Bom dia, O governador do nosso vizinho Estado do Amazonas, José Melo (PROS), anda mandando fechar postos e programas de saúde alegando que não há recursos para mantê-los, em virtude da falência econômica e financeira do Tesouro estadual. O Amazonas é um dos primos ricos da Federação Brasileira, pois arrecada de ICMS muitos bilhões de reais por conta do Parque Industrial de Manaus (PIM) e recebe outros tantos do Fundo de Participação dos Estados (FPE), por conta do seu imenso território e relativa pobreza de sua população. A princípio, portanto, não parece existir razões que possam explicar a situação de penúria dos cofres do Estado amazonense, a ponto de o governador negar verbas para fazer acontecer o famoso Festival Folclórico de Parintins. Os rivais bois Caprichoso (azul) e Garantido (vermelho) estão fechando seus currais (barracões), para a tristeza dos amazonenses.

Também não é sem razão que os dois últimos governadores amazonenses, Eduardo Braga (PMDB) e Omar Aziz (PSD), foram acusados, faz muito pouco tempo, por uma empreiteira, de exigirem propina durante a construção da Arena da Amazônia, estádio de futebol construído na Capital manauara para sediar os jogos da Copa do Mundo de 2014. E o percentual da propina não era pequeno: 10% sob cada fatura emitida pelos construtores. Como na maioria dos estados brasileiros a corrupção é endêmica, no Estado do Amazonas alcança até mesmo o Fundo de Financiamento do Ensino Básico (Fundeb). Esta, sem dúvida, é uma das principais razões pelas quais a montanha de dinheiro arrecadada não é suficiente para bancar despesas com atividades fundamentais de qualquer governo.

Fazemos desse cenário, a situação falimentar de um governo estadual amazonense, para lembrar que os cortes anunciados pelo Governo Federal, do interino presidente Michel Temer (PMDB), além de insuficientes em curto prazo, de nada adiantarão se continuarem atuantes os agentes políticos que idealizaram e se beneficiaram dos esquemas de corrupção montados no Governo Federal, entre os quais, se sobressai a roubalheira instituída na Petrobras e no sistema elétrico estatal brasileiro. E o governo Temer está recheado desses personagens, tanto no poder Executivo quanto dentre os parlamentares que no Congresso o apoiam. Assim não dá!BANDIDOEra flagrante o nervosismo do senador Romero Jucá (PMDB) ao ser informado por repórteres de que o Partido Democrático Trabalhista (PDT) entrara com pedido de cassação de seu mandato na Comissão de Ética no Senado Federal. Em vez de se defender, Jucá partiu para o ataque, desqualificou Carlos Lupi (PDT) e chamou o senador Telmário Mota (PDT), outro signatário do pedido, de “bandido”. Sem dúvida que o clima entre os dois vai esquentar. OPÇÃO A suspensão dos voos para o trecho Boa Vista/Manaus, feita pelas companhias aéreas TAM E GOL, deixou a AZUL como detentora de monopólio operando no referido trecho. Com isto, sumiram as promoções. E uma viagem ida e volta à capital amazonense, saindo de Boa Vista, não custa menos que R$1 mil, quase o mesmo valor que se paga numa passagem para Miami (EUA). Para fugir do monopólio do alto preço da passagem aérea, muitos usuários estão preferindo viajar de ônibus, que sai por menos de um terço do custo da passagem aérea. Quem já fez a opção não tem reclamado. MENORAlém da passagem de ônibus ser, aproximadamente, um terço do valor do voo aéreo, o passageiro que vai a Manaus também economiza no pagamento do taxi. A tarifa cobrada pelos taxistas para levar passageiros do Aeroporto Eduardo Gomes ao Centro é de R$ 65,00. Ao contrário, para que passageiros saiam da rodoviária de Manaus até o centro da Capital, o custo aproximado é de R$ 30,00.   PUXANDO A revelação do conteúdo das conversas entre o ex-senador Sérgio Machado (PMDB) com os senadores Romero Jucá (PMDB) e Renan Calheiros (PMDB) parece indicar que os peemedebistas querem, decididamente, puxar os tucanos para dentro do saco da corrupção revelada pela operação Lava Jato. Em ambas as gravações divulgadas na mídia, o senador mineiro Aécio Neves é citado como elemento central do esquema de desvio de dinheiro público. Será que isso poderá trazer rachadura na coalisão entre peemedebistas e tucanos, que sustenta o governo interino de Temer no Congresso Nacional? MOÇÃO O senador Romero Jucá pode até estar com o prestígio em declínio em Brasília, por conta do imbróglio criado em torno das gravações de suas conversas com o ex-senador Sérgio Machado. Lá, ele já foi afastado do Ministério do Planejamento e continua com o cerco agora para lhe tirar o mandato no Senado Federal. Em Roraima, parece que o apoio ao peemedebista continua intacto, pelos menos entre os políticos detentores de mandatos eletivos. A Assembleia Legislativa aprovou, na terça-feira, 24, moção de apoio a ele. Também os legislativos mirins (Câmara de Vereadores) de Roraima, da Capital e do interior, fizeram o mesmo caminho.        ESTRANHO Os deputados estaduais que dão sustentação ao governo Suely Campos (PP) na Assembleia Legislativa Estadual (ALE) não compareceram ao plenário para votar contra a Moção ao senador Romero Jucá. A única presente foi a deputada Aurelina Medeiros (PTN), que votou ajudando a aprovar, com a unanimidade dos presentes, o documento que por certo será usado na defesa do senador peemedebista, em Brasília.