Bom dia!“O homem tem o valor que a si próprio dá” ― François RabelaisNERVOSA manhã de ontem foi de muita confusão na entrada da Assembleia Legislativa do Estado (ALE). Embora os nervos estejam alterados por causa da tensão pré-votação do pedido de afastamento da governadora Suely Campos (PP), os estranhamentos ainda são resquícios da greve dos professores, quando foi criada uma disputa entre situação e oposição, que passaram a incentivar a ocupação de todos os espaços possíveis na casa legislativa a fim de acompanhar as sessões como forma de fazer pressão aos deputados ou só para provocar manifestantes. PIMENTANão deu outra. Como a chefe da Casa Civil, Danielle Campos, levou pessoalmente um grande grupo de ativistas sociais para protocolar, na ALE, a mensagem governamental com o Projeto de Lei para Regularização Fundiária de Imóveis Urbano, que mal havia acabado de ser assinado pela governadora, então o tempo fechou por lá. Era tudo o que a turma do “quanto pior, melhor” queria: provocações, insinuações, acusações mútuas e empurrões – e spray de pimenta lançado pelos policiais militares da ALE no bolo que se formou na entrada da Assembleia.PINGA-FOGONesse entrevero não houve vencedores, embora cada lado queira contabilizar algum ponto a favor ou contra. O certo é que esse episódio serviu para mostrar que o momento precisa de muito equilíbrio para agir dentro dos princípios legais, longe de confrontos que mais parecem antecipação de uma campanha eleitoral que se avizinha. E houve até um grupo que já saiu ditando manchete de jornal de hoje: “Está declarada a guerra institucional”. A verdade é que há gente torcendo para “o circo pegar fogo”.AMENIZAÉ natural a queda de braço entre oposição e situação em um momento delicado como este, o que faz parte de qualquer parlamento. Mas, nos bastidores, os blocos de parlamentares estavam em entendimento sobre a Comissão Processante. Embora o presidente da ALE, deputado Jalser Renier (PSDC), ao tentar acalmar, tenha se alterado quando alguns manifestantes o ofenderam à base do grito, momento em que ele passou a usar expressões fortes durante a confusão e, em plenário, o clima amenizou depois. Até mesmo o deputado Mecias de Jesus (PRP) deu entrevista afirmando que tudo não passou de um “mal-entendido” e que não foi mandado nenhum recado à governadora.   MARMITEXUm fato que chamou a atenção é que não faltou apoio para as centenas de manifestantes que se envolveram no empurra-empurra no hall de entrada da Assembleia Legislativa. Do lado de fora, foram distribuídos cerca de 600 marmitex para eles. Na calçada em frente ao prédio, parecia um banquete. Isso leva a crer que toda essa mobilização foi preparada, no mínimo, com um dia de antecedência. ADIADOApesar de que o pano de fundo de tudo isso tenha sido a escolha de nome dos titulares que iriam compor a Comissão Processante que irá alisar o pedido de representação feito contra a governadora e a chefe da Casa Civil, nada ficou definido ontem sobre este assunto. A discussão ficou para a próxima semana porque o líder do governo na ALE, deputado Brito Beserra (PP), usou de uma manobra legal para que ela seja comunicada, via ofício, sobre a indicação dos nomes que irão compor a comissão. Ao menos haverá alguns dias para todos analisarem o que aconteceu ontem. GAZETEIROSO presidente da ALE, Jalser Renier, avisou, na sessão de ontem, que não vai mais admitir comissão geral em plenário para analisar projeto, como tem sido feito, porque as comissões permanentes não têm se reunido. E avisou também que não vai mais tolerar falta de deputados, com desconto salarial divulgado em Diário Oficial. Ontem, o painel marcava a presença dos 24 deputados, sendo que quatro estavam viajando a serviço e apenas 18 estavam realmente em plenário. Ou seja, havia dois “gazeteiros” que vão levar falta. REELEIÇÃOEm convenção nacional realizada em São Paulo nesta segunda-feira, o PSDC reelegeu Eymael como presidente nacional da sigla e Roberto Lopes, de Roraima, como vice-presidente. A reeleição é para novo mandato para o biênio 2015/2019. Os dois concorreram nas últimas eleições para a Presidência do Brasil. FALTAOs profissionais que trabalham nas duas Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Geral de Roraima (HGR) têm enfrentado dificuldades para exercer seus trabalhos, nos últimos dias. O motivo é a falta de materiais básicos, como capotes (aventais descartáveis), máscaras e papel para enxugar as mãos. Como se trata de um setor onde os procedimentos precisam ser levado muito a sério, sem falhas, o problema tem irritado os profissionais. LENTIDÃOA resposta pela lentidão da análise dos processos de Roraima dos ex-servidores do Território Federal, no Ministério do Planejamento, veio do deputado federal Carlos Andrade, aos ex-servidores do Banroraima. O parlamentar afirmou que as comissões estão trabalhando com contingente de pessoal limitado e que existe um fator complicador: são muitos os processos e boa parte apresenta documentação incompleta ou não pertinente ao processo. “Em resumo, são poucos ordenados os documentos. Eis o motivo da morosidade na publicação de novas listas”, afirmou o deputado.