Bom dia,Recente pesquisa de opinião pública trouxe um dado preocupante. Único dos poderes da República brasileira, ainda com algum grau de credibilidade, o Poder Judiciário tupiniquim vê essa credibilidade ser corroída. Cotejando a avaliação positiva com a negativa o saldo fica a favor da segunda. Até mesmo o juiz federal Sérgio Moro, que comanda de Curitiba a operação Lava Jato em Primeira Instância, já teve melhor avaliação e nos últimos meses cresce o número de pessoas que já não têm tanta fé no seu trabalho e de seus companheiros de jornada do Ministério Público Federal e da Polícia Militar.

Várias podem ser as causas dessa corrosão da credibilidade do Poder Judiciário brasileiro, mas sem qualquer dúvida, a incapacidade do Supremo Tribunal Federal (STF) de punir parlamentares federais evolvidos em malfeitos parece ser o motivo de maior desencanto da população brasileira com seu Poder Judiciário. Enquanto o juiz Moro já mandou para a cadeia mais de 200 corruptos, entre empresários e funcionários de estatais, a Suprema Corte não conseguiu mandar para o xilindró qualquer um dos mais de 200 parlamentares, entre deputados federais e senadores, citados por delatores e por indícios já colhidos pelos investigadores.

Tal incapacidade do STF de punir parlamentares é também, com certeza, pela boataria de que alguns ministros são protetores dessa gente.

Até o juiz Sérgio Moro é vítima da incapacidade punitiva do STF. Como ele condena com rapidez e a Suprema Corte nada faz, a sensação que se tem é de certo açodamento por parte daquele magistrado, inclusive utilizando critérios políticos, o que só ajuda os canalhas que utilizam esses argumentos para se dizerem inocentes. Aliás, além da crise moral, também vivemos um campeonato de escárnio e cinismo.MUDANÇANa última quinta-feira (24.08), depois de mais um acidente, a Prefeitura de Boa Vista anunciou que a Avenida Princesa Isabel passaria a ter mão única, sentido Centro-Periferia. Em menos de quatro anos, é a terceira mudança ocorrida naquela artéria. A primeira foi a instalação de estacionamento e a segunda, de ciclovias. Tomara que agora seja definitivo, afinal, a Princesa Isabel teve sua pista estreitada e só comporta mão única para tráfego tão intenso.INCAPACIDADEAté hoje, a diretoria da Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima) não foi capaz de reintegrar a seu patrimônio aquela porção de terra invadida na BR-174, perto do Matadouro e Frigorífico Industrial de Roraima (Mafirr). Após mais de quatro meses de uma decisão judicial que lhe garantiu a reintegração da posse, a empresa não foi capaz desmontar algumas barracas de lona instaladas por meia dúzia de invasores. Tudo isso parece fortalecer os boatos de que existe gente poderosa por trás dos invasores.FRAQUEZANão é novidade que o governo Michel Temer (PMDB) é muito fraco apesar do apoio robusto que tem no Congresso Nacional, recheado de parlamentares fisiológicos. Bem que a Globo antecipou que o governo federal voltaria atrás naquela questão da reserva mineral entre o estado do Pará e o Amapá. Bastou ambientalistas e indigenistas protestarem, e o governo anunciou mudanças no decreto que regulamentava a exploração mineral na área. Isso é um aperitivo para que nossos políticos consigam avaliar politicamente a construção do Linhão de Tucuruí.JUDICIALIZARPor falar no Linhão de Tucuruí, o deputado estadual Joaquim Ruiz (PODEMOS) já não acredita em solução política para destravar o início da obra. Ele está convencido de que o governo federal e o Ministério Público Federal (MTF) estão aparelhados pelo aparato ambientalista/indigenista, e já têm ponto de vista formado contra a obra. Por isso, Ruiz defende que a Assembleia Legislativa do Estado (ALE) ajuíze ação no Supremo Tribunal Federal para garantir que Roraima não tenha colapso no seu abastecimento de energia elétrica.NA GRAMAEnquanto não começam a receber o aluguel solidário, anunciado pela Prefeitura de Boa Vista na semana passada, os imigrantes venezuelanos se viram como podem para dormir pelas ruas e praças da cidade. Próximo à Rodoviária Internacional de Boa Vista, no bairro Treze de Setembro, eles pernoitam em barracas de lona, redes e alguns se aventuram a dormir na grama. Na Praça Germano Augusto Sampaio, no bairro Pintolândia, bem próximo ao Centro de Referência ao Imigrante (CRI), os venezuelanos aproveitam a construção de uma obra da administração municipal como abrigo. Por ali, aproveitam os alambrados das quadras de esporte para estender as roupas.