Bom dia!Na semana passada as avenidas de Brasília, capital do Brasil, ficaram muito parecidas com as de Caracas, a capital da Venezuela. Muita gente nas ruas protestando contra o governo, especialmente contra o Presidente da República, sendo reprimida por forças policiais da Polícia Militar do Distrito Federal, da Força Nacional de Segurança e, especialmente das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica). Assim como, o Palácio de Miraflores – sede do governo bolivariano-, o Palácio do Planalto -sede do governo brasileiro- é ocupada por um Presidente da República com baixíssima popularidade e sob acusação de envolvimento com um empresário maluco.

Outra semelhança entre Temer e Maduro é que os movimentos da população nas ruas querem, no Brasil e na Venezuela, eleições diretas já para a escolha de um novo Presidente da República, capaz de legitimados pelo voto popular, propor sacrifícios aos brasileiros e aos venezuelanos, para tirar ambos os países da profunda crise a que foram levados. E os dois, Temer e Maduro, insistem em manter-se no cargo até o final dos respectivos mandatos, o do presidente brasileiro no final de 2018 e o do venezuelano em 2019. Ambos correm o risco de esgarçarem a crise, aprofundando o divórcio entre seus mandatos e a vontade popular para níveis ainda não imagináveis.

A diferença entre o brasileiro Michel Temer e o bolivariano Nicolás Maduro é de natureza ideológica. Ambos governam países em recessão, com enorme taxa de desemprego, afundados numa crise política que parece não ter fim. Só que o presidente brasileiro busca saídas para a crise através de reformas liberais, de redução do tamanho do Estado e uma até agora malsucedida política de desregulamentação da economia. Maduro, o bolivariano venezuelano busca soluções num mal resolvido marco ideológico de um arremedo de socialismo chavista – de Hugo Chávez, o seu criador-, que busca estatizar a economia, perseguir empresários, dar esmolas à população mais pobre e fazer discursos nacionalistas, alegando que é vítima de um complô internacional capitaneado pelos Estados Unidos da América, um discurso recorrente e que se tornou a marca registrada da esquerda latino-americana.DE NOVOA cada dia surgem novas acusações contra o senador Romero Jucá (PMDB), que se os leitores não prestarem bem atenção vão pensar que as notícias dando conta dessas embrulhadas são fatos requentados. Não são. O homem parece não ter limites, no quesito de acusações quanto a malfeitos envolvendo o roubo de dinheiro público. A última de suas peripécias foi descrita em uma nova denúncia subscrita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que quer apurar o eventual envolvimento de Jucá no desvio dos Correios, devido à propina cobrada da Confederação Brasileira de Tênis, para obter patrocínio daquela estatal quebrada.MEU PROCURADORE não faltam crônicas sobre o notório Romero Jucá. De Brasília vem a informação de que o procurador da República, Ângelo Goulart Vilela, preso depois de reveladas suas ligações nada republicanas com o dono da JBS, Joesley Batista, era chamado por Jucá de “meu procurador”. Não se sabe os motivos da intimidade, mas o procurador preso diz que a amizade entre os dois começou quando ele tentou processar Jucá por crimes eleitorais. Estranho, não?ESTRIBADOSOntem, durante a entrevista com o presidente da Câmara Municipal de Boa Vista (CMBV), vereador Mauricélio Fernandes (PMDB), para tratar sobre a discussão e aprovação do Projeto de Lei, encaminhado pela prefeita Teresa Surita (PMDB), que fixa a correção dos salários dos servidores efetivos municipais, pelo menos três servidores da PMBV ligaram para a Rádio Folha (Programa Agenda da Semana) dizendo que dispõem de estudos de evolução das receitas do Município que mostram que a prefeita pode conceder mais que os 5% propostos. Eles parecem estribados para discutir a hipótese.MEIA VOLTAA Parabólica confessa que não tem confirmação oficial, mas as fontes dizem que houve reviravolta na indicação do suplente de deputado estadual, Chicão da Silveira, para uma secretaria estadual extraordinária, no caso a de Pesca e Aquicultura. Ele deverá mesmo assumir a Assembleia Legislativa do Estado (ALE) no lugar ao deputado estadual licenciado Oleno Matos (PP), atual chefe do Gabinete Civil do Palácio Hélio Campos. Se as informações estiverem corretas, não será surpresa se o ex-governador Flamarion Portela assumir a presidência do Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN). Tudo pode acontecer esta semana que hoje se inicia.ENCONTROApesar das notícias quase sempre ruins nesses tempos de crise, corrupção, desemprego e desesperança, algumas coisas de bom também acontecem. É o caso do encontro promovido pelo Conselho Regional de Arquitetura e Urbanismo de Roraima (CAU), hoje, a partir das 14 horas, no auditório do PRONAT, no Campus do Paricarana, da Universidade Federal de Roraima (UFRR), para discutir sobre a questão urbana de Roraima. Em dois painéis estarão expondo professores doutores da UFRR e de duas importantes universidades brasileiras (Universidade de São Paulo e Universidade Federal de Pernambuco). Gente absolutamente qualificada e que merece ser ouvida.