Bom dia, “Em política, a honestidade não conta nem como estratégia nem como índice para avaliação dos outros. Ser honesto em política atuante é ser parvo” – Vergílio Ferreira Quem passou pelo trecho sul da BR-174, em direção ao Município de Mucajaí, Centro-Sul do Estado, a cerca de 15Km de Boa Vista, na noite de sexta-feira passada, pôde ver mais um exemplo do desmonte que se fez em Roraima, nos últimos anos. Um incêndio no lavrado, com cerca de 8Km de extensão, era combatido, por volta das 21h, por uma guarnição formada por quatro bombeiros. O meio usado de apoio àquela guarnição era uma picape Ranger pertencente ao Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima), do Programa Roraima Legal, e os equipamentos disponíveis eram resumidos a seis abafadores rústicos e cinco pulverizadores costais. E nada mais. Era melancólico ver aqueles quatro bombeiros heroicamente tentando pôr fim ao incêndio, que evidentemente não foi controlado. A um morador daquela circunvizinhança, os profissionais disseram que, no início daquela noite, já haviam debelado outro foco de incêndio na região do Bom Intento, no trecho norte da BR-174. Segundo um dos combatentes, o Corpo de Bombeiros de Roraima não tem disponível, no momento, nenhum carro-pipa que pudesse servir de apoio para pelo menos reabastecer os pulverizadores costais, o que era feito fazendo deslocamentos, com a picape, para os sítios da redondeza. Quando retornavam, o fogo já tinha se alastrado de novo. É inacreditável que as autoridades públicas de Roraima não tenham, ainda, conhecimento de que as ocorrências de focos de incêndio se repetem sempre nessa época do ano, sem que tomem providências para tentar ao menos minimizar esse processo lento, mas contínuo de destruição do meio ambiente. É ainda menos crível que o Corpo de Bombeiros desloque apenas quatro profissionais que, apesar do desvelo com que executaram suas tarefas, não têm condições de cumpri-las com eficiência. Está aí um retrato acabado do que é o Governo do Estado hoje que, em vez de ser uma instituição voltada aos interesses coletivos e executores de políticas públicas, transformou-se em uma monumental máquina de distribuir privilégios a apaniguados e servir de dutos para transferir dinheiro público para meia dúzia de privilegiados. REPRESENTAÇÃO 1 O desafio do ex-senador Mozarildo Cavalcanti, atual secretário da Representação do Governo em Brasília, não é fácil: transformar aquela pasta em um órgão que possa tratar de interesses do Estado junto a ministérios e ser interlocutor de projetos de desenvolvimento junto ao Governo Federal. REPRESENTAÇÃO 2 Até agora, a Representação em Brasília, com as sub-representações de São Paulo (SP) e Manaus (AM), tem servido para recepcionar autoridades estaduais em trânsito e acomodar pacientes encaminhados pelo Governo do Estado para Tratamento Fora de Domicílio (TFD), que é concedido pela Secretaria Estadual de Saúde. SAÚDE O grande número de TFDs emitidos acaba sendo um desafio à Representação do Governo de Roraima. Já se sabe que boa parte desses pacientes é enviada para tratamento em outros estados, por causa da situação precária da saúde pública estadual, ou porque muitos médicos não querem assumir tratamentos mais complicados, mediante à falta de medicamentos e material hospitalar, além dos equipamentos sucateados. LADRÕES 1 Os microempresários que têm lanchonetes na praça do bairro Cidade Satélite, zona Oeste, estão trabalhando aterrorizados. É que todos os estabelecimentos foram alvos de ladrões, por duas madrugadas seguidas, que tentam arrombar as portas das lanchonetes. Os cadeados são quebrados e as fechaduras das portas forçadas. Felizmente, os larápios não conseguiram (ainda) executar os furtos. LADRÕES 2 Os donos dos quiosques afirmam que, se não for reforçada a segurança pública no local, a qualquer momento os ladrões vão fazer o “limpa”, deixando prejuízos em seus negócios e até mesmo os impedindo de continuar trabalhando. Nesses últimos dois dias, os donos das lanchonetes foram obrigados a colocar novos cadeados, trocar as fechaduras danificadas e até reforçar a segurança. PAGAMENTO 1 Depois das declarações do secretário estadual de Administração, Frederico Linhares, que anunciou que o Estado não pagaria o salário dos servidores na sexta-feira para que as pessoas não ingerissem bebidas alcoólicas no fim de semana, e assim fosse reduzido o número de acidentes de trânsito, nem viajassem para fazer compras na Venezuela e Guiana. A nova polêmica partiu de uma postagem feita pela prefeita Teresa Surita (PMDB), na quinta-feira passada. PAGAMENTO 2 A prefeita anunciou em sua página, em uma rede social, que pagaria o salário antecipado dos servidores municipais na sexta-feira passada. E, de quebra, comentou que “quem quisesse fazer compras na Venezuela ou tomar uma cervejinha no final de semana, que aproveitasse”. A postagem rendeu mais polêmica e ainda teve gente que tentou relacionar o comentário que ela fez, em tom de brincadeira, a acidentes que ocorreram no final de semana. BURAQUEIRA As pessoas que pretendem viajar para Manaus (AM), principalmente no feriado prolongado do Carnaval, precisam redobrar o cuidado no trecho sul da BR-174, dentro da Terra Indígena Wairmiri-Atroari, do lado amazonense. A buraqueira já tomou conta de grande extensão da rodovia, o que pode provocar acidentes. Caminhões com mercadoria já chegaram a tombar e, se condutores de carros de passeio não tomarem cuidado, podem sofrer acidentes graves.