Bom dia,
Nas demais capitais brasileiras, em qualquer clássico de futebol são escalados policiais militares em número suficiente para manter a segurança. Aqui não temos futebol capaz de atrair muita gente, aliás sequer temos estádios de futebol. Mas, temos festas juninas e feriadões que fazem a capital Boa Vista ter muita gente nas ruas.
Neste final de semana, milhares de pessoas foram atraídas para a Avenida Ene Garcez, e para manter a ordem, foram designados 150 policiais militares, contingente bem menor que é utilizado para policiar um estádio de futebol. A razão é simples: a Polícia Militar de Roraima não tem contingente para aumentar o número de policiais nas ruas. Felizmente, apesar de tudo, a população boa-vistense é de boa índole. E a festa foi tranquila.
ELEIÇÃO
A população da República Cooperativista da Guiana vai ser chamada a ir às urnas no próximo mês de novembro para escolher um novo presidente para o país. Lá, é praticado uma espécie de presidencialismo mitigado, e a Constituição guianense dá ao Parlamento a competência para tirar o presidente da República do cargo desde que a maioria dos parlamentares aprove um voto de desconfiança contra o governo. Neste caso, o presidente é obrigado a convocar em três meses novas eleições.
DESCONFIANÇA
No começo deste ano, o Partido Progressista do Povo, cujo líder é o ex-presidente Baharrat Jagdeo entrou com um pedido de desconfiança contra o governo do atual presidente David Granger, que foi aprovado pelo Parlamento por apertada maioria de 33 votos a 32. O presidente não reconheceu o resultado alegando que seriam necessários 34 votos, de um total de 65. Além do mais, ainda segundo os advogados do presidente, um dos votos para a derrubada do governo partiu de um parlamentar com dupla cidadania guianense e canadense.
CONFIRMADA
Por conta do número de votos e da participação de um parlamentar de dupla nacionalidade, o presidente David Granger não convocou as novas eleições e recorreu a um tribunal de apelação do Caribe, que é supranacional. Ele perdeu naquela Corte, que confirmou a legalidade da votação do Parlamento, exigindo novas eleições presidenciais. É na verdade uma espécie de impeachment simplificado.
RAINHA
Aliás, por falar no relacionamento entre Executivo e Legislativo, o presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) aproveitou o fim de semana para, mais uma vez, reclamar de seus ex-companheiros de Parlamento. Depois que o Congresso Nacional aprovou uma lei que altera as regras para a indicação de membros das agências reguladoras, impondo critérios para suas escolhas pelo presidente da República, Bolsonaro disse que deputados federais e senadores querem transformá-lo numa espécie de rainha da Inglaterra, que reina, mas não governa.
NÃO RECEBERAM
Acredite se quiser. Fontes da Parabólica garantem que até ontem, as lideranças dos índios Waimiri-Atroari não haviam recebido o Plano Ambiental Básico (PAB), documento inicial para que eles comecem a discutir com as comunidades a aceitação da construção do Linhão de Tucuruí, que atravessa 123 km de suas terras ao longo da BR-174. O consórcio Transnorte encaminhou aquele documento para a Fundação Nacional do Índio (Funai) faz mais de dois meses, que após análise preliminar o devolveu para que fossem feitas algumas correções. Desde então, a Funai não o recebeu de volta.
COMANDO
A informação é do comandante-geral da Polícia Militar de Roraima, o coronel Elias Santana, e foi dada ontem, em entrevista ao programa Agenda da Semana, da Rádio Folha FM 100.3. Segundo o serviço de inteligência das forças estaduais de segurança, é muito provável que os chefões que controlam o tráfico de drogas em Roraima tenham transferido o centro de suas operações para a Venezuela, possivelmente perto da fronteira com o Brasil. Por conta da fronteira quase desvigiada, a entrada dessa droga em território brasileiro/roraimense é feita com muita facilidade.
DIÁRIAS
Roraima gastou em média R$ 1,7 milhão por dia com pagamento de diária para deslocamento de servidores. O valor é alto para a realidade do estado, mas a boa notícia é que RR está entre os quatro (dentre as 27 unidades federadas) que menos gastam com essa modalidade de despesa, ao lado de Rondônia (R$ 1,057 milhão), Rio Grande do Norte (R$ 1 milhão) e Amapá (R$ 1,2 milhão). Os dados fazem parte de um levantamento com base em dados divulgados pelos estados nos portais da transparência.
REFUGIADOS
O Brasil se torna um dos principais destinos para refugiados na América Latina. Nos últimos seis anos, houve um aumento de quase 3.000% no número de solicitações, em especial de pessoas vindo de Haiti, Síria e Venezuela. Segundo o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), atualmente há um passivo de 26 mil pedidos pendentes. O principal destino de refugiados, atualmente, é Roraima, segundo o Conare. No território nacional, a pessoa refugiada pode obter documentos, trabalhar, estudar e exercer os mesmos direitos civis que qualquer cidadão de outro país em situação regular no Brasil.
EM ALTA
Depois de uma crise no setor, que atingiu Roraima até 2017 e que fechou concessionárias no estado, as vendas automotivas seguem em alta segundo levantamento da Fenabrave. De janeiro a maio deste ano, em comparação com o mesmo período em 2018, a alta no comércio de automóveis foi de 17,65%, enquanto a venda de veículos no geral – incluindo motos, furgões, caminhões e ônibus – subiu 10,69%.
DOAÇÃO DE SANGUE
Roraima é o segundo estado do Brasil com menor número de doadores de sangue. Isso é o que mostra um levantamento do Ministério da Saúde, que mostra que de cada mil pessoas apenas 16 doam sangue. Os três estados com os menores números de doadores são da região Norte. No ranking dos piores números, Roraima fica em segundo lugar com 11.947 mil e Acre, em primeiro, com apenas 10.568 mil doadores cadastrados em todo estado.