Bom dia! O anúncio de que a Justiça Federal de primeira instância do Amazonas mandou suspender a licença ambiental expedida pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que dava ao consórcio TNE (formado pela Eletronorte e Alupar) autorização para reiniciar a construção do Linhão de Tucuruí, pode servir de mais um elemento de convicção no sentido de que o movimento ambientalista tem articulação e organicidade. Não é difícil perceber que a decisão monocrática daquele juiz ocorre num momento de fragilização política do Estado de Roraima.
Sem dúvida que esse vai e vem de ordem de prisão e contraordem de prisão do ex-governador Neudo Campos (PP) fragiliza politicamente a governadora Suely Campos (PP) e pode ser capaz de desviar tempo e empenho da luta dela – que, se deve reconhecer, tem sido grande – pela consecução desse projeto que é fundamental para o desenvolvimento do Estado. A briga intestinal, que parece interminável, entre os poderes do Estado por um quinhão maior do orçamento é outro fator que mina a unicidade das forças políticas locais na direção de juntar forças para enfrentar esse movimento que já decidiu de muito tempo colocar óbices para impedir o desenvolvimento de Roraima.
A falta de clareza ideológica da classe política local também é outro estímulo para que o aparato indigenista/ambientalista se anime a trabalhar para emparedar Roraima. Não faz muito tempo, os três senadores do Estado – que representam a vontade do Legislativo federal e os interesses de Roraima no Senado Federal – assinaram um manifesto contrário à tramitação do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) nº 215, que permitiria alguma revisão de legislação indigenista e dava ao Congresso Nacional a última palavra em matéria de demarcação de terras indígenas. E eles assim fizeram, antes mesmo que a matéria tivesse chegado ao Senado Federal.
Tudo isso pode passar despercebido ao grande público, mas não aos ouvidos e olhos daqueles de abraçam as questões ambientais e indigenistas como uma missão quase de fé. E assim, vamos caminhando para o buraco negro do subdesenvolvimento.APARIÇÃOSumido da mídia já faz muito tempo, o ex-governador Chico Rodrigues (PSDB) deu o ar da graça nesta semana, nas redes sociais, para criticar a qualidade da obra de construção de ciclovias pela Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV). Chico diz que a colocação de blocos de concreto separados e sequenciais pode ser “uma navalha” no caso de acidentes envolvendo veículos de quatro e duas rodas. Se for preliminar para uma eventual candidatura à PMBV, vai ter que conversar com sua correligionária, a deputada federal Shéridan, também tucana e que para alguns declara interesse na disputa.SEM MUDANÇASNa base governista na Assembleia Legislativa do Estado (ALE), tudo continua como dantes naquele quartel de Abrantes. A governadora Suely Campos (PP) manteve o deputado estadual Brito Bezerra (PP) como líder do governo, tendo os deputados Mecias de Jesus (PRB) e Gabriel Picanço (PRB) como primeiro e segundo líderes, respectivamente. Eles constituirão a linha de gente do governo para enfrentar no Plenário e nas comissões o chamado Grupo Independente, que é liderado pelo deputado estadual George Melo (PSDC).PROTOCOLOA Parabólica já anunciou, mas não custa repetir, afinal, o fato é do interesse geral da classe produtiva do Estado. Amanhã a governadora Suely Campos (PP) assina, junto com o presidente do Banco da Amazônia, Marivaldo Melo, um protocolo de intenções para destravar as operações daquela casa bancária no Estado. O Basa tem R$ 174,3 milhões disponíveis para aplicação no Estado. Deles, R$ 169 milhões são para crédito de fomento (FNO) e R$ 5,3 milhões para a Carteira Comercial (recursos do próprio banco). As aplicações em Roraima têm ficado muito abaixo disso.REUNIÃOAlém da assinatura desse protocolo, amanhã haverá a primeira reunião do chamado Grupo de Gestão Integrada para o Desenvolvimento Regional Sustentável (GGI), criado no último dia 22 de janeiro quando da visita do ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi a Boa Vista. O GGI tem a participação de dois representantes do Estado (Seplan e Affer); de três representantes do Banco da Amazônia (o presidente, o diretor comercial e o superintendente regional do Amazonas e Roraima); e do secretário executivo do Ministério da Integração Nacional. Esse tanto de gente é para tentar impulsionar as aplicações do Basa em Roraima.ESTRANGEIROSLeitora da coluna manda mensagem chamando a atenção para o número de estrangeiros presentes em Roraima. “Não é só nos sinais que se encontram mulheres venezuelanas pedindo esmolas. Elas e eles também são encontrados trabalhando em estabelecimentos comerciais espalhados pela cidade, principalmente supermercados”, diz a leitora. É verdade, mas não devemos esquecer que eles deram centenas de empregos a brasileiros e brasileiras, em todo o sul da Venezuela, até nos garimpos venezuelanos, antes que o esquerdismo/populismo de Chávez e Maduro acabassem com a economia daquele outrora belo país.