Bom dia! Sem entrar no mérito do caso policial em que foi transformado o desenrolar do Zoneamento Econômico Ecológico (ZEE) do Estado, trata-se de um crime o que estão fazendo com esse importante instrumento destinado a delinear os projetos de desenvolvimento de Roraima.  Uma mistureba de incompetência, desleixo, malandragem e falta de vontade política fez com que a elaboração do zoneamento ambiental se arrastasse desde 1999 em uma novela sem fim. Por mais absurdo que isto possa parecer, não fosse a Folha insistir em tratar da questão, cobrando posicionamento das autoridades, o ZEE estaria mofando em alguma gaveta ou o assunto estaria ausente da lista de interesse dos governantes, assim como vinha ocorrendo há 15 anos. Nem o Ministério Público se incomodou mediante o longo período de elaboração, nem muitos quando o caso foi parar na delegacia de polícia. A sociedade, por sua vez, por desconhecer a importância desse mecanismo, fica sem entender o que está acontecendo. Para esclarecer, o ZEE, também chamado Zoneamento Ambiental, tem como objetivo viabilizar o desenvolvimento sustentável a partir da compatibilização do desenvolvimento socioeconômico com a conservação ambiental. Este mecanismo de gestão ambiental consiste na delimitação de zonas ambientais e atribuição de usos e atividades compatíveis segundo as características (potencialidades e restrições) de cada uma delas. O objetivo é o uso sustentável dos recursos naturais e o equilíbrio dos ecossistemas existentes. Isto significa que, sem este documento, não tem como pensar em desenvolvimento ordenado do Estado de Roraima. O que dá para se concluir desta questão é que, enquanto o Zoneamento tornou-se um assunto escanteado pelos responsáveis, muitas autoridades de alto coturno estavam tratando de afanar as terras públicas que foram transferidas da União para o Estado. E onde as aves de rapina estão agindo, não há como pensar em projetos de desenvolvimento para Roraima. Então, fica a pergunta: recorrer a quem?   VOLUNTÁRIOS Os integrantes do Comando de Policiamento da Capital (CPC), órgão que abriga pelo menos 800 policiais militares, procuraram a Parabólica para relatar a insatisfação com o corte da Gratificação do Serviço Voluntário (GSV), que servia como uma forma de complementar a renda mensal desses profissionais. Cada serviço voluntário dos PMs representa oito horas trabalhadas, o que significava uma remuneração extra de R$ 460,00, sendo que cada policial poderia acumular até 40 horas. GOVERNO A Secretaria de Comunicação do Governo do Estado confirmou o corte de pagamento da gratificação por parte do CPC alegando que se trata “de uma atividade executada conforme a demanda de policiamento”. “Esclarecemos que o serviço é realizado em complemento às atividades do policiamento da cidade. Com isso, as escalas voluntárias de policiais são organizadas conforme a demanda e em ajuste à administração do serviço público prestado à sociedade”.    HOSPITAL O Governo do Estado afirmou que não existe qualquer registro na Ouvidoria do Hospital Geral de Roraima (HGR) sobre o episódio registrado em um vídeo naquela unidade de saúde, relatado pela Coluna na edição de sexta-feira, 20, em que um médico aparece sendo flagrado dormindo enquanto pacientes aguardavam atendimento. Porém, informou que, ao tomar conhecimento da denúncia, a direção do HGR vai apurar o caso. ORIENTAÇÃO “Ressaltamos que os servidores de Saúde, da área de assistência, trabalham em forma de plantão. Portanto, a Direção do HGR não compactua com qualquer tipo de comportamento contrário a esse. A orientação é para qualquer servidor ou usuário do SUS (Sistema Único de Saúde), registrando atos que prejudiquem ou comprometam a prestação dos serviços, os denunciem, pois o controle social é o principal parceiro da administração pública”, afirmou o governo em e-mail enviado à Coluna. ABORDAGEM Outro vídeo que tem repercutido na internet mostra um agente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) fazendo uma abordagem brusca na rua e derrubando a chute uma mulher que estava na garupa de uma moto. O caso ganhou repercussão na imprensa e o presidente do órgão de trânsito, Juscelino Pereira, afirmou para a imprensa que o caso será apurado. Por coincidência, ontem começou o treinamento dos novos agentes de trânsito. SUJEIRA O complexo poliesportivo Ayrton Senna continua sendo o local mais visitado pelo boa-vistense nos finais de semana, principalmente por famílias que levam suas crianças para brincar na Praça das Águas e Portal do Milênio. E um dos problemas identificados pelos pais é provocado por donos de cachorros que levam seus animais de estimação para esses locais. Essas pessoas costumam não limpar a sujeira deixada por seus cães no gramado das praças. Como não há fiscalização, restam ao público o incômodo e os riscos à saúde. CONFUSÃO O Território Federal do Rio Branco foi desmembrado do Estado Amazonas no dia 13 de Setembro de 1943. Seu nome mudou em 1962 para Território Federal de Roraima, o qual em 1988 foi emancipado para Estado. Apesar de fazer tanto tempo, ainda tem gente que confunde os fatos. Em um voo comercial na madrugada de ontem, o comandante anunciou que o avião estaria chegando a Rio Branco, que na verdade é a Capital do Estado do Acre. Só faltou ele confundir ainda mais e chamar Roraima de Rondônia.