PRAÇA CELINA LIBERATO(Largo defronte à Igreja Matriz Nossa Senhora do Carmo)
Celina da Silva Liberato nasceu no dia 17 de Julho de 1916 no Município do Careiro, Estado do Amazonas. Ao casar-se em 1941 com João Liberato da Silva veio para Roraima, acompanhando o marido que já tinha comércio em Boa Vista, com atividades de compra e venda de ouro e diamantes extraídos da região do Tepequém.
Da união de Celina com João Liberato, nasceram os filhos: Ivonete Liberato da Silva, Francisco Adalberto Liberato da Silva, Almir Liberato da Silva, Salustino Liberato da Silva, Maria Izanete Liberato Guimarães, e Vânia Liberato (adotiva, criada com muito amor). A família Liberato fixou residência na Avenida Jaime Brasil, 178 – onde hoje funciona a Droga Freire (ao lado da Casa da Cultura).
Na década de 1940, a cidade de Boa Vista era um lugarejo provinciano, com poucas casas e ruas ainda em piçarra ou mesmo de barro. A hoje Avenida Jaime Brasil era apenas uma rua de areia, sem iluminação. Aliás, Boa Vista terminava, praticamente, onde hoje é o Centro Cívico. E nada mais havia, além do imenso lavrado. Foi neste ambiente simples, e com as dificuldades de época, que Dona Celina criou os filhos, dando-lhes formação familiar, educacional e religiosa. Ela viu a cidade renascer e transformar-se em Território Federal do Rio Branco.
Dona Celina era uma mulher de profundo sentimento religioso, e freqüentadora assídua das missas, confissões e festejos da Igreja Católica. Às cinco horas da manhã, já estava de pé para a confissão do dia na Igreja Matriz. E, fazia questão de ensinar aos filhos o amor a Deus.
No ano de 1968 a Dona Celina Liberato se viu obrigada a ausentar-se de Boa Vista e retornar a Manaus para acompanhar de perto o estudo dos filhos, haja vista que aqui ainda não havia o que chamamos hoje de 2º Grau – ou Ensino Médio- e as famílias tinham que enviar os filhos para estudar em Manaus ou em Belém, que eram as capitais “mais próximas” de Boa Vista. Como resultado deste sacrifício de Dona Celina em deixar Boa Vista e ir para Manaus acompanhar os filhos em sua formação educacional, é que um dos seus filhos – o Doutor Salustino Liberato – foi o primeiro oftalmologista que veio para Boa Vista; e outro filho, o Professor Almir Liberato foi o primeiro roraimense a obter, com a defesa de sua tese, o título de Doutorado, passando a ser Professor-Doutor. Os outros filhos, como por exemplo, Ivonete e Francisco (Chiquito) Liberato, tornaram-se importantes comerciantes em Boa Vista. O José (Zeca) Liberato é Engenheiro Civil e foi Secretário de Agricultura, e, posteriormente, Coordenador Fundiário de Roraima. A sua filha Izanete Liberato é Engenheira Civil (tendo a filha Vânia que é Economista em Boa Vista).
A senhora Celina da Silva Liberato faleceu em Manaus no dia 20 de fevereiro de 2009, prestes a completar 93 anos de idade.
O á época Prefeito Iradilson Sampaio de Souza, conhecedor da importância desta família na história de Boa Vista, inaugurou no dia 12 de março de 2010 a Praça Celina da Silva Liberato, localizada na Rua Floriano Peixoto, defronte a Igreja Matriz Nossa Senhora do Carmo (construída em 1909 por padres beneditinos alemães).
A vereadora à época, Maria de Lourdes Pinheiro, foi a autora da Lei nº 1.199, de 16/12/2009, que denominou aquela Praça com o nome de: “Praça Celina Liberato”, sendo publicada no Diário Oficial do Município de Boa Vista de nº 2.606, de 30/12/2009.