Bom dia!A Assembleia Legislativa promoveu, ontem, segunda-feira, no turno vespertino, uma audiência pública para discutir possíveis saídas para decisão da Agência de Defesa Agropecuária do Estado de Roraima (ADERR) que pretende realizar fiscalização rigorosa sobre o comércio de pequenos animais, especialmente nas feiras livres da Capital. Os animais são abatidos sem o controle de sanidade e muito menos sem controle em relação à situação sanitária dos locais onde se realizam os abates. Até o fechamento da Parabólica, ainda não se tinha uma avaliação do que foi discutido na audiência pública.
Mas, independente dos resultados, o certo é que a questão é complexa, sendo reveladora do interminável embate que se trava neste estado quase falido – cuja burocracia se agiganta para gerar emprego para funcionários públicos-, entre os que ganham salários e aqueles que tentam produzir e pagar impostos, que permitem o pagamento de salários dessa mesma burocracia. Uma simples ida para visitar essas feiras livres vai mostrar as centenas de empregos, diretos e indiretos, que serão extintos caso a ADEER decida fechar o abate desses pequenos animais, sem oferecer uma saída para essa gente que mal ganha para sobreviver.
Sem abrir mão de um controle mínimo das condições de sanidade animal e das condições sanitárias dos locais de abate, a ADEER poderia estabelecer pequenas melhorias nas instalações e nos procedimentos relativos ao abate, sem qualquer dúvida, poderia mandar todos os dias a esses locais, veterinários, não para multar, mas para fazer vistoria na condição dos animais destinados ao abate. Isso é obrigação de governo, afinal, pequenos produtores rurais são entes protegidos pelo Estado, em qualquer país do mundo, mesmo naqueles desenvolvidos.OUVIDOS DE MERCADORAliás, sobre essa questão de apoio ao pequeno produtor rural, até hoje as lideranças políticas, do Executivo e do Legislativo, fazem ouvidos de mercador, quando o assunto é a inexistência de um órgão autônomo para prestar assistência técnica a esses pequenos produtores. Não é bom esquecer, que somos o único estado da federação brasileira sem esse tipo de instituição indispensável para promover o desenvolvimento rural, e que a EMATER-RR, ainda no final dos anos 80 do século passado, foi extinta por Romero Jucá, que criou em substituição uma tal de FADER – cópia de algo parecido existente no Distrito Federal -, sendo que esta foi mandada para o espaço por Ottomar Pinto, ainda no ano de 1991.APROVADASEm sessão realizada na semana passada, o plenário do Tribunal de Contas de Roraima (TCE/RR) aprovou, com ressalvas, as contas do ex-governador José de Anchieta Junior (PSDB), relativas ao exercício financeiro de 2010. Na votação sobre o processo 106/2010, o voto do relator Manoel Dantas foi seguido pela maioria dos conselheiros. Apenas Cilene Salomão e Essen Pinheiro votaram pela reprovação das contas, ou seja, não acompanharam o voto do relator. O ex-governador teve problemas em relação aos terceirizados, controle interno, ordenação de despesa e planejamento orçamentário, segundo as ressalvas.LOCAL A Justiça Federal no Acre, Alagoas, Roraima, Rondônia, Sergipe e Amapá não receberá nenhuma petição com base nas delações dos executivos da Odebrecht, embora tenham políticos citados. No caso do Acre, o governador Tião Viana (PT) será investigado no STF, em inquérito junto ao irmão, o senador Jorge Viana (PT), que tem foro privilegiado. No caso de Alagoas, serão investigados no STF o governador Renan Filho (PMDB), o seu pai, o senador Renan Calheiros (PMDB), e o senador Fernando Collor de Mello (PTC). Ainda na Corte Suprema, estão sendo investigados os senadores Valdir Raupp (PMDB) e Ivo Cassol (PP), de Rondônia, e Romero Jucá (PMDB), de Roraima.NA CHUVAQuem vai para chuva é para se molhar. O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) está na mira da esquerda. Agora está sendo acusado de usar sua cota parlamentar para custear viagens pelo país. Em novembro, a Câmara gastou R$ 2.500 para Bolsonaro ir ao Recife, onde deu palestra na Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados. Foi apresentado como “futuro presidente do Brasil, o nosso mito”. Na ocasião, Bolsonaro disse que “vamos ganhar em 2018, porque somos a maioria no Brasil, homens de bem”. Dias depois, ele veio a Boa Vista (RR) por R$ 4.500, acompanhado de um assessor, cujas passagens, de R$ 4.000, também foram pagas com a cota parlamentar. Aqui, deu entrevistas e uma palestra promovida pelos Sindicatos dos Policiais Civis e o dos Federais de Roraima. “Não estou em campanha, mas estou me preparando para, se o momento exigir, não ser mais um capitão, mas um soldado a serviço de vocês”, disse à época.MUDANÇASO ex-vereador Vingtum Praxedes foi exonerado do cargo de Diretor Administrativo Financeiro, pertencente à estrutura organizacional da Empresa de Rádio e Televisão Difusora de Roraima, e no mesmo dia, foi nomeado para Cargo de Diretor Administrativo e Financeiro, Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação (IACTI-RR). Já José Alcione Almeida Júnior, fez caminho inverso: deixou o IACTI e assumiu o cargo equivalente na Empresa de Rádio e Televisão Difusora de Roraima.