Bom dia, “Política é quase tão excitante quanto a guerra, e quase tão perigosa. Na guerra, você é morto uma vez mas em política, várias vezes” – Winston Churchill SARNA Além de terminar, amanhã, o seu mandato como cassado pela Justiça Eleitoral, mantido no cargo por meio de liminar, o governador Chico Rodrigues (PSB) ainda arranjou sarna para se coçar.  Ele levou ao ar um institucional do governo em que ele mesmo fala, se autopromovendo politicamente. Isso nada mais é do que uma forma de procurar ser condenado a devolver o dinheiro público usado no comercial. CANOA Como se sabe, a propaganda institucional não deve servir para promover a imagem pessoal do governador. Não custa lembrar que o então governador Neudo Campos (PP) foi condenado, em 1996, por menos do que isso. Durante uma enchente, ele apareceu na propaganda do governo em uma canoa na área Caetano Filho, o Beiral, no Centro de Boa Vista, região que ficou submersa no inverno. DEVOLUÇÃO A condenação de Neudo foi devolver todo o dinheiro da produção e veiculação da propaganda. Mas há advogados dizendo que isso pode também ser considerado como improbidade administrativa, caso o Ministério Público assim entenda o episódio e mova uma ação contra a propaganda feita pelo governador Chico Rodrigues. MEMBROS Pelo menos dois dos acusados de participarem dos atentados contra veículos públicos, presos durante operação policial na semana passada, são egressos de um programa municipal destinado a ressocializar jovens membros de galera. Se duvidar, eles ainda poderão estar recebendo uma bolsa de R$180,00 que é concedida aos membros desse programa social. PÂNICO 1 As redes sociais e o aplicativo de celular WhatsApp têm servido para disseminar o pânico na população. Há pelo menos dois anos, circula um suposto alerta de que criminosos iriam praticar atentados no Parque Anauá, na virada do ano, onde há o tradicional show pirotécnico e apresentação de bandas. Desta vez, a mensagem ganhou aspecto de veracidade por causa das ações criminosas contra ônibus urbanos. PÂNICO 2 A respeito disso, no início da tarde de ontem circulou, via WhatsApp, uma mensagem acompanhada da foto de um ônibus queimado. A informação é de que seria um novo atentado desta vez contra um ônibus do Tribunal de Justiça de Roraima. Na verdade, tratava-se de uma falsa informação a fim de criar pânico no boa-vistense. A imagem era de um caso que ocorreu em Aracaju (SE), em março deste ano. CONCESSÃO Como transporte coletivo urbano é concessão pública, então esse serviço não pode ser paralisado ou simplesmente recusar atendimento à população por decisão da empresa, mesmo mediante receio de possível prejuízo financeiro devido a ataque de criminosos. É de competência do poder público garantir a segurança necessária para a população que necessita dos serviços e dos trabalhadores que atuam nele. DANÇA Nesses últimos dias que antecedem a posse da governadora eleita Suely Campos (PP), os nomes de prováveis secretários mudaram ao sabor das conversações. A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) foi a que mais mudou de indicações, chegando ao quarto indicado em menos de um mês. Há algo cabuloso que não tem agradado os postulantes ao cargo. PACOTE As poderosas antenas da Parabólica captaram a informação de que uma das situações que têm espantado os postulantes ao cargo é que o novo secretário teria que aceitar um pacote fechado, com o adjunto indicado por um parlamentar ligado a uma empresa fornecedora. O novo nome cotado para assumir a Sesau é o médico Kalil Gibran Linhares Coelho. Pelo menos até ontem.   MUDANÇA Outra mudança teria ocorrido na Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz). Circulou a informação de que o delegado da Receita Federal, Omar Rubin, declinou do convite. O nome da vez seria o do presidente do Sindicato dos Fiscais de Tributos do Estado de Roraima (Sinfiter), Kardec Jakson Santos da Silva. Mas é esperada para hoje a lista completa dos indicados, o que deverá cessar todas as dúvidas sobre o novo primeiro escalão. INCESTO Rumores dão conta de que a Companhia de Água Esgoto de Roraima (Caer) já teria um nome definido para a presidência. Mas a indicação não tem agradado boa parte dos servidores, pois o indicado seria ligado a uma empresa que perfura poços artesianos que manteria contrato com a própria estatal. Neste caso, se concretizado o nome, seria uma relação incestuosa, conforme as fontes afirmaram. Esta seria a preocupação dos funcionários de carreira da empresa. MINISTÉRIO Sem mandato depois que perdeu a disputa para o Senado, o ainda deputado federal Luciano Castro (PR) perdeu a disputa para a indicação ao Ministério do Transporte. A pasta é controlada pelo PR desde 2003, ano do primeiro mandato do governo Lula (PR), quando a sigla ainda era chamada de PL. Concorriam ao cargo o secretário-geral do partido, Antonio Carlos Rodrigues, o deputado federal Wellington Fagundes (TO) e o atual titular da pasta, Paulo Sérgio Passos. Venceu Antonio Carlos. SINALIZADO A disputa interna começou desde que a presidente Dilma Rousseff começou a anunciar a reforma do seu primeiro escalão para o novo mandato em 2015. Ela já havia sinalizado aos integrantes da cúpula partidária que iria manter a pasta sob o controle do PR. O ministério é um dos mais cobiçados da Esplanada, pois é o sexto maior em recursos para custeio e investimentos em 2015, com R$ 15,2 bilhões, de acordo com a peça orçamentária enviada pelo governo. EMPREGO O PR, que faz parte da base de apoio de Dilma e integrou a aliança que ajudou a reelegê-la, terá 34 cadeiras de deputados e quatro de senadores em 2015, sendo um importante aliado da presidente no Congresso. Castro já foi líder do partido durante três anos e ainda vice-líder dos governos Lula e Dilma na Casa. Ele via esta indicação como a única forma de se manter empregado em Brasília como ministro.