Bom dia,Os brasileiros e as brasileiras deveriam ter tempo para acompanhar os julgamentos no Supremo Tribunal Federal (STF). Afinal, nesses tempos que o Brasil tem um presidente acusado de corrupção e uma classe política apodrecida, com tantos pilantras e velhacos a comandá-la, os ministros e ministras da Suprema Corte restaram transformados numa espécie de pop star. Hoje, quase todos os que de alguma forma estão interessados em conhecer o futuro do País sabem de cor os nomes dos integrantes do STF.
Mas, ouvir o que dizem esses ministros e ministras é uma aula reveladora de como funciona nossa justiça. Eles utilizam uma linguagem cheia de “juridiquês”, entremeada de expressos do latim, no que parece ser uma intenção deliberada para que o grande público não entenda o que estão falando. Falam em superveniência, em questões à “lattere”, e tantas outras expressões perfeitamente dispensáveis, por encontrar no idioma pátrio outras com significado mais simples.
Esse discurso hermético e incompreensível apenas complica as decisões que interessam à população. Ontem, por exemplo, já era quase 17 horas em Brasília quando os nove ministros e as duas ministras decidiram três coisas: Fachin continua ministro-relator das denúncias dos executivos da J&F (holding que controla a JBS); a homologação feita por ele que livrou esses executivos da prisão é válida; e em outros casos o Plenário do STF poderá rever acordos de delação premiada quando existirem fatos novos importantes, e também quando o delator não entregar as provas sobre suas deleções.
Para decidir essas três coisas eles passaram por quatro sessões e 30 horas de discursos repetitivos e cheios de expressões que, longe de mostrarem cultura jurídica dos ministros, revelam como eles procuram falar para a população de maneira que não entenda o que eles falam.ELOGIOSEm reunião realizada na semana passada em Belém, o Tribunal de Contas da União (TCU) elogiou a forma com o Governo do estado de Roraima vem tratando a questão de regularização fundiária na Amazônia. O elogio foi feito pelo Ministro do TCU, Marcos Bem Querer, que organizou o evento para fazer uma avaliação da política de regularização de terras na Amazônia Legal. O ministro fez as referências sobre Roraima ao dizer que o estado está preocupado com a titulação de áreas para os pequenos, médios e grandes produtores. O presidente do Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima), Alysson Macedo, representou a governadora Suely Campos (PP) no evento.DEMORAE o Governo do Estado parece não merecer a devida atenção do Instituto Nacional de Reforma Agrária (Incra), apesar dos elogios do Tribunal de Contas da União. Faz mais de três meses que o Iteraima aguarda do Incra e do Conselho de Defesa Nacional o tal do Assentimento Prévio para que seja, finalmente, iniciado um processo vigoroso de titulação de terras em Roraima. E não custa lembrar que a Justiça Federal de Roraima já mandou o Incra reconhecer as terras como de legítima propriedade do Estado. Nos corredores do Incra em Brasília se fala abertamente da mão poderosa de um político que segura a decisão sobre o Assentimento Prévio, que voltamos a dizer, é uma excrescência que vem do tempo da ditadura.VIADUTOEstamos chegando ao limite da paranoia em matéria de meio ambiente. Recentemente, um licenciamento ambiental feito no Pará faz a exigência da construção de um viaduto para permitir que os animais atravessem uma ferrovia. A exigência veio depois que um ambientalista fez uma estimativa dando conta da morte de 450 milhões de animais anualmente no Brasil, ao tentarem atravessar ferrovias. Resta agora contratar alguns ambientalistas para eles treinarem os bichinhos para utilizar o viaduto. Nem os humanos gostam de fazê-lo.FERIADÃOQuem precisa trabalhar são os chineses, que têm uma economia estagnada e não conseguem competir com suas mercadorias no mercado externo. Nós, brasileiros e brasileiras, temos um presidente acima de qualquer suspeita, uma classe política proba, uma economia em franca expansão e estamos ganhando o mundo com nossas exportações. Por isso mesmo estamos gozando hoje mais um feriadão, que começou ontem, com o feriado municipal de São Pedro. Aliás, por que mesmo, o dia 29 de junho é feriado municipal em Boa Vista?ACORDOSContinuam as negociações para o asfaltamento da estrada que liga Boa Vista, em Roraima, a Georgetown, capital da Guiana. A cada dia é mais nítida a intenção do governo guianense de realizar esse asfaltamento. O Ministro de Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes, recebeu, em Brasília, o Vice-Presidente e Chanceler da Guiana, Carl Greenidge, e o Ministro de infraestrutura do país vizinho, David Patterson. Durante a visita foram firmados dois acordos. Um deles na área da aviação que vai permitir a multiplicação de rotas entre os dois países. O outro acordo é na área da agricultura. O foco será a certificação de sementes, análise de risco de pragas e a modernização de serviços fitossanitários do país vizinho.MUDANÇAA governadora Suely Campos fez mais uma mudança na equipe do Palácio Senador Hélio Campos. Ela exonerou o tenente-coronel Elias Santana do cargo de Secretário-Chefe Adjunto da Casa Militar e, para o lugar, nomeou a major Valdeane Alves de Oliveira, ambos da Polícia Militar. Santana estava na Casa Militar desde que a governadora assumiu o cargo em janeiro de 2015. A mudança foi publicada no DOE de 26 de junho. Até então, a major estava nomeada como assessora especial da Casa Militar.