Bom dia,
“Somos tão criativos que quando não temos problemas, nós inventamos” – Augusto Cury
DESCONTENTES Enquanto o sistema prisional está sob decreto de situação de emergência, na Polícia Civil há um descontentamento geral, por causa das nomeações feitas pelo governo. As indicações para os cargos conseguiram desagradar tanto a gregos quanto a troianos. Esta foi a primeira vez que policiais civis e delegados concordaram, e ficaram, no mesmo grupo dos descontentes desde que as duas categorias racharam ainda no primeiro governo de Anchieta Júnior (PSDB). SEM AUTONOMIA Os delegados estão em um choro pelos cantos, afirmando que eles não tiveram autonomia para indicar suas novas equipes de trabalho. Conforme fontes, as indicações teriam sido impostas pelo sindicato dos policiais, com apoio da Delegacia-Geral da Polícia Civil. “Onde já se viu um delegado não poder escolher a equipe que vai trabalhar?”, questionou um dos revoltados. PROCESSOS Por outro lado, os agentes da Polícia Civil ficaram alvoroçados com algumas indicações, principalmente para cargos operacionais que vão trabalhar com investigações e serviço de inteligência. A preocupação é que entre os nomeados existem pessoas, que estão respondendo a processos judiciais, administrativos ou tem ligações com pessoas que estão presas. LISTAGEM Na listagem dos nomeados enviada para a Parabólica, constam um preso por envolvimento com o tráfico de drogas, um condenado a três anos de prisão que só não foi demitido porque está com recurso judicial, outro que responde por tortura e roubo, outro preso em flagrante este mês por tentativa de homicídio e outro que responde inquérito policial por furto de energia. Existe até a mulher de um preso por tráfico. NÃO POLICIAIS Outra reclamação da categoria, é que existem pessoas que não são policiais que foram nomeadas para exercerem cargos destinados a policiais, inclusive uma empresária. Entre estas nomeações, eles dizem que outro fato chama atenção: uma mulher nomeada para chefiar um setor responsável por armas, mesmo ela não entendendo nada de armamento. O assunto ainda vai render muito, dentro da Polícia Civil. SEM ENTENDER Do ex-presidente do Departamento Estadual do Trânsito (Detran), Leocádio Vasconcelos, em e-mail enviado para a FolhaWeb: “O que eu não entendo, é por que os proprietários dos veículos ainda tenham que se deslocar até o Detran, para poder receber os documentos. Há 12 anos, em 2003, assinamos um contrato com os Correios para que tanto a guia para o pagamento quanto o Certificado de Licenciamento dos veículos, fossem entregues no endereço dos proprietários. Por que retrocedemos?”. É verdade. PROCURAÇÃO Para complicar ainda mais a vida dos proprietários de carro e moto, o Detran não aceita uma procuração particular, para que outra pessoa receba o documento do veículo. Se o contribuinte quiser, tem que apresentar uma procuração pública, documento este que obriga a pessoa a enfrentar uma fila no cartório igual ou até pior do que a do Detran. Ou, se preferir, pode pagar um despachante, que não custa menos do que R$60,00, para fazer o serviço. Detalhe: o despachante pega o documento, sem necessidade de qualquer procuração. EXPLICAÇÃO 1 Sobre a nota “Papel”, veiculada na quarta-feira, a Secretaria de Comunicação Social do Governo do Estado informou que a publicação do resultado do pregão, no Diário Oficial do dia 20, trata-se de um registro de preços para seleção da proposta mais vantajosa, visando o registro formal dos valores para futuras e eventuais contratações. “Esse procedimento congela o preço do produto para eventual compra, segundo a necessidade do comprador por determinado período de 12 meses”, diz e-mail enviado à coluna. Alegou que, embora o valor de R$ 1.597.050,00 seja “aparentemente expressivo”, a assinatura da ata não obriga o governo a fazer a compra. EXPLICAÇÃO 2 Afirmou que as 15.210 caixas de papel A4 são para atender à demanda de 16 órgãos do governo, pelo período de um ano. “O preço unitário da caixa de papel A4, contendo 10 resmas (marca Chamex), foi licitado por R$ 105,00, sendo que a unidade da resma com 500 folhas custará R$10,50 – preço atrativo e abaixo do mercado. Através de uma pequena pesquisa no mercado local, essa secretaria pôde constatar que o preço praticado por três grandes papelarias da Capital é de R$14,00 – acima do preço praticado no pregão”, diz o e-mail. INFECTOLOGIA Em relação às notas Hospital 1 e 2, veiculadas na quinta-feira, a direção do Hospital Geral de Roraima (HGR) esclareceu que a unidade possui um bloco de infectologia que, no caso do paciente em questão, estava com a capacidade de acomodação completa. Por isso, foi adaptado um leito de isolamento para o paciente, que só foi liberado para ficar com os demais quando passado o risco de transmissão da doença. INDÍGENAS Com relação ao tratamento dispensado aos indígenas, a Coordenação de Saúde Indígena do HGR informou que a gestão passada não prestou contas da verba recebida do Ministério da Saúde, cerca de R$ 600 mil, por isso o repasse ao Estado foi cortado até que a dívida seja quitada, prejudicando os trabalhos de atenção especial aos indígenas. Afirmou que está sendo feito um estudo para que seja elaborado e reestruturado um local apropriado e adaptado à cultura indígena, conforme preconiza o Ministério da Saúde.