Bom dia, Os brasileiros e as brasileiras iniciam a semana como começou a outra. As autoridades públicas tentam enfrentar a pandemia do Covid19 copiando, no que podem, a experiência que vem de fora do país, seja através das orientações da Organização Mundial da Saúde; seja através do que andam fazendo governos de outros países. Tudo muito de forma tateada, pois rigorosamente, ninguém tem fórmula terapêutica de combater o vírus, e também não tem método eficaz já testado de combatê-lo. A imprecisão das ações estatais só faz aumentar o estresse social. Para aumentar o infortúnio dos brasileiros e das brasileiras os mais importantes representantes do Estado no país, presidentes da República, governadores estaduais e prefeitos municipais -muitos por puro oportunismo político-, decidiram partir para o enfrentamento quanto as estratégias para enfrentar a pandemia. Eles não escondem sequer o desejo de abrir as campanhas eleitorais municipais -ainda previstas para este ano-, e estaduais e nacional, estabelecidas legalmente para ocorrer no ano de 2022. É demonstração da mais pura irresponsabilidade social. Nem o sofrimento explícito das pessoas tem sido capaz de diminuir seus cinismos.

MAIS 1 E o oportunismo dos políticos não está restrito a representantes do poder executivo. Parlamentares de todos os níveis -federal, estadual e municipal-, com algumas e honrosas exceções, também tentam navegar nas ondas terríveis provocadas pelo Covid19. Eles cobram ações do poder executivo, como se não fossem eles mesmos os responsáveis por autorizar toda e qualquer despesa pública e de estimativa de déficit ou das receitas públicas. Eles sabem, mas, fazem questão de demonstrar que desconhecem a verdade inafastável de que há limites para os gastos públicos, mesmo que se admita a possibilidade de aumentar dívida pública. A conta vai chegar rapidamente.

MAIS 2 E o judiciário, hein? Aqui, e acolá, magistrados aproveitam para surfar também nas ondas do desespero popular trazido pelo Covid19. São decisões, que apesar de algumas necessárias -como a destinação de recursos públicos, que é de competência exclusiva do legislativo-, afrontam a competência de magistrados de qualquer nível, que não têm legitimidade; embora estejam protegidos pela legalidade. Essa história de desrespeito do “cada macaco no seu galho”, no mais das vezes só atrapalha em vez de ajudar.

REARRANJO   O que parece evidente é que, após ultrapassar esta tragédia sanitária, os brasileiros e as brasileiras terão que discutir seriamente um rearranjo geral no tipo de República que querem viver. O tipo de Estado que temos, ou teremos, é fruto da vontade da sociedade que somos. Esse rearranjo tem de abarcar as questões do pacto federativo -com o estabelecimento de competências e funções de cada nível de governo-, os limites e competências de cada poder, e um sistema de normas legais capazes de cobrar o cumprimento delas pelo Estado, e pelas pessoas. Todo esse trabalho de arquitetura político/jurídico/institucional tem de ser feito simultaneamente com a hercúlea tarefa de levantar a economia brasileira dos escombros a que está sendo levada pelo Covid19.

ATERRORIZANTE 1  A decisão das administradores/donos da rede social Twitter de mandar bloquear a postagem de alguns vídeos feita pelo presidente na sua conta pessoal é aterrorizante do ponto de vista da soberania nacional. Além de mostrar que a hipótese de uma guerra biológica em escala mundial é uma possibilidade muito além da ficção, a existência da pandemia do Covid19 também trouxe, com esta decisão autoritária dos administradores do Twitter, a possibilidade também concreta de que os países perderam sua plena soberania. Todos sabem, da importância das redes sociais e de que elas já tornam conectadas a maior parte das populações do mundo, e particularmente de países como o Brasil.

ATERRORIZANTE 2 Os elementos essenciais e necessários na constituição de um estado Nacional são um território; um povo; e um poder para ser exercido. Este domínio absoluto das redes sociais controlando as mensagens que podem ser difundidas através delas abre enorme possibilidade de que seus proprietários/administradores escolham o conteúdo do que pode, ou não ser levado ao conhecimento da população, que poderá ser inclusive, manipulada em nome de interesse privados, ou estranhos ao interesse nacional. A decisão do Twitter de censurar um presidente da República -seja ele quem for-, é um sério precedente com possibilidade de consequências aterrorizantes.

MOVIMENTO Depois da flexibilização das regras de confinamento social feitas pela Prefeitura Municipal de Boa Vista, o movimento comercial e industrial na capital boavistense aumentou significativamente. Já não se observa mais empresários atuando na clandestinidade, feito bandidos, pela simples razão de que sem faturamento não há como pagar fornecedores, e especialmente, a folha salarial de seus trabalhadores.