Pega pra caparO ponto crucial é que a atual administração encontrou o Governo de Roraima como se fosse um paciente já perto de entrar para a UTI. Este paciente só não entrou em coma profundo, há muito tempo, porque o Estado é realmente forte – não por causa de suas potencialidades, as quais estão adormecidas em berço esplêndido, mas porque sempre recebeu do paizão Governo Federal altas somas de recursos.
Sendo assim, quando os cofres do Estado secam – sejam por gastos desbragados ou pela corrupção – logo estarão cheios de novo. E é por isso que ninguém quer largar o osso, ou seja, é por isso que nenhum grupo político desiste de querer pegar uma administração por mais cambaleante que seja, como é o caso atual. Eles se matariam pelo mandato (“se matar” em termos figurados, porque quem gosta de dinheiro não se mata).
Ao pegar a administração desmantelada e os cofres vazios, a atual administração obviamente encontrou um grande desafio para gerir o Estado e fazer as coisas funcionarem. E todos sabem que o desafio é grande e que devemos depositar a confiança de que os maiores problemas serão vencidos. Mas… tudo tem um limite e os administradores precisam mostrar realmente o interesse em mudar para reconstruir o desmantelo.
Quem votou neste governo está habilitado, mais do que ninguém, a criticar, monitorar, reclamar e cobrar. Acima de tudo, esse é o papel de qualquer cidadão, independente de ter votado ou não em determinado governo ou político. Mas existe um grande “porém” nesta questão que envolve o atual governo.
Enquanto nós, cidadãos habilitados a cobrar, estamos monitorando os passos da atual administração, existem políticos e grupos interessados na politicalha, aproveitando-se do momento delicado para fazer campanha eleitoral antecipada e bem disfarçada, articulando ataques políticos já visando a próxima campanha eleitoral ou simplesmente indo à desforra por ter pedido a eleição.
É por isso que o cidadão precisa ficar atento aos movimentos na política, observando os interesses ocultos, muitos deles inconfessáveis, que rondam a Praça do Centro Cívico. Existe uma oposição que não está interessada tão somente em querer o acerto e o bem do Estado, e sim o esfolamento, a porrada, o ataque voraz do “pega pra capar” visando dividendos eleitorais futuros.
E tudo isso vislumbrando a campanha eleitoral de 2016, que significará o principal passo para as eleições de 2018, principalmente porque a operação Lava Jato pode provocar sérios estragos por aqui também, revelando as mãos sujas de quem almeja cargos em 2018.
O resumo da ópera é que os políticos nunca estão pensando no momento, eles sempre estão articulando com os olhos e pensamentos lá na frente. É por isso que o cidadão/eleitor precisa ficar bem esperto para não cair nas artimanhas. Então, fiquemos de olho!
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