Bom dia,AUSENTESOntem foi marcada uma reunião para efetivar um convênio entre a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e a Universidade Federal de Roraima (UFRR) que se destina a elaboração de Projetos de Saneamento Básico para onze municípios interioranos. Foram convidados todos os 14 prefeitos e prefeitas interioranos do Estado, mas apenas um compareceu: o prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato (PRB). Os outros não deram a menor atenção ao convite da Funasa, que vai financiar totalmente a elaboração desses projetos através da UFRR. E os municípios que não tiverem aprovados seus planos até o final deste ano deixarão de receber recursos do Governo Federal.CRÍTICASQuem mais se irritou com a ausência quase total dos prefeitos interioranos à convocação da Funasa para discutir os Planos de Saneamento Básico de onze municípios do Estado foi o promotor de Defesa do Meio Ambiente da Comarca de Boa Vista, Zedequias de Oliveira Júnior. Ele disse não entender o desinteresse dos dirigentes municipais para um assunto da mais alta importância para a população e que pode significar no futuro, até mesmo a perda da condição de recebimento de recursos federais por parte dessas unidades federadas. Ninguém, de bom senso, pode questionar as razões do promotor Zedequias. MANDACHUVASSegundo fontes da Parabólica, podem existir, sim, razões que expliquem a ausência dos prefeitos interioranos à reunião convocada pela direção da Fundação Nacional da Saúde, vinculada ao Ministério da Saúde, que no fatiamento de poder existente no Governo Federal é território destinado ao PP. Quem indicou o atual dirigente da Funasa em Roraima foi o deputado federal Hiran Gonçalves e, sendo assim, os prefeitos ligados ao mandachuva do Governo Federal no Estado deixaram de comparecer à reunião para demonstrar quem tem o poder real por essas bandas no que se refere a Brasília. E assim vamos seguindo afundando o país para salvar mandatos de gente denunciada por malfeitos envolvendo o uso de dinheiro público.REPETIÇÃOQuando a Câmara Federal tentava julgar o então presidente da Casa, o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB), por quebra de decoro parlamentar devido a ter mentido sobre a existência de suas contas no exterior, o PMDB escalou o deputado Carlos Marúm, do Mato Grosso do Sul, para defendê-lo e tentar desqualificar os membros da Comissão de Ética. Agora a história se repete. Acossado por todos os lados, sendo obrigado a dar explicações por conta da ação de procuradores da República, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e Polícia Federal, o presidente Michel Temer (PMDB) tem uma espécie de porta-voz na Câmara Federal. Trata-se do deputado gaúcho Darcísio Perondi (PMDB) que não tem a menor preocupação de parecer ridículo na defesa de Temer.COTADiz um velho adágio popular: “Quem reparte e não fica com a maior parte, é bobo ou não entende da arte”. Pois bem, em matéria de uso do dinheiro público, o notório senador Romero Jucá (PMDB) não tem nada de bobo, como contam as diversas denúncias de que é beneficiário do recebimento de propinas. Pois bem. Eles, os parlamentares, decidiram que vão distribuir entre os partidos políticos nada menos que R$ 3,5 bilhões através do orçamento da União. Jucá está propondo que a distribuição dessa montanha de dinheiro seja feita tendo como critério o número de parlamentares de cada partido.ESCANTEIOSe a proposta de Jucá for aceita por seus colegas, e não é difícil fazê-lo porque o assunto também interessa ao PSDB, o PMDB receberá do Tesouro Nacional a bagatela de R$ 550 milhões para gastá-lo sob frouxas regras. O que deve ser ressaltado é o fato de que, como presidente nacional do partido, Jucá será o responsável, provavelmente com o tesoureiro do PMDB, pelo destino dessa grana toda. É a velha história do “bater o escanteio e ainda cabecear a bola para fazer o gol”. PUNIÇÃOOs leitores ainda lembram-se daquela cena ocorrida nas eleições passadas, quando um policial militar mandou o secretário estadual de Administração, Frederico Linhares, se retirar de uma seção eleitoral, na Escola Estadual América Sarmento? Pois bem. O castigo demorou, mas chegou: a Corregedoria da Polícia Militar decidiu aplicar uma pena de prisão de 15 dias ao policial militar. A Parabólica não sabe explicar a base legal da punição, talvez seja por abuso de autoridade.LANÇAMENTOSerá hoje, no auditório Alexandre Borges, da Universidade Federal de Roraima, no Campus do Paricarana, às 18h30, o lançamento do livro “Perícia Antropológica: teoria crítica, prática forense e o controle da BR-174 pelos Wamiri-Atroari”, publicada pela Editora da UFRR, de autoria dos professores Carlos Alberto Cirino e Edson Damas. O tema é polêmico e, vez por outra, está na pauta de ação de políticos, especialmente parlamentares federais do Estado.NERVOSOEmbora tente demonstrar o contrário, a enxurrada de denúncias de que é alvo tem tirado a tranquilidade do Presidente da República Michel Temer (PMDB). Depois de chamar a Noruega de Suécia, em discurso naquele país escandinavo, Temer voltou a cometer gafe ontem, ao discursar no Palácio do Planalto e chamar de “soviéticos” os empresários russos com quem conversou na recente viagem que fez a Moscou, Capital da Rússia, desde que a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) desmoronou ainda no final do Século passado.