Bom dia,
Hoje é quarta-feira (06.07). Em termos da campanha eleitoral para presidente da República, os dois candidatos -–Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL)-, que lideram as pesquisas de intenção de votos não disseram absolutamente nada em relação ao que farão, caso vençam o pleito, para enfrentar os principais problemas brasileiros. No máximo eles trocam farpas e fazem reuniões com os grandes empresários brasileiros, inclusive, os poderosíssimos banqueiros, para ouvir o que eles desejam para o país. É muito pouco face à montanha de problemas e gargalos que o Brasil precisa enfrentar, e vencer, para sair do atoleiro econômico e social em que foi metido.
Com relação à disputa pelo governo do estado a expectativa é de que os candidatos comecem a falar sobre propostas, de como deverão encarar a precariedade da infraestrutura viária estadual – nossas estradas estão literalmente na lama-; a saúde pública segue na UTI; e educação precisa recuperar os seríssimos prejuízos decorrentes de quase quatro anos de paralisação.. A torcida é que eles comecem a falar sobre esses temas, inclusive, de suas posições em relação à garimpagem no estado.
NÚMEROS
Dermailton Bezerra da Silva (Miúdo) é um dos mais dedicados observadores da cena política local. Ele fez um levantamento do número de candidatos que devem disputar as eleições em Roraima o próximo dia 02 de outubro e chegou aos seguintes resultados, ainda nesta fase de pré-candidaturas: deputado estadual (502); deputado federal (178); senador (07) e governador (06). Um total de 696 candidatos/candidatas, considerando que cada chapa de senador deverá inscrever também dois suplentes. Na nominata para deputados/deputadas federais e estaduais o mínimo de 30% deve ser constituído de mulheres. É claro, até o efetivo registro das candidaturas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RR) esses números podem ter alguma alteração, mas o autor das projeções tem muita experiência em eleições por aqui. São 32 0s partidos com registro no TRE-RR.
PESQUISA
A guerra de pesquisa de intenção de votos deve ficar mais acirrada à proporção que o processo eleitoral avance. Já dissemos aqui que há pesquisa para todos os gostos e bolsos. As poderosas antenas de Parabólica captaram a informação de que nos próximos dias deve ser publicada uma sondagem entre eleitores e eleitoras roraimenses. cujo registro na Justiça Eleitoral foi pedido, e pago, por um veículo de comunicação local. Não custa lembrar que pesquisa é apenas um registro do momento, mesmo que ela seja feita com competência técnica e de boa-fé. Coisas raras em períodos eleitorais.
EXPECTATIVA
Aliás, mesmo que o resultado de sondagens de intenção de votos deva ser olhado com cautela, experientes observadores do processo eleitoral roraimense acreditam firmemente que a eleição para governador/governadora do estado deve ser definida já no primeiro no turno. A única possibilidade de que a decisão só venha a ser definida no segundo turno é de que a diferença entre os mais votados seja tão pequena que a soma votação dos demais candidatos seja maior que a diferença de votos entre os ponteiros. De qualquer forma, é preciso esperar o resultado colhido das urnas.
SERÁ?
A base governista, e o próprio governo, parecem satisfeitos com a decisão do colégio de líderes do Senado Federal, acatada pelo presidente daquela casa congressual, Rodrigo Pacheco (PSD/MG) de mandar que fique para depois das eleições a abertura de qualquer Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Há pelo menos quatro delas na fila. É claro que o cenário que sairá das urnas poderá dar novo fôlego, para mais e para menos, para algumas desses CPIs. No caso específico da proposta que visa apurar eventual processo de corrupção no Ministério da Educação durante a gestão de Milton Ribeiro, ela poderá ser incendiária contra o governo de Jair Bolsonaro (PL) ou morrerá de inanição caso o atual presidente seja reeleito.
PEC DA BONDADE.
Como era previsto, as lideranças na Câmara dos Deputados decidiram manter na integridade o texto aprovado na semana passada da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que cria as condições – os gastos adicionais não entram no teto de gastos e revoga a proibição de que sejam criados benefícios sociais em ano de eleição-, para que o governo crie o chamado pacote de bondades. Se houvesse modificação o texto legal deveria voltar a ser examinado pelos senadores. Sem alteração feita pelo relator, é possível que a PEC de Bondades seja vota em dois turnos na Câmara Federal ainda na próxima semana, a última antes do recesso parlamentar.