Bom dia!
Tomara que estejamos errados, mas tudo indica que a operação Lava-Jato e o juiz Sérgio Moro terão muitas dificuldades daqui para frente. Tanto a ação conjunta da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Justiça Federal do Paraná quanto seu principal personagem, o juiz Moro, entraram na alça de mira dos que se sentem incomodados com as revelações diárias de bandalheiras cometidas com o dinheiro público. O novo ministro da Justiça, um procurador da República, Eugênio Aragão, já fez ameaça velada aos policiais federais que atuam na Lava-Jato; o procurador-geral Rodrigo Junot, igualmente, deu pitaco na atuação de seus colegas; e para fechar o cerco, desde a semana passada o ministro Teori Zavascki anda puxando a orelha do juiz Moro, embora venha evitando citá-lo em suas falas.
Apesar de lamentável essa reação, era previsível, afinal, as investigações mostram que toda a alta e média cúpula da República tupiniquim está enredada até o pescoço, quer como acusada de ser beneficiária do dinheiro público roubado – casos de Lula da Silva (PT), Renan Calheiros (PMDB), Eduardo Cunha (PMDB) e Romero Jucá (PMDB) e tantos outros -, ou como acusados de tentar atrapalhar a ação da Justiça, a exemplo do que fez a presidente Dilma Rousseff (PT) ao nomear Lula ministro para lhe dar privilégio de foro.
É uma gente que tem enorme poder, está articulada e possui tentáculos em todos os órgãos e poderes da República. Além do mais – e não é bom ignorar isso -, não existem entre eles amadores. São todos profissionais na arte de fazer política desse jeito, e talento para o mal não lhes faltam. Basta um exemplo: pegaram o juiz Moro no contrapé depois que ele autorizou a publicação das conversas entre Lula e Dilma e fazem disso cavalo de batalha para levá-lo ao fogo do inferno e, se possível, afastá-lo da Lava Jato. Pouco importa se essa autorização flagrou a presidente em condutas nada republicanas. Resta esperar o desdobramento do que virá.
TRANCADAA Sessão Plenária da Assembleia Legislativa do Estado (ALE) de quarta-feira, 23, última da semana por causa do feriadão santo, foi muito curta, tão curta que muitos profissionais da imprensa chegaram a pensar que ela não tivesse ocorrido. O motivo para o encerramento precoce se deu em virtude da pauta de votação estar trancada por uma fila de cinco vetos da governadora Suely Campos (PP). Os deputados ainda não chegaram a um consenso sobre esses vetos, por isso ainda estão sendo discutidos nas comissões. Enquanto a ALE não votá-los em Plenário, toda a pauta resta trancada.
REPRESENTAÇÃOOs senadores da bancada do PT, mais as senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lídice da Mata (PSB-BA), Telmário Mota (PDT-RR) e Roberto Requião (PMDB-PR), protocolaram, no final da tarde desta terça-feira, 22, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) “Reclamação Disciplinar” contra o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde coordena a operação Lava Jato. O documento tem como destinatário o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que também é o presidente do CNJ. Como já dissemos anteriormente, em telefonema à Parabólica, o senador Telmário Mota negou que tenha assinado a representação.
FUNDAMENTAÇÃOOs senadores fundamentam a reclamação contra Moro alegando que os grampos no telefone de Lula, que flagraram a conversa nada republicana entre ele e a presidente Dilma Rousseff, bem como sua publicidade, são ilegais. Essa reclamação de caráter funcional é competência do CNJ para tratar dos abusos das autoridades do Poder Judiciário. “Não trata do mérito. Quem trata do mérito é o Supremo Tribunal Federal”, explicou aos jornalistas o líder do governo no Congresso Nacional, senador José Pimentel (PT-CE).
ACESSOSem alarde, o Ministério Público do Estadual de Roraima (MPRR) e a Companhia de Águas e Esgoto de Roraima (Caer) firmaram um Acordo de Cooperação Técnica que vai permitir a troca de informações entre os dois órgãos. Pelo que foi pactuado, membros e funcionários credenciados pelo MP terão senhas que permitirão acesso ao banco de dados dos clientes da Caer. O acordo terá vigência de 60 meses. NEPOTISMOPor falar no Ministério Público do Estado, a questão do nepotismo no Governo do Estado, que andava há muito tempo esquecida, deverá voltar à pauta da imprensa nos próximos meses. É que o promotor de Defesa do Patrimônio Público, Hevandro Cerutti, decidiu, no dia 10 do corrente mês, converter em Inquérito Civil o Procedimento Preliminar que foi instaurado para apurar possíveis afrontas à Súmula Vinculante Nº 13, do Supremo Tribunal Federal (STF), que trata da proibição do emprego de parentes na administração pública. O inquérito vai tratar da nomeação de 19 parentes da governadora Suely Campos (PP) na administração estadual.
BRASÃOO governo do Estado quer mudar a normas, o uso de símbolos, mensagens e veiculações da administração, aperfeiçoando visualmente o Brasão do Estado de Roraima. Segundo mensagem encaminhada à Assembleia Legislativa, o governo que torná-lo “mais adequado às novas mídias, destacando melhor seus elementos ilustrados, respeitando-se sempre as normas heráldicas”, diz o documento encaminhado aos deputados estaduais pela governadora Suely Campos (PP).