Bom dia,Ainda estamos distantes das próximas eleições, mas em entrevista aqui mesmo na Folha, a presidente do Tribunal Regional Federal de Roraima (TRE-RR), a desembargadora Tânia Vasconcelos, fez referência ao tema ao dizer que a Justiça Eleitoral deverá ficar atenta ao nível de debates entre os candidatos durante o período gratuito do rádio e da televisão. Argumenta, com razão, a presidente do TRE-RR que aquele horário destinado aos candidatos é pago com o dinheiro do contribuinte e deve ser utilizado para fazer propostas e que a família brasileira não deve ser desrespeitada com uma campanha baseada apenas nas críticas aos adversários.
Evidentemente, que o período eleitoral com a utilização da propaganda gratuita no rádio e na televisão e nas reuniões que hoje substituem os comícios é para ser utilizado para que candidatos ofertem um conjunto de promessas aos eleitores. De qualquer forma, é preciso ficar atento a um esquema inventado pelos marqueteiros, personagens hoje mais importantes que os próprios candidatos, de que qualquer crítica que se faz a candidatos é baixar o nível da campanha. Isso não faz bem a democracia, por corremos o risco de fazer eleições onde os candidatos mais mentirosos, devidamente maquiados por recursos técnicos de imagens e discursos bem elaborados, transformem as eleições em disputas de narigudos Pinóquios.
Eleição tem que ter propostas, mas também é uma oportunidade para que os candidatos sejam desnudados do ponto de vista ético e moral perante o eleitorado. As críticas, neste sentido, são benfazejas à democracia.REAÇÃO 1Não é fácil tirar conclusões a partir do que postam nas redes sociais os internautas. Elas estão cheias de gente de má fé e, de um contingente de picaretas pagos por grupos de políticos, e outro tanto de gente absolutamente despreparada que dá opinião sobre coisas e fatos dos quais não tem absolutamente nenhum conhecimento. De qualquer forma, quem se dispuser a dar uma olhada sobre o que dizem esses internautas vai perceber que já é enorme a resistência de muitos roraimenses à presença de venezuelanos aqui no Estado. No centro da rejeição está a escassez de meios financeiros para atender essa população migrante.REAÇÃO 2Logo depois de uma entrevista coletiva em que a prefeita de Boa Vista, Teresa Surita (PMDB), anunciou o resultado de uma reunião que teve na última segunda-feira (21.08) em Brasília, com nove ministros de Estado para tratar da questão migratória de venezuelanos para Roraima, várias postagens foram feitas em redes sociais criticando a alcaide boa-vistense. Quase todas essas críticas diziam respeito à preocupação das autoridades do Estado com os migrantes enquanto a população local enfrenta igualmente problema de desemprego e outras carências. A Coluna faz questão de dizer que não concorda com essas críticas nem à Prefeitura de Boa Vista, nem ao Governo Estadual.SUBSTITUIÇÃOEssa pegou muita gente de surpresa. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, pediu à presidente da Corte Suprema, ministra Carmen Lúcia, que indique outro ministro para relatar a denúncia que o procurador-geral de Justiça, Rodrigo Janot, apresentou contra o notório senador Romero Jucá (PMDB). Janot acusa Jucá de ter recebido propina da Gerdau para alterar uma Medida Provisória em favor daquele grupo empresarial gaúcho. Lewandowski argumenta que esse caso de corrupção envolvendo Jucá não está no âmbito da Operação Zelotes, da qual é relator. E por aí, esses processos envolvendo parlamentares se arrastam sem fim nos corredores da Justiça. E, para variar, o processo corre em segredo de justiça. ELEITORESLeitor da Parabólica mandou, via Whats, uma dica que pode explicar a razão pela qual alguns políticos passaram a ter nos últimos dias especial dedicação à questão dos migrantes venezuelanos. “Em Brasília, as autoridades e o Congresso Nacional estão discutindo mudanças que vão resultar em uma nova Lei de Migração para o Brasil. Uma dessas modificações pretende estender o direito de voto aos migrantes, hoje só permitido a brasileiros natos, naturalizados e a portugueses com mais de três anos de residência no Brasil. Logo, se isso for feito até o próximo ano, poderemos ter milhares de eleitores do país vizinho votando aqui”, disse nosso leitor.TRANSFERÊNCIAHá dois meses, as reeducandas do sistema prisional roraimense passaram a cumprir pena em um novo prédio. Até então estavam presas em unidade anexa à Penitenciária Agrícola do Monte Cristo, na zona rural de Boa Vista. Por decisão judicial, proferida pela Vara de Execuções Penais, elas foram transferidas para um local no bairro Asa Branca, que abrigou até alguns anos atrás o Centro Socioeducativo (CSE) Homero de Souza Cruz Filho e recentemente era o Centro de Progressão Penitenciária (CPP), onde os presos do regime semiaberto pernoitavam.PIOROU?Pois bem, de lá para cá, uma detenta foi morta com uma facada no pescoço, ocorreu um motim na unidade prisional e anteontem agentes penitenciários flagraram celulares sendo arremessados para dentro da prisão. Ocorrências como essas não eram registradas há muito tempo na Cadeia Feminina. O Sindicato dos Agentes Penitenciários criticou a transferência das presas para um bairro dentro da capital, classificando a decisão como um retrocesso.