Parabólica

Parabolica 29 10 2014 209

Bom dia! “Estou pensando em criar um vergonhódromo para políticos sem-vergonha, que ao verem a chance de chegar ao poder, esquecem os compromissos com o povo” – Leonel Brizola DISPUTA As poderosas antenas da Parabólica detectaram que já é forte o movimento entre os deputados estaduais eleitos e reeleitos na disputa pela eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado de Roraima (ALE-RR). Os dois mais fortes concorrentes para a presidência da Casa são os deputados Brito Bezerra (PP) e Mecias de Jesus (PRB). Corre por fora o deputado Jalser Renier (PSDC). IMPORTANTES Na reta final, a atual legislatura da ALE tem um monte de matérias importantes a serem votadas. Além do Orçamento, há várias indicações de órgãos da administração direta a serem analisadas, entre as quais a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado de Roraima, o Instituto de Terras de Roraima (Iteraima) e o Iperr (Instituto de Previdência de Roraima). Eles deverão ser oficializados no cargo para praticamente só mais dois meses. PONTE AÉREA Por falar em Iperr, o atual presidente daquele instituto vive na ponte aérea entre Boa Vista e Rio de Janeiro. Ele chega no começo da semana e, no final, compra passagem de retorno para a cidade maravilhosa. E o funcionalismo público de Roraima é quem paga a conta.   REGISTRO A governadora eleita Suely Campos (PP) visitou, ontem, à tarde, a sede da Folha de Boa Vista. Estava acompanhada pelo marido, o ex-governador Neudo Campos, e pelo jornalista Ivo Gallindo. GRUPO 1 Embora não tenham ocorrido muitas prisões no segundo turno por causa de crimes eleitorais, isso não quer dizer que a disputa tenha sido tranquila. Houve muita movimentação nos bastidores, inclusive com a criação de um grupo de policiais civis que, como cidadãos, montaram uma equipe para fiscalizar a compra de votos. Sob o comando do sindicalista Nilton Pereira, que por pouco não conseguiu se eleger deputado estadual, esse grupo teve operação ativa no trabalho de monitorar e coibir esquemas de compra de votos. GRUPO 2 O grupo incomodou tanto que a Corregedoria da Polícia Civil foi acionada para tentar impedir os policiais civis de agirem. Porém, ao serem questionados por que estavam andando em carros alugados e se estavam abordando pessoas durante a madrugada, os líderes da equipe afirmaram que, assim como quaisquer cidadãos, eles podiam andar de carro alugado e até dar voz de prisão em flagrante caso encontrasse alguém cometendo qualquer tipo de crime, incluindo o eleitoral. CALOTE No primeiro turno das eleições, muita gente que diz ter trabalhado para candidatos afirmou que não conseguiu sacar os cheques emitidos porque estavam “sem fundo”. No segundo turno, vários cheques no valor de R$ 400,00 também foram pagos a supostos cabos eleitorais que trabalharam na campanha. A promessa é que hoje o valor poderia ser sacado nas agências bancárias, momento em que essas pessoas irão saber se foram vítimas ou não de mais um calote eleitoral.   MARMITEX 1 Os integrantes do Projeto Crescer, o qual trabalha na ressocialização de adolescentes em conflito com a Lei ou em risco social, protagonizaram uma das cenas, na véspera do segundo turno, que até hoje repercute nas redes sociais. Reunidos a pedidos da prefeita Teresa Surita (PMDB), eles, praticamente, obrigaram-na a comer um marmitex que foi servido para eles na hora do almoço. O episódio foi gravado pelo celular de um dos jovens. MARMITEX 2 Sob gritos e palavras de protestos, a prefeita até que tentou comer a refeição, mas não conseguiu. Chegou a tomar um gole de suco para ajudar a comida a descer, mas não houve jeito. Com visível semblante de quem estava comendo um alimento de má qualidade, ela ainda serviu duas colheradas para o homem que a acompanhava, mas o jeito foi fechar o marmitex e retirar-se do local, visivelmente constrangida.   MOVIMENTO A semana passada foi de intensa movimentação nos setores da Prefeitura de Boa Vista. Além das reuniões diárias da prefeita com servidores, integrantes de programas sociais e diretores de escolas, ocorreu ainda a entrega de fardamento escolar feito às pressas. Houve escola, como a Frei Arthur Agostini, no bairro São Vicente, zona Sul, que entregou o kit com o chamado “uniforme inteligente”, na sexta-feira. MILHÕES Embora tenham custado quase R$ 9 milhões, as fardas só começaram a ser entregues para várias escolas em outubro, já no final do ano letivo, e nem todos os 32 mil alunos matriculados nas escolas municipais receberam os kits, compostos por duas camisetas tipo polo, uma camiseta sem manga, uma bermuda e uma calça. O fardamento traz um chip que identificaria a entrada e saída dos alunos, mas sequer as escolas foram preparadas para instalar o sistema informatizado e, onde foi instalado, o sistema parou de funcionar.     VALORES A aquisição do “uniforme inteligente” foi divida em três lotes em favor da empresa Da Costa & Chiara Assessoria Tecnologia Ltda. O primeiro lote custou R$ 4.005.050,00. O segundo ficou orçado em R$ 1.650.000,00. O terceiro lote teve o valor de R$ 3.150.000,00, perfazendo um total de R$ 8.805.050,00 em fardamentos escolares com suposta tecnologia. Já no segundo semestre o sistema do chip parou de funcionar e os pais pararam de receber a informação por meio do celular cadastrado. E em poucos dias de uso, as roupas e as mochilas começaram a rasgarem-se.