O ano de 2023 está se aproximando do fim, mas os antigos problemas da rodovia do Turismo, no Município do Amajari, devem prosseguir em 2024. Pelo menos é a expectativa que se tem diante do desleixo das autoridades não só com a situação da RR-203, cuja obra de recuperação é uma novela sem-fim, com obras que nunca são concluídas. O inverno acabou e, junto com ele, também foi paralisado o serviço de tapa-buracos daquela importante estrada.
As pontes de madeira também são outro problema naquela rodovia, as quais há muito tempo precisam de manutenção, mas os serviços de recuperação nunca prosperam a fim de solucionar os problemas definitivamente. A grande maioria das pontes já está com as madeiras se deteriorando ou com as cabeceiras cedendo aos poucos. E isso sem contar que sequer é feito um serviço de roçagem para evitar que o mato tome conta da estrutura das pontes.
Os riscos de acidentes são constantes, pois há pranchas de madeiras soltas ou corroídas pela ação do tempo e pelo intenso fluxo de veículos. Para ficar apenas no tráfego que diz respeito a turistas e moradores, do trecho que compreende a Vila Brasil até a Serra do Tepequém, todas as setes pontes precisam de um reparo urgente para que se previnam acidentes graves, especialmente com motociclistas, ou para evitar transtornos e prejuízos a condutores.
No entanto, no trecho do entroncamento com a BR-174, por onde já circulam veículos mais pesados, ou seja, da Vila Três Corações até a Vila Brasil, a situação não é muito diferente, com pontes em condições bem piores, onde existem pranchas de madeira completamente soltas e quebradas, em flagrante riscos para todos. É por elas que passam caminhões do maior produtor de pescado do Norte e dos grandes produtores de gado do Amajari.
A responsabilidade pela manutenção dessas pontes é da Prefeitura de Amajari, que segue o mesmo coro de desprezo com o Turismo na Serra do Tepequém, sem nenhuma prioridade para as situações urgentes. Para se ter uma ideia, a iluminação pública chegou há alguns meses para as poucas ruas que existem no único ponto turístico consolidado do Estado. Mas algumas já estão queimadas, e devem seguir assim por muito tempo, uma vez que fazer serviços de manutenção não é uma especialidade das autoridades locais.
Isso apenas para pinçar alguns problemas que podem ser enxergados por qualquer pessoa, especialmente visitantes e turistas, os quais têm na Serra do Tepequém, além do visual a ser apreciado por todo o trajeto ao longo do Amajari, um local de aventura, descanso e lazer, atividades estas que acabam sendo perturbadas pela incompetência e/ou desleixo do poder público com o básico, que é a infraestrutura necessária para o Turismo funcionar.
Se nada for feito para recuperar as pontes de madeiras da RR-203, algo de mais ruim pode acontecer quando as condições chegarem a um nível crítico…
*Colunista