Bom dia,

Hoje é quarta-feira (09.12). Os brasileiros viveram uma utopia em 2018. Elegeram, em campanha inédita, um presidente que representava naquele momento a esperança de um governo de direita capaz de resgatar valores éticos, entre os quais o aprofundamento do combate à corrupção; o resgate de princípios da sociedade judaico/cristã, inclusive um novo tipo de educação; e uma política econômica resgatadora da capacidade de crescimento da economia brasileira baseada nas forças do mercado privado. A utopia bolsonarista que recebeu mais de 57 milhões de votos, e virou uma onda que varreu o Brasil de ponta a ponta, elegendo uma bancada expressiva de parlamentares federais conservadores e vários governadores estaduais de direita parecia indicar a formação de uma frente política mais homogênea, garantindo uma governança capaz de resgatar as promessas feitas aos eleitores.

Os leitores e as leitoras da Parabólica devem estar estranhando a utilização do termo utopia e podem entender que estamos falando de promessas falsas ou de enganação. É possível que tenha também isso, mas passada a primeira metade tanto do governo de Jair Bolsonaro, a maioria das promessas de campanha se perdeu na poeira do tempo. Muita coisa virou quimera, e todos os que ainda acreditam naquelas utopias deveriam refletir sobre isso, Quem sabe, ainda haja tempo para corrigir alguns rumos, embora a situação política no plano nacional e no estadual pareça vir crescentemente se degradando.

CARO

O Brasil tem um dos mais caros dispêndios do mundo com a manutenção dos poderes judiciário e legislativo. O excessivo número de servidores e a existência de benefícios concedidos a esses servidores, parlamentares e magistrados obriga o contribuinte brasileiro a um sobre-esforço maior para manter esses poderes, que afinal de contas são essenciais a qualquer país democrático. E que dizer de Roraima, que num levantamento publicado recentemente pelo Portal da Transparência apresentou, juntamente com o estado de Mato Grosso, como as unidades federativas brasileiras que pagam os maiores salários e benefícios a seus deputados estaduais? Somando todos os benefícios e verbas indenizatórias os parlamentares dos dois estados recebem quase R$ 200 mil por mês.

NÃO PODE

Por falar na Assembleia Legislativa do Estado (ALE) um deputado estadual disse à Parabólica que, apesar de ter sido o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), recentemente aprovada, o deputado estadual Jorge Everton (MDB) não poderá relatar a Lei Orçamentária Anual (LOA) para o exercício de 2021. “Ele não integra a Comissão de Orçamento, condição indispensável para ser indicado relator da LOA. Se o presidente decidir que ele deva ocupar essa importante e estratégica , função terá que antes nomeá-lo para a Comissão de Orçamento”, disse o parlamentar que não autorizou a divulgação do nome.

MINORIA

Pois é, o ditador Nicolás Maduro continua aprontando. Segundo os dados da Comissão Eleitoral da Venezuela, dominada integralmente por gente indicada por ele, cerca de 70% dos eleitores alistados no país deixaram de votar no arremedo de eleição para a Assembleia Nacional realizada no último domingo. Como os resultados apontaram que 60% dos votos foram para candidatos indicados pelo do governo, significa que apenas 18% dos eleitores escolheram a nova, e não reconhecida internacionalmente por 45 países, inclusive o Brasil, Assembleia Nacional, hoje presidida por Juan Guaidó. Enquanto isso, a população venezuelana está cada dia mais na miséria e para escapar da fome foge para outros países, inclusive para o Brasil.