Bom dia,
Nos anos 60 e 70 do século passado, estudantes brasileiros e a militância de esquerda reagiam com passeatas e pichações do tipo “Fora Yankee” e “Abaixo imperialismo norte-americano”, sempre que o governo militar anunciava algum acordo com o governo norte-americano ou mesmo quando empresas daquele país anunciavam investimentos no Brasil. O discurso dessa tribo era de que os militares estavam vendendo o país para o capitalismo internacional cuja inspiração vinha da afluente e hegemônica economia estadunidense. Do ponto de vista político, os Estados Unidos da América eram considerados a maior e mais estável democracia do mundo; um regime que mais se aproximava do Estado mínimo defendido pelos liberais.
Pois bem, essas duas primeiras décadas do século XXI têm presenciado uma diminuição da hegemonia econômica dos Estados Unidos e uma ascensão vertiginosa da China, que invade o mercado internacional com seus produtos quase sempre da má qualidade e uma exportação de capital financeiro que desnacionaliza as infraestruturas, especialmente de energia e transportes, dos países dependentes de capital internacional, como é o caso do Brasil. Ainda ontem, o governo brasileiro anunciou um vasto programa de investimento em infraestrutura com financiamento chinês. E ninguém mais, nem estudantes, nem esquerdistas protestam contra o imperialismo dos chineses.
A diferença fundamental entre os norte-americanos do final do século XX e os chineses deste início de século XXI é que os primeiros praticavam uma democracia das mais livres do mundo e exportavam capital privado. Os chineses vivem hoje, com certeza, sob a tirania da maior ditadura comunista do Planeta, e exportam capital estatal para dominarem os países de fraca soberania como o nossa. Talvez por isso, a esquerda anda tão calada com a escalada da desnacionalização do Brasil de hoje.
CHAMADAA Caixa Econômica publicou, segunda-feira, 18, edital de chamada pública para apoiar projetos de infraestrutura em 2018, que serão analisados pelo Comitê de Investimento do FI-FGTS. A chamada pública, no valor de R$ 4,5 bilhões, está aberta até o dia 2 de março de 2018. Os projetos do Fundo são aplicados na construção, reforma, ampliação ou implantação de empreendimentos de infraestrutura nos setores de portos, aeroportos, rodovias, hidrovias, saneamento, energia e ferrovias. Alguém de Roraima vai se habilitar?
PALANQUECorreligionários dos ex-governadores Anchieta Júnior (PSDB) e Chico Rodrigues (sem partido) andam animados com a possibilidade de os dois estarem no mesmo palanque nas eleições de 2018. Eles repetiriam a dobradinha de 2014, em posições invertidas; Anchieta disputaria o governo e Chico, uma das duas vagas ao Senado Federal. Os que estão trabalhando pela chapa garantem que eles somariam o bom momento político que dizem estar vivenciando. Só para lembrar o velho Garrincha, seria bom perguntar, o que o eleitor e a eleitora roraimense pensam disso.
DE NOVOEstamos próximos de um ano eleitoral e, de novo, os governos do Brasil e da República da Guiana anunciam o desejo de asfaltar a estrada, em território guianense, que liga Lethem a Linden, a pouco mais 100km, da capital Georgetown, cujo trecho já é asfaltado. O anúncio foi feito ontem, quinta-feira, 21, durante reunião ocorrida no Palácio do Planalto, entre o presidente brasileiro Michel Temer e o presidente da república guianense David Granger. Fontes da Parabólica dizem que agora a viabilidade do Brasil financiar a obra é maior, especialmente pela possibilidade de o governo da Guiana pagar a dívida.
PETRÓLEONas tentativas anteriores feitas pelo governo brasileiro e guianês para asfaltar aquela rodovia, a incapacidade financeira do governo do país vizinho para pagar qualquer investimento financiado pelo Brasil tornava a empreitada inviabilizada. Agora, segundo fontes da Coluna, a realidade, pelo menos em nível de expectativa futura, está bem mais favorável. É que a República Cooperativista da Guiana pode ter, nos próximos anos, a possibilidade de começar a extrair petróleo de dois poços em seu litoral atlântico. E isso vai permitir a entrada de um bom montante de divisa nos cofres daquele país caribenho.
ESQUECIDOSE os parlamentares federais do Roraima foram literalmente esquecidos pelo Palácio do Planalto quanto ao encontro entre os presidentes brasileiro e guianês, durante o qual foi anunciada a intenção dos dois governos de asfaltar a rodovia que liga Lethem a Linden. Como o Estado de Roraima é aparentemente o principal interessado nesse asfaltamento que ligará, Boa Vista a Georgetown era esperado que a bancada federal do Estado fosse lembrada pelo cerimonial da Presidência da República para estar presente ao evento.
LEMBRANÇAO deputado federal Remídio Monai (PR) disse, através de sua assessoria, que o anúncio do acordo de cooperação bilateral entre Brasil e Guiana, para o asfaltamento da estrada de Lethem a Linden, é fruto de trabalho feito na Câmara Federal. “Entre os anos de 2016 e 2017, conduzi uma agenda de trabalho voltada à concretização deste acordo bilateral. Foram diversas reuniões no Ministério das Relações Exteriores, Ministérios dos Transportes, Portos e Aviação e na embaixada da Guiana, em Brasília”, diz o parlamentar.
RECONHECIMENTOSegundo ainda o deputado federal Remídio Monai, não se deve esquecer o seminário internacional, promovido pelo Banco Interamericano de desenvolvimento (BID), em novembro de 2016, tanto em Georgetown quanto em Boa Vista. Ele diz também que é preciso relevar o trabalho do diretor do Departamento da América do Sul II do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Tarcísio Costa, e do embaixador da Guiana no Brasil, George Talbot.
ERRATAEm atenção à nota denominada “BASTIDORES”, publica¬da no dia 16 de agosto de 2017, a Folha ERROU ao divulgar que o Sr. Renato Amorim teria sido exonerado da presidência da CERR por conduta antiética. Segundo as informações re¬passadas à editoria, o ex-presidente teria levado para “cortar” a faixa de inauguração de uma subestação no Município do Bonfim o senador Romero Jucá, e não a governadora Suely Campos, uma vez que a obra teria sido realizada pela Seinf. Como esclarecido com documentação repassada ao jornal, ficou claro o erro na informação, pois a obra foi realizada pe¬la Eletrobras, e não pela Seinf. O Sr. Renato Amorim já tinha sua exoneração acordada com o Governo do Estado, em data anterior à inauguração, e o mesmo nem esteve presente na ocasião supracitada, portanto, não cometeu nenhum tipo de conduta antiética. Em conformidade ao acordo no proces¬so judicial de número 0823793-93.2017.8.23.0010 e, no desejo de a Folha sempre trazer a informação correta para o seu lei¬tor, está feita a correção.