Bom dia,

Parece que está tomando corpo um certo consenso entre os que se preocupam em buscar a solução para o grave problema migratório que se abateu sobre Roraima. Pelas conversas e entrevistas, muitos protagonistas na questão migratória dizem com muita convicção que a metodologia de acolhimento dos milhares de venezuelanos que chegam ao Brasil através do estado precisa mudar urgentemente. O limite de absorção desses migrantes pela população local já foi atingido, e a política de abrigamento pelos próprios números que produziu, está literalmente saturada.

Por conta deste cenário, consolida-se a ideia que aponta como solução para esse problema a intensificação do processo de interiorização que já vem sendo feito pelo Ministério da Defesa e por organizações da sociedade civil. Esta até agora parece ser a estratégia mais eficaz. Enquanto a política de abrigamento atende cerca de 8.000 migrantes – 7.000 em abrigos permanentes e 1.100 nos acampamentos/dormitórios –a interiorização oficial e por instituições da sociedade civil já mandou para outros estados brasileiros cerca de 15.000 migrantes. É quase o dobro.

EXPULSÃO

Outra ideia começa a ganhar corpo sobre o tratamento que se deve dar os migrantes: tem muita gente defendendo que o governo federal, através da Polícia Federal e Ministério das Relações Exteriores, comece a expulsar do país os migrantes que sejam flagrados no cometimento de crimes. Os dados estatísticos da polícia civil estadual indicam que vem crescendo o número de crimes cujo autor é um migrante venezuelano. O sistema penitenciário estadual – que tem superlotação faz muito tempo – já abriga quase 400 meliantes venezuelanos. 

MAIS GRANA

Desde o final de dezembro de 2018 até este mês de junho de 2019, o governo federal já mandou para Roraima recursos adicionais da ordem de quase R$ 700 milhões. Foram quase R$ 470 milhões para a Operação Acolhida e outros R$ 225 milhões para o governo estadual durante a intervenção federal. Esses números estão devidamente contabilizados na cabeça dos dirigentes federais de Brasília. É por conta deles que fontes da Parabólica, bem situadas na Capital Federal, garantem que dificilmente virá grana nova para cá, mesmo que a choradeira seja grande.

VISITA

O presidente do Colégio Nacional de Defensores-Gerais do Brasil (Condege), José Fabrício Silva de Lima, que é defensor-geral do estado de Pernambuco, visitou, ontem, quarta-feira (26.06) a redação da Folha. Ele está em Boa Vista para participar do encontro nacional de defensores-gerais que se realiza na Capital roraimense. Acompanhado do assessor do Condege, João Duque Correia Neto, e do defensor-geral de Roraima, Stélio Dener, ele falou sobre as questões que vão ser discutidas no encontro e destacou a prioridade das Defensorias Públicas estaduais do Brasil, e entre elas, a primeira infância, que vai de 0 a 6 anos. 

MONTURO

Quem imagina que as eleições municipais do próximo ano estão ainda muito longe está redondamente enganado. Embora os mais falados pré-candidatos à Prefeitura Municipal de Boa Vista neguem, ou pelo menos não confirmem a intenção, os que gostam de fazer política estão se movimentando desde já. Partidos estão buscando conversar para a formação de coligações na eleição majoritária, por enquanto, pois afinal até agora a coligação para a eleição proporcional (para a Câmara de vereadores) está proibida. Mas tem grande probabilidade de cair, afinal, os políticos mais influentes da república já manifestaram a vontade de acabar com ela.

ONG

Fontes da Parabólica garantem que uma das mais poderosas organizações ambientais do Mundo já está trabalhando firmemente para evitar qualquer possibilidade de o governo federal retomar a ideia de construir a hidroelétrica do Bem-Querer, no Rio Branco, entre Boa Vista e Caracaraí. Essa ONG, que futuramente daremos o nome, está trazendo indígenas yanomami para uma área que seria afetada pela obra. Mais uma vez as populações indígenas de Roraima estão sendo manipuladas pelo aparato ambientalista/indigenista que tem muito poder e grana.

SEM OPINIÃO

A Folha tentou saber a opinião dos parlamentares federais de Roraima sobre o episódio envolvendo a publicação de trechos de conversas entre o ex-juiz Sérgio Moro e o coordenador dos procuradores da República que trabalham na Lava Jato, Deltam Dallagnol. Nossa reportagem mandou demanda para os 11 parlamentares, mas apenas cinco deles responderam, sendo que dois disseram que não iriam se manifestar; dois hipotecaram solidariedade ao ministro e um ficou, literalmente, em cima do muro. Parece que é um assunto que eles querem evitar.

PROJETO

Quantos centros de tratamento de radioterapia contra o câncer existem no Brasil? A parabólica não tem esse número, mas seguramente eles passam de algumas centenas. Isso significa que o projeto para a construção dessas unidades, aparentemente, não apresenta muita complexidade e pode servir de exemplo para outras construções da mesma espécie. Em Roraima tudo acontece: a construção da unidade de radioterapia que deveria ser inaugurada agora, neste mês de julho que se aproxima, está paralisada por erro no projeto. É mole?