Bom dia!Um dos nossos redatores visitou na manhã de sábado, 25, a cidade de Mucajaí, que fica no meio Norte de Roraima, a cerca de 50 km de Boa Vista. Um caminhar pelas ruas daquela cidade pode revelar os sintomas da crise que se abate sobre Roraima, especialmente no interior do Estado. O cenário que se observa ali – ruas sujas e esburacadas; muitos imóveis abandonados, com placas de aluga-se e de vende-se; comércios fechados e outros com sinais de decadência – não é, seguramente, diferente do que se vê nas outras cidades roraimenses. Fora a movimentação decorrente do pequeno comércio local, não se encontra nessas cidades qualquer outra atividade mais evidente e propiciadora de geração de renda e emprego.
De fato, do ponto de vista econômico, Roraima tem Boa Vista, sua Capital, que concentra mais de 65% da população e das atividades econômicas do Estado, caracterizada por centro prestador de serviços públicos e de comércio com raros exemplos de pequenas indústrias. Secundariamente, por sua localização geográfica, a cidade de Rorainopólis, Capital do município de mesmo nome, vem assumindo o papel de polo concentrador dessas mesmas atividades econômicas da região Sul.
De resto, é possível dizer que o estado de Roraima tem dois municípios com funções de centros dinâmicos de prestação de serviços públicos e de comércio, e outros 13 municípios interioranos que, sem qualquer exagero, podem ser classificados como obras de ficção política, servindo de cabides de emprego para políticos e seus apaninguados. COBRANÇADe um leitor, via Whatsapp, recebemos queixa vazada nos seguintes termos: “Os alunos da Escola Estadual Antônio Carlos Natalino (Jóquei Clube), do período noturno, estão chateados, pois está sendo cobrado o valor da fotocópia das provas, ou seja, na hora da aplicação das provas é solicitado o valor gasto para a sua confecção. Quem não tem dinheiro fica superconstrangido”. Está feito o registro.REVELIAE parece que os agentes públicos continuam ignorando a ação fiscalizadora e julgadora do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Vez por outra, eles não dão a mínima para o atendimento de Mandados de Citação feitos pelos conselheiros do TCE e, em alguns casos, viram revéis. É o caso do vereador Edson Farias, do município de Baliza, declarado revel pelo conselheiro-relator Essen Pinheiro Filho, por deixar de responder, no prazo, às acusações do prefeito José Divino Pereira Lima, que virou processo apuratório no TCE.PROPINAE a relação entre o prefeito de Baliza, José Divino Pereira Lima – que já foi afastado várias vezes do cargo pela Câmara Municipal, sempre retornando ao mesmo por decisão judicial – não anda nada boa. A Promotoria de Justiça daquele município do Sul do Estado instaurou Procedimento Apuratório para averiguar a denúncia feita pelo prefeito de que alguns vereadores receberam propinas, pagas pelo proprietário de uma empresa responsável pelo asfaltamento da BR-210, que liga o município à BR-174. José Divino fez a denúncia através do Ofício Nº 04/16. A coisa não está para brincadeira.FISCALIZAÇÃOE o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Manoel Henrique Machado, atendendo a deliberação do Plenário daquela Corte, decidiu nomear uma equipe de auditores para fiscalizar os contratos de empresas para prestarem serviços de transporte escolar para a Secretaria Estadual de Educação e Desporto (SEED). Os auditores estão trabalhando desde o dia 1º de junho e têm prazo até o dia 03 de agosto do corrente ano para finalizar os trabalhos. Noutro dia, falamos na Coluna sobre a necessidade de olhar bem de perto esse tipo de contrato, inclusive em nível dos municípios.PARQUEEm outra decisão, o presidente do Tribunal de Contas do Estado, Henrique Manoel Fernandes Machado, designou auditores para realizarem inspeção, no período de 15/06/2016 a 04/07/2016, na Secretaria de Estado da Infraestrutura (SEINF), especificamente nos trabalhos de reforma e revitalização do Parque de Exposição Dandãezinho. PROCEDIMENTOAs coisas não andam bem no município do Cantá. Depois de suspeita de descumprimento pela prefeita Roseny Cruz Araújo, de um Termo de Ajustamento de Conduta, assinado para garantir “aos alunos da Escola Municipal Dionan Ferreira da Silva (Serra Grande II) o direito a uma educação digna e de qualidade, com a correta adequação arquitetônica e o pleno acesso das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida”, o promotor Luís Carlos Leitão Lima, decidiu instaurar Procedimento Administrativo para acompanhar de perto os termos daquele protocolo de obrigações assinado pela prefeita.CANDIDATURAO primeiro semestre do ano termina na próxima quinta-feira desta semana. Estamos a menos de 100 dias do pleito municipal que vai indicar os novos vereadores e principalmente a escolha do novo prefeito de Boa Vista ou a continuação da administração da atual prefeita Teresa Surita (PMDB). Apesar disso, ainda não se sabe qual será a candidatura apoiada pela governadora Suely Campos (PP), que evita a todo custo falar sobre o assunto. O pior é que seus aliados parecem perdidos na poeira do tempo, sem uma única liderança capaz de aglutinar o grupo político. Faltam líderes?