Bom dia!

A Parabólica está sendo redigida antes da exibição, ontem, do programa eleitoral partidário no horário nobre da televisão brasileira, que todos chamam de gratuito, mas que é pago com o dinheiro dos brasileiros e das brasileiras. Uma repórter de televisão conseguiu acesso ao conteúdo do programa peemedebista ainda na quarta-feira, 24, o que nos dá condição de comparar a mensagem desse partido com o conteúdo do programa eleitoral do Partido dos Trabalhadores, exibido na terça-feira, 23. Sem dúvida, a conclusão a que se chega é que os dois partidos são, na essência, iguais. Apenas têm maneiras diferentes para dizer suas versões.

O PT disse, em síntese, que seus erros – corrupção generalizada, falência das contas públicas e quebra das estatais do setor elétrico, inclusive da Petrobras – são mais do que compensados pela chegada, segundo eles, de 40 milhões de brasileiros e brasileiras ao mercado de consumo, através dos programas de inclusão. Principalmente do “Minha Casa, Minha Vida” e do Bolsa Família. De Lula da Silva, cujos malfeitos aparecem sobejamente provados na imprensa, os petistas alegam que tudo é invenção da elite branca e rica que ainda hoje não aceita a chegada de um operário, sem um dos dedos mínimos, à Presidência da República. Ah! Não deixaram Dilma Rousseff aparecer no programa.

E os peemedebistas? Utilizaram o horário pago pelos tupiniquins para falar com habitantes de outros países, que podem ser os da China ou os do Japão. Os personagens que apareceram no programa, inclusive Michel Temer, acusam o governo do PT de ser o responsável pela crise que dilacera o Brasil, fazendo de conta que nenhum brasileiro ou brasileira sabe que eles foram copartícipes deste mesmo governo que eles criticam e que ocuparam e ocupam ministérios importantes, inclusive o de Minas e Energia, em cujo seio ocorreram as maiores falcatruas. Ah, sim! Eles criticaram a corrupção na Petrobras revelada pela operação Lava Jato. Fizerem de conta que Renan Calheiros, Eduardo Cunha, Romero Jucá e tantos outros citados pelos denunciantes não fazem parte do PMDB. É mole?

NARCOTRÁFICONão é de hoje que se fala que os narcotraficantes utilizam Roraima como corredor para o tráfico de armas e drogas para outros estados do País. Pois bem. Ontem a Polícia Federal em Pacaraima, Norte de Roraima e fronteira com a Venezuela, prendeu o mais conhecido narcotraficante do Estado do Amazonas, onde é conhecido como “João Branco”. Ele chefia uma facção criminosa conhecida como “Família do Norte (FDN)” e tentava entrar no Brasil vindo daquele país vizinho. João Branco portava identidade falsa com o nome de Jonatas Peres Soares. Essa imensa fronteira despovoada e sem atividade econômica é porta aberta para o narcotráfico.

SEM VETOOntem, quinta-feira, último dia da semana para a realização de sessões na Assembleia Legislativa (ALE), os deputados tiveram a terceira plenária consecutiva sem Ordem do Dia. Por isso, os deputados estaduais passaram a semana sem nada para decidir, nem mesmo os vetos da governadora Suely Campos (PP) apostos às emendas feitas por eles mesmos ao orçamento do Estado para 2016. Por conta disso, o Estado vai iniciar março, o terceiro mês do ano, efetuando gastos com base no Orçamento de 2015. Ah, sim! Ninguém fez comentários sobre o imbróglio da Polícia Civil no gabinete parlamentar do deputado Izaias Maia (PRB).

MUDAEmbora o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) tenha anunciado que vai recorrer da decisão do juiz federal do Amazonas, que mandou anular a autorização dada para o reinício da construção do Linhão de Tucuruí, pelas bandas da Fundação Nacional do Índio (Funai) tudo é mutismo. Assim como faz com o término do prazo, em 15 de dezembro de 2015, para apresentação do laudo antropológico conclusivo sobre a criação da Terra Indígena Pirititi, aquela autarquia federal indica claramente que pouco se importa com a opinião pública. Seu interesse parece ser apenas o de atender as Organizações Não Governamentais e as instituições internacionais. Embora suas despesas sejam pagas com o dinheiro arrecadado dos brasileiros e brasileiras.

SÍSTOLEJá dissemos daqui, da Parabólica, que o relacionamento entre os deputados estaduais do Grupo Independente da Assembleia Legislativa e o Governo do Estado se faz alternando sístole (aproximação) e diástole (afastamento). Segundo fontes da coluna, o momento agora é de sístole, após uma conversa entre a governadora e o deputado Jálser Renier (PSDC), presidente da ALE. Tudo indica que o martelo da concórdia pode ser batido na próxima terça-feira, 01/03.

MANUTENÇÃO Se tudo caminhar bem entre o governo e o Grupo Independente, é possível que ainda na terça-feira a Comissão de Redação e Justiça, presidida pelo deputado George Melo (PSDC), termine o relatório sobre os vetos da governadora Suely Campos às emendas dos parlamentares ao orçamento 2016. O relatório seria votado provavelmente na quarta-feira, 02.03. Neste momento de sístole, as fontes da Parabólica garantem que cerca de 90% dos vetos serão mantidos.