Parabolica 29 07 2015 1263

Bom dia!“Algo deve mudar para que tudo continue como está” – Giuseppe Tomasi di LampedusaMUTIRÃOServidores que trabalham no centro cirúrgico do Hospital Geral de Roraima (HGR) estão preocupados com o ritmo de cirurgias eletivas depois que os médicos passaram a receber por produtividade. O número de procedimentos alivia a longa fila de espera, porém tem provocado problemas, uma corrida por captação de sangue no Hemocentro devido ao aumento de demanda, a superlotação dos leitos e a alta médica de pacientes em tempo muito curto.SANGUEConforme os profissionais, com esse ritmo intenso, muitas vezes as bolsas de sangues que sobram das cirurgias não são acondicionadas corretamente e perdem-se após os procedimentos, já que para cada paciente são disponibilizadas duas bolsas de sangue, sobrando, geralmente, uma. Sem o acondicionamento correto, o excedente acaba indo parar no lixo, desfalcando o estoque no Hemocentro e impedindo que outra pessoa seja beneficiada. ALTA MÉDICAOutra questão é que, para abrir vagas nos leitos, já escassos por causa da superlotação, há uma pressa para mandar o paciente para a casa, sob a alegação de haver riscos de infecção hospitalar ou que a pessoa pode se recuperar bem em casa. Conforme o alerta, há um risco de o paciente ter alguma complicação em sua residência e, sem o acompanhamento de um médico, a pessoa pode, até mesmo, colocar sua vida em risco. REMÉDIOSA Secretaria Estadual da Saúde (Sesau) concluiu mais uma compra de medicamentos por meio de pregão eletrônico, que totalizou R$ 1,7 milhão. A aquisição foi de remédios excepcionais, destinados às unidades de saúde, cujo maior valor foi da empresa Comércio e Representações Prado Ltda, no total de R$ 1,085 milhão. As demais compras representaram cifras menores, que vão de R$ 3,7 mil, passando por R$ 74 mil até R$ 418.577,42, este último referente ao contrato com a Hospfar Ind. e Com. de Produtos Hospitalares Ltda. BRASÍLIAJá que o presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não conseguiu emplacar a concessão gratuita de passagens aéreas para mulheres de deputados federais irem visitar seus maridos, benefício que ficou conhecido como “bolsa madame”, elas adotaram outra forma de ficar em Brasília: algumas que são servidoras públicas pediram para ficar à disposição de órgãos federais ou em ministérios no Planalto Central.OUTRO NOME 1O Governo do Estado alterou o nome do programa fundiário Roraima Legal, adotado pela administração passada, para “Minha Terra”. Esse programa tem a finalidade de promover e executar as ações de regularização fundiária no Estado em conjunto com a União e os municípios, através de convênio o com Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A coordenação-geral continua com o Instituto de Terras de Roraima (Iteraima) e a gerência técnica de projetos com a Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan). OUTRO NOME 2Na justificativa dada para alterar o nome do programa, o governo alegou que a gestão passada não emitiu nenhum título definitivo de propriedade nas glebas que pertencem a esse convênio com o Incra ao longo de quatro anos.  Esse convênio prevê a regularização fundiária de 18 mil parcelas de terras com até quatro módulos fiscais, com prazo final para execução em 16 de dezembro deste ano.SUPLEMENTARA governadora Suely Campos abriu o orçamento para destinação de crédito suplementar no valor de R$ 10 milhões em favor da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinf) para realizar os serviços de restauração do trecho sul da BR-174 numa extensão de quase 100 km no subtrecho do Igarapé Seabra ao Igarapé Caleffi. Durante longos anos, esse é um dos trechos mais problemáticos, cujas obras de restauração nunca foram concluídas. Parece que agora vai. FICHA LIMPASe promulgada pela Câmara de Boa Vista, como vem sendo ventilado, a Lei Ficha Limpa Municipal deverá dar dor de cabeça para a Prefeitura. De início, sem fazer um levantamento aprofundado, seriam, pelo menos, duas autoridades de primeiro escalão que estariam enquadradas na legislação. No Estado, uma lei com esse teor provocaria várias degolas de cima abaixo. É mole?PRESSA 1Com a divulgação de que a Câmara começou a pagar a rescisão contratual dos servidores exonerados por causa da redução do Orçamento do Legislativo municipal, a Prefeitura de Boa Vista apressou-se em explicar, por meio de nota, que essa redução é determinada pela Constituição Federal e que o Executivo municipal não tem nada a ver com a execução financeira da Câmara dos Vereadores, nem, muito menos, com as exonerações. PRESSA 2Na nota, a Prefeitura de Boa Vista afirmou que a redução do orçamento do Legislativo, de 6% para 5%, é determinado pelo artigo 29-A da Constituição Federal, que diz que “o repasse ao legislativo dos municípios com a população entre 300.001 (trezentos mil e um) e 500.000 (quinhentos mil) habitantes não pode ultrapassar o percentual de 5%”. E fez questão de frisar que a estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de julho de 2014 aponta que Boa Vista possui 314.900 habitantes.ERRATANa nota “Recado”, na edição de ontem, a Coluna errou os dados sobre a ministra que participou do Fórum da Amazônia, em Manaus (AM), na sexta passada. Na verdade, quem estava presente no evento era a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que mandou um recado curto e grosso aos governadores, dizendo que quem manda na questão ambiental é o Governo Federal.