Bom dia,
Depois de alguns dias de recesso voltamos. Embora estejamos apenas com a versão digital da Folha, muitos leitores reclamaram da ausência da Parabólica na FolhaWeb. Por isso estamos aqui novamente. E não poderíamos voltar ignorando o que acontece à nossa volta; um país assustado e sem vislumbrar a saída da crise-econômica e sanitária, que continua dividido. Sua elite política parece continuar absolutamente alheia ao que se passa nas ruas e no interior das residências deste país assustado, e com algumas manifestações que parecem beirar a histeria. E quando estamos falando de elite, inclua-se aí, os políticos, magistrados -afinal eles têm feito muito mais política do que outra coisa-, e também executivos de todos os três níveis de governo.
Nossa divisão e desarranjo institucional é tanto que parece faltar ao Brasil, uma única voz, que em sendo ouvida, convoque os cidadãos e cidadãs deste país para uma tarefa conjunta de reconstruí-lo em nome dos desejos e aspirações da maioria. Faz algum tempo que no Brasil só são discutidas e implementadas medidas e políticas públicas voltadas para as minorias, mas embora elas sejam necessárias, é preciso pensar e fazer gestos e ações voltadas para o conjunto maior da sociedade brasileira. Do ponto de vista social, parece que o tratamento de “coitadinhos”, só tem fomentado a divisão do país, tem sido assim desde os tempos de Lula da Silva, com os “coxinhas” e agora com Bolsonaro e sua aversão aos “esquerdistas”. Até Quando?
MAIS RÁPIDA 1
A prefeita Teresa Surita (MDB) está antenada com o pulsar das ruas. Quando pelo Brasil afora, governadores e prefeitos exageraram na dose do isolamento e da paradeira geral, a prefeita de Boa Vista foi na onda, assinando decreto para fechar tudo. E colocou até a Guarda Civil Municipal para coagir empresários, que simplesmente precisavam trabalhar. Um tempo depois, o governador Antônio Denarium assinou decreto, quase no mesmo sentido.
MAIS RÁPIDA 2
Hoje, sexta-feira (27/03), quando ficou claramente demonstrado que a dose fora excessiva; e que esta paradeira geral estava fazendo muito mal para que os empregos não fossem torrados no estado, e depois das manifestações contundentes -que muitos discordam, mas que tem uma imensa maioria de pessoas que estão afinadas com o pensamento dele-, do presidente da República, a prefeita Teresa Surita assinou decreto flexibilizando o funcionamento de estabelecimentos empresariais. Saíram da proibição total de funcionamento vários ramos de negócios.
COMITIVA
Ontem, quinta-feira (26.03), à tarde, o governador Antônio Denarium recebeu uma comitiva de empresário que foram ao Palácio Senador Hélio Campos para pedir que fosse afrouxadas as regras de fechamento das atividades empresariais no estado. Ele fiou de pensar, embora tenha demonstrado bastante simpatia para com a ideia. Hoje, sexta-feira (27.03), segundo fontes da Parabólica, ele aguardava a chegada da carreata promovida por empresários ao seu gabinete para anunciar tais medidas de afrouxamento. Mas a Prefeitura de Boa Vista saiu na frente e só subsidiariamente o governo estadual vai poder atender o clamor dos empresários. Que, diga-se de passagem, estão com a inteira razão.
DIFERENÇA
Enquanto o governo brasileiro, com muito esforço, anuncia medidas de algo em torno de R$ 150 bilhões de injeção de recursos para ativar a economia tupiniquim, o governo norte-americano de Donald Trump vai injetar na economia estadunidense a bagatela de dois trilhões de dólares, ou seja, R$ 10 trilhões. Isso significa algo em torno de uma vez e meia o total do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. É só um problema de escala.
IRRITAÇÃO
Esse período de combate ao Covid19, revela alguns exemplos que irritam os que não são reféns da propaganda. Há por exemplo, governadores como o do Rio de Janeiro, que não têm sido capazes de colocar água na torneira da população, mas arrogantemente estufam o peito para aconselhar e exigir do governo federal fórmulas eficazes de combater a pandemia. É o fim da picada.