Por mais que possa parecer inacreditável, a Praça Interativa Renato Hadad, mais conhecida como Praça das Fontes, localizada ao lado do Ginásio Totozão, está passando por uma nova reforma depois de ter consumido R$5 milhões em uma obra de revitalização para que fosse inaugurada com festa a menos de cinco dias eleições de outubro de 2022.
Pouco tempo depois de ser reaberta, a praça voltou a ser fechada sem qualquer explicação, em 2023. Nesta quarta-feira, 06, trabalhadores estavam retirando novamente a pavimentação molhada, que foi refeita na obra anterior, que incluiu ainda três mil metros de grama, nova grade, nova pintura, bombas injetoras e a instalação de inversores de frequência para as águas se movimentarem.
No local, não há placa indicando valor ou que tipo de obra está sendo realizado nem se foi contratada uma nova empresa. O que se sabe é que, até a semana passada, esse importante bem público para o lazer da população estava se deteriorando pela ação do tempo e dos vândalos, assim como outros locais dentro do Parque Anauá, onde está localizada esta praça.
Esta Coluna vem acompanhando a situação desse ponto de lazer desde o governo anterior. Os artigos mais recentes sobre o assunto foram: “Praça das Fontes que consumiu R$5 milhões voltou a ser fechada para o público”, publicado no dia 3 de julho de 2023, e “O caso da Praça das Fontes reaberta após 10 anos de abandono que novamente está fechada”, de 20 de junho deste ano.
Antes de ser reaberta, a Praça das Fontes ficou abandonada por longos dez anos. O atual governo demorou quase quatro anos para reformar e reabrir o local para o usufruto da população, para logo depois fechar os portões novamente e desligar todos os equipamentos, apesar de serem novos, conforme foi anunciado à época, e terem consumido R$5 milhões na revitalização.
A propósito, a situação da Praça Renato Hadad soma-se à realidade do Parque Anauá, local que também foi alvo de pelo menos dois anúncios de revitalização pelo Governo do Estado desde 2021. A interminável reforma iniciou no governo anterior, cujas obras se arrastam até hoje, na segunda administração do atual governo, conforme artigo publicado no dia 11 de junho deste ano, sob o título “Em meio a muitas cifras e promessas, Parque Anauá segue como símbolo do descaso”.
Da mesma forma que parece inacreditável que uma nova reforma está sendo feita na Praça das Fontes, após um gasto milionário de revitalização, também é impensável que, até aqui, ninguém tenha dado nenhuma satisfação sobre o que está ocorrendo com essas intermináveis obras anunciadas sob cifras milionárias – nem mesmo os órgãos de controle.
*Colunista
