Instalou-se no Brasil dos últimos tempos uma temporada de disputa pelas riquezas produzidas no país que, medidas em cada ano, correspondem ao que os economistas chamam de Produto Interno Bruto (PIB).
Você, caro leitor e cara leitora, não precisa entender de economia para saber que esse PIB se traduz pelo total de salários, juros, lucros e aluguéis pagos durante o ano inteiro aos trabalhadores (do setor público e do setor privado), aos empresários, aos rentistas (bancos e aplicadores em títulos de um modo geral) e aos proprietários de imóveis. Todos, a seu modo, procuram aumentar sua participação no bolo (riqueza produzida), e esse aumento depende do poder de barganha de cada um.
É claro, os salários dos servidores públicos são pagos com o dinheiro tomado pelo governo do conjunto da saciedade, inclusive dos próprios servidores do Estado, e cada corporação procura elevar seu ganho, exigindo salários mais altos. É também o poder de barganha de cada categoria que faz aumentar esses ganhos; por isso, somente uma minoria de servidores públicos ganha salários altíssimos, fazendo com que a diferença entre o maior salário e o menor salário do serviço público brasileiro chegue, nalguns casos, a mais de cem vezes; uma imoralidade em países de democracia consolidada. Essa brutal diferença é fonte permanente de concentração de riqueza neste país tupiniquim.
O lucro dos empresários, como se sabe, vem pelo preço do que vendem e, quanto mais domínio do mercado, eles podem aumentá-lo. É o caso, por exemplo, das operadoras de plano privados de saúde que, mesmo sob o controle da Agência Nacional de Saúde (ANS), aumentam o valor das prestações, impondo aos segurados preços incompatíveis com a fase de contenção salarial dos trabalhadores. Aliás, nos últimos tempos, essas agências reguladoras têm assumido o papel de representantes dos regulados, prostituindo o objetivo final para o que foram criadas, que é o de evitar que o domínio de mercado por grandes empresas venha sufocar o consumidor.
JÁ PAGOUFontes da Parabólica junto à Assembleia Legislativa do Estado (ALE) informam que os servidores daquela Casa de Leis andam satisfeitos com o resultado do saneamento financeiro promovido pela atual Mesa Diretora. Pelo segundo mês consecutivo, os salários estão sendo depositados por volta do dia 21, mesmo diante do fatiamento que o Governo do Estado anda fazendo com o pagamento do duodécimo que, por lei, deveria ser efetivado no dia 20 de cada mês. Um servidor da ALE disse à Coluna que isso nunca tinha ocorrido por lá.
VACINALeitor da Parabólica esteve na Redação da Folha para reclamar da dificuldade que encontrou para tomar vacina contra a febre amarela, que tem apavorado muita gente e começa a ser exigida em viagens internacionais. Ele disse que teve que andar atrás de postos médicos com vacina disponível e só encontrou após quatro tentativas. Esse país parece estar meio sem jeito mesmo. Apelar para quem?
RECONDUZIDOO advogado Jean Pierre Michetti foi reconduzido ao cargo de ouvidor do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR), na sessão ordinária realizada nesta terça-feira, 21, no plenário da instituição. O juiz eleitoral da classe dos juristas tomou posse para seu segundo mandato no Pleno, no dia 12 de dezembro do ano passado, para o biênio 2017/2019. Atualmente, a composição do Pleno do TRE-RR é a seguinte: desembargadora Tânia Vasconcelos (presidente), desembargador Jefferson Fernandes (vice-presidente/corregedor), Graciete Sotto Mayor (juíza do TJRR), Alexandre Magno (juiz do TJ), Diego Oliveira (juiz federal), Jean Michetti (jurista) e Rarison Tataíra (jurista).
MARTELO BATIDOAs poderosas antenas da Parabólica captaram sinais muito fortes dando conta de que a filiação da senadora Ângela Portela ao PDT já teve o martelo batido e a ponta do prego virada. A senadora deverá assinar sua ficha de filiação até o final deste mês de março e deverá assumir a presidência estadual do partido. A saída de Ângela Portela do PT é fruto de entendimento com os petistas roraimenses, e tudo indica que eles fecharão o apoio à reeleição da senadora nas eleições do próximo ano. Ela tem dito a todos que disputará uma das duas vagas para o Senado em 2018.
SEM DEFINIÇÃOJá o destino partidário da governadora Suely Campos, ainda no PP, continua incerto. Embora tenha sido veiculado pela imprensa, inclusive na Folha, que a governadora poderia ir para o PRB, do deputado Mecias de Jesus, fontes da Coluna dizem que Suely ainda não desistiu de assumir a presidência do PP no Estado, o que bate frontalmente com a intenção do deputado federal Hiran Gonçalves, atual presidente regional da sigla. A decisão da governadora de continuar no PP seria, segundo alguns correligionários dela, em função da identificação muito forte de sua carreira política ao número 11, pelo qual já se elegeu deputada federal, vice-prefeita e agora governadora.
POSSESerá hoje à tarde a posse do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), advogado Alexandre de Morais. A maior expectativa fica por conta do comportamento do novo ministro nas votações e revisões de questões relativas à Lava Jato e outras envolvendo integrantes do governo Michel Temer. Afinal, ele foi ministro da Justiça há menos de 60 dias.