AFONSO RODRIGUES

Os dias são normais, nós é que os bagunçamos

Afonso Rodrigues de Oliveira

“Dia normal, deixe-me perceber o tesouro que você é. Deixe-me aprender com você, amá-lo, abençoá-lo antes da sua partida”. (Mary Jean Iron)

Na verdade, as diferenças são criadas por nós, dependendo do nosso grau de sentimentos, que faz parte da nossa evolução racional. Fica difícil pra dedéu, falar sobre esse assunto sem ser confundido como religioso ou coisa assim. Mas não se confunda. Observando o movimento do dia 2 de novembro fico pensando como ainda sofremos por desconhecermos a racionalidade. O quanto sofremos e choramos com a saudade que sentimos dos entes queridos que perdemos. Quando na verdade não sentimos falta do ente querido, mas da presença do corpo dele. Porque ele permanece em nossa lembrança. Não há como esquecê-lo quando o amamos. Sentimos falta da presença, do amor, do afeto e de tudo que nos ligou durante a presença dele.

O importante é que sejamos o melhor que pudermos ser, para que nossa falta seja sentida. Mas devemos ser racionais para entender que somos todos imortais, nosso corpo é que tem o prazo de validade. O que nos recomenda que sejamos o melhor que pudermos ser para com as outras pessoas, para que sejamos sempre lembrados, mas sem pesar nem sofrimento. “Não viva para que sua presença seja notada, mas para que sua falta seja sentida”. (Bob Marley). Quando sentimos falta de alguém devemos fazer o melhor para sermos o melhor para os presentes, só assim nossa falta será sentida. E ser sentido não significa apenas ser lembrado. Quando nos lembramos com amor os sentimentos nos mostram o quanto fomos amados pelo que já se foi.

Quando saímos deste corpo voltamos para a nova tarefa de evolução na caminhada da racionalidade, para nossa volta ao nosso mundo de origem. O que faz com que vivamos nossa vida da melhor maneira que pudermos, dentro do racional, para que não precisemos permanecer mais por aqui, sobre esta Terra, mais tantas eternidades. O importante para o nosso desenvolvimento é que nos desenvolvamos racionalmente, para que nossa falta, quando formos, seja realmente sentida, mas sem sentimentalismo, mas com muito amor e gratidão pelo já vivido. E só conseguiremos isso valorizando-nos como timoneiros do nosso destino. O que só conseguiremos valorizando-nos no que realmente somos. E dando aos outros, parte do que temos como valores para o desenvolvimento racional. E todo o poder está dentro de cada um de nós, na nossa mente. Porque somos o que somos, mas nem sempre somos o que pensamos que somos. Ame para ser amado, ou amada. E o amor não deve ser confundido com posse nem desejo. Pense nisso.

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