberg, existem hoje 111 áreas indígenas em todas as regiões brasileiras que estão em processo de demarcação. Dessas, 11 estão judicializadas e são consideradas prioridade.RECUSOUO Governo de Roraima ia mandar o vice-governador Paulo Quartieiro e o secretário Ronaldo Marcilio de jatinho à Brasília para participarem da negociação de dívidas com o Governo Federal. Quartieiro recusou a utilização do jatinho lembrando que não ficava bem “pedir pinico ao Governo Federal viajando com ostentação”. O voo particular foi cancelado e os dois representantes viajaram para Brasília em voos comerciais.VALORO Conselho Estadual de Cultura decidiu declarar de Valor Histórico e Cultural o prédio onde funcionou por várias décadas a Secretaria Estadual de Educação e Desportos (Seed), que se encontra hoje, como vários outros prédios públicos estaduais, em completo abandono. Com a medida positiva, tomada pelo Conselho Estadual de Cultura, o prédio não poderá sofrer alterações que firam sua arquitetura original.