Bom dia,

Hoje é sexta-feira (02.10). À semelhança de um torniquete, aumentam as pressões internas e externas contra a política ambiental do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Qualquer medida que o atual governo brasileiro adote em relação ao  meio ambiente resulta em enorme pressão, vinda dos grupos sociais organizados, especialmente da chamada comunidade acadêmica/científica; da imprensa engajada no regime internacional do meio ambiente; das organizações  não governamentais (ongs) -quase todas internacionais-; dos governos estrangeiros -até mesmo de candidatos à presidência de alguns desses países, como o democrata Joe Biden nos Estados Unidos da América (EUA)-; da parte aparelhada do estado brasileiro; e da igreja católica -sob comando direto do seu dirigente maior, o papa argentino Francisco.

Embora essas pressões ocorram como reação a qualquer iniciativa no território nacional -vide a recente anulação de normas ambientais sobre manguezais e restingas tomadas pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama)-, no fundo, o foco é a política ambiental do governo Bolsonaro em relação a Amazônia; sendo um equívoco essa discursão, – que parte sobretudo da base de apoio do governo-, de que os opositores a essa política sejam da esquerda brasileira e internacional.

Na verdade, por razões de natureza econômica e ideológica, a questão ambiental une, já faz algumas décadas, tanto a esquerda -órfã de ideias desde o desmoronamento do socialismo real-, e o grande capital internacional, cujo interesse é garantir que o crescimento populacional e econômico dos países da periferia não comprometam o nível de vida das populações mais desenvolvidas do mundo. Mas esta é uma questão muito complexa, impossível de sintetizar adequadamente neste espaço.

DENÚNCIA

Pois é, a igreja católica, através do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), está denunciando o Brasil junto ao Conselho de Direitos Humanos, da Organização das Nações Unidas (ONU), cuja presidente é a socialista chilena Michelle Bachelet, pela política do governo de Jair Bolsonaro em relação aos territórios indígenas na Amazônia. A ação da igreja católica, do papa argentino Francisco, que não tem conseguido lamber as próprias feridas causadas pela pedofelia e pela corrupção, faz parte do esquema de pressão internacional contra Bolsonaro e sua política ambiental para a Amazônia. O presidente brasileiro tem dito que seu governo não renuncia à soberania nacional sobre esta vasta região.

REUNIÃO

Enquanto aumentam as pressões nacionais e internacionais contra a política ambiental de Bolsonaro para a Amazônia e o próprio governo federal bate cabeça na tentativa de criar o Renda Cidadã, aqui em Roraima, o foco dos políticos são as eleições municipais, especialmente em Boa Vista. Fontes da Parabólica garantem que o governador Antônio Denárium (sem partido) chamou para uma conversa na noite de quarta-feira (30.09) quase toda sua equipe de governo -secretários de estado e seus adjuntos; e os dirigentes de empresas, autarquias-, cujo objeto era a eleição para prefeito da capital. Denárium disse que quer o empenho de todos na campanha da deputada federal Sheridan Oliveira (PSDB). Na reunião, o que não faltou foram críticas ao presidente da Assembleia Legislativa do Estado (ALE), o deputado estadual Jálser Renier (Solidariedade).

AUSENTES

Como era esperado, um dos poucos ausentes à conversa com o Antônio Denárium foi o secretário estadual de Saúde, Marcelo Lopes. Ele e seus adjuntos são indicações do deputado estadual Jálser Renier, que como se sabe, estão apoiando, e empenhados, na campanha do deputado federal Ottaci Nascimento (Solidariedade). Nesses primeiros dias de campanha, pelo que se ouve de bastidores, Sheridan e Ottaci têm centrado suas atenções, na hipótese de que são os principais adversários no processo eleitoral. Isso fica muito claro pelo que fazem e publicam nas redes sociais e nas conversas com apoiadores e grupos de eleitores.

BENEFICIAM

Um atento observador do que anda se passando nesses dias iniciais da campanha eleitoral pela Prefeitura Municipal de Boa Vista (PMBV) disse a Parabólica que o embate direto entre Ottaci Nascimento e Sheridan Oliveira pode resultar no enfraquecimento de ambas as candidaturas, fortalecendo especialmente, o candidato do ex-senador Romero Jucá (MDB), Arthur Henriques. Os “chutes na canela” entre candidatos no primeiro turno da eleição para a PMBV podem também inviabilizar alianças para o eventual segundo turno. “Fica difícil juntar cristais quando os estilhaços são muitos”, diz este observador.

RÁPIDAS

E continua a guerra de pesquisas de intenção de votos. Tem para o gosto de cada contratante e os números são os mais díspares possíveis, embora cada campanha tenha seus números mais aproximados. ### Afinal, como ficará daqui para frente a situação do hospital de campanha da Operação Acolhida. Segundo informações da própria Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) o número de mortes pela Covid19 tem aumentado bastante em Roraima. ### Como fez em relação à Defensoria Pública do Estado (DPE), o governador Antônio Denárium também assinou decreto concedendo crédito suplementar ao Ministério Público Estadual (MPE) e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). Os recursos foram remanejados da verba antes destinada a obras de infraestrutura viária (vicinais e estradas estaduais). ### Até segunda-feira.