Bom dia,
Hoje é segunda-feira (25.07). O economista Haroldo Amoras, um dos mais experientes do estado, disse ontem no programa Agenda da Semana da Rádio Folha FM 100, que apesar da elevada taxa de crescimento da população estadual nos últimos cinco anos, Roraima só atingirá 900 mil habitantes no final desta década. Os economistas de um modo geral estimam que só quando a população chega a casa do milhão forma um mercado interno suficiente para comportar uma produção em escala, e ainda assim, esse tamanho populacional não viabiliza a produção de muitos bens que exigem um mercado local ainda maior.
Segundo o economista esse cenário de mercado interno insuficiente impõe que a continuidade da taxa de crescimento da economia roraimense – bem maior que a média nacional nos últimos 10 anos-, só será possível com o estímulo para o comércio com o exterior, a exemplo das exportações para a Venezuela – infelizmente a pauta dessas exportações, que já chegam a US$ 350 milhões, é basicamente de bens não produzidos em Roraima-, e também do mercado da República Cooperativista da Guiana. É igualmente fundamental que o mercado do Amazonas, especialmente de Manaus, seja potencializado ainda mais do que é.
É sob o ponto de vista da importância estratégica do mercado externo para a manutenção do ritmo de crescimento da economia local que Haroldo Amoras diz ser fundamental para o novo governo de Roraima que instalará a partir de 1º de janeiro de 2023 dê absoluta prioridade para a melhoria da infraestrutura básica estadual, entre elas a questão das estradas e o fornecimento estável de energia elétrica. Sem isso, o excedente da produção roraimense, que certamente será grande pela pequenez do mercado interno, não terá competitividade para atingir o mercado externo.
É evidente, seja quem for o ganhador das eleições, o governo estadual não disporá de recursos, e nem de condições institucionais, para promover um avantajado programa de investimentos que criar as condições adequadas de nossa infraestrutura básica, entre as quais o sério problema da internet. Desse modo, a capacidade de negociação com o também novo governo nacional – mesmo que se considere a possibilidade de reeleição do atual presidente-, é sem dúvida, um requisito essencial para o governador/governadora eleito /eleita, com o necessário apoio da bancada federal que também será escolhida nas eleições de dois de outubro próximo.
NÃO SERÁ
Em telefonema a Parabólica, a ex-deputada federal Maria Helena Veronese, disse que não será candidata a qualquer cargo nas presentes eleições, apesar de seu nome ter sido consagrado na convenção do Podemos. Maria Helena diz que já oficializou sua decisão à direção do partido, e que inclusive, já manifestara esse desejo em contatos anteriores com o ex-deputado federal Luciano Castro, que preside regionalmente o Podemos. A ex-deputada diz que seria uma honra disputar mais um mandato na Câmara Federal, mas após três mandatos federais continua uma pessoa comum e sem os recursos vultosos, que se exige hoje para uma disputa competitiva. Feito o registro.
OZEAS
O candidato do Podemos ao Senado Federal, Ozeas Colares, foi entrevistado, ontem, no programa Agenda da Semana da Rádio Folha FM 100.3. Como seu partido não tem candidato a presidente da República e nem ao governo do estado, ele se disse livre para declarar voto ao presidente Jair Bolsonaro (PL), e também ao governador Antônio Denárium (PP), que inclusive esteve presente na convenção do Podemos. Colares, que se declara de direita e liberal, disse que sua principal bandeira no exercício de um eventual mandato de senador será a redução da carga tributária no Brasil. Assegurou não se furtará de votar pelo impeachment de qualquer ministro do Supremo Tribunal Federal, e que analisará a possibilidade dele mesmo propor a cassação de ministros se houver motivo justo. O candidato do Podemos diz que lutará com todas as forças para acabar com a mistura de álcool na gasolina do Brasil.
TELMÁRIO
Outro entrevistado, ontem, no Agenda da Semana da Rádio Folha FM 100.3 foi o senador Telmário Mota (PROS), que é candidato à reeleição. O PROS não terá candidato à Presidência da República e nem ao governo estadual de Roraima. Por conta disso ele disse que apoiará a candidatura à reeleição do presidente da República Jair Bolsonaro (PL) – segundo ele por conta das inúmeras ações positivas do governo federal em favor do estado-, e que tende a votar no governador Antônio Denárium (PP), que não compareceu a convenção regional de seu partido. Telmário diz que votará a favor de pedidos de impeachment contra ministros do STF, especialmente de uns três – ele não citou nomes-, e que isso até hoje não aconteceu porque os pedidos já feitos ao Senado Federal não foram acatados pelo presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
PONTE
Ao relacionar várias emendas que trouxeram recursos para o estado, Telmário garantiu que já conseguiu trazer para os cofres do estado cerca de R$ 70 milhões de dinheiro federal, que juntados à parte do governo estadual são suficientes para construir a ponte sobre o rio Uraricoera na localidade do Passarão. O senador disse que o início das obras agora depende do licenciamento ambiental e da consulta aos povos indígenas afetados pela obra. Tal exigência é a mesma que se fez ao povo Wamiri-Atroari para a construção do Linhão de Tucuruí.