RUA CAUBI BRASIL DE MAGALHÃES Bairros Dr. Sylvio Lofego Botelho e Senador Hélio Campos ____________
O roraimense Caubi Brasil de Magalhães nasceu no dia 23/05/1902 na localidade do Bem-Querer, próximo da sede do Município de Caracaraí. Era filho do major Carlos Mardel de Magalhães e de Eliza Brasil Magalhães.
Ao ficar órfão ainda quando criança, Caubi foi para Manaus morar com o seu tio Bento Brasil. E, ao se tornar adolescente passou a trabalhar na gráfica deste seu tio e, depois, dele recebeu a missão de pilotar o barco-recreio de nome Ajuricaba, que fazia o trajeto Manaus-Boa Vista, transportando pessoas e mercadorias, haja vista que ainda não havia a BR-174 (inaugurada somente em 1975).
Caubi Brasil Magalhães casou-se em Boa Vista com a senhora Militina Level Gutierre (depois do casamento trocou o sobrenome “Gutierre” por “Magalhães). Ela era filha de Quintino Level Gutierre e de Evangelista Ribeiro Gutierre.
O casal Caubi e Militina foi morar na fazenda “Janicurú”, no alto rio Tacutu, pertencente ao sogro Quintino Level, onde o Caubi passou a criar gado e produzir queijo. A esposa Militina era uma excelente artesã e costureira. Ficou famosa pelos seus trabalhos manuais e pelas belíssimas redes que fazia e vendia aqui em Boa Vista.
Em 1936 o casal deixou a fazenda e veio para Boa Vista, e aqui o Caubi alugou uma casa na Rua Bento Brasil, ao lado do “Moura Bar” (do senhor Antonio Luitigards Moura). Em 1937 Caubi arrendou aquele Bar e Sorveteria e passou a trabalhar neste comércio.
No ano seguinte Caubi foi trabalhar como gerente da Padaria do Senhor Felipe Xaud. Tempos depois montou sua própria padaria na Rua Floriano Peixoto (num prédio defronte a hoje Escola Ayrton Senna).
O casal Caubi e Militina teve os seguintes filhos:
Délio Level Magalhães; Ceci Brasil; Iaci Brasil; Défino Carlos Magalhães (falecido) Damir Level Magalhães; Délcio Level Magalhães (falecido); Carlos Mardel Magalhães neto; Caubi Brasil Magalhães filho (falecido), e José Dilson Magalhães (falecido).
Em 03 de Julho de 1941, quando Boa Vista ainda pertencia ao Estado do Amazonas, Caubi Magalhães foi nomeado Delegado Geral de Polícia do Município de Boa Vista.
E, em 1945, quando aqui já era Território Federal do Rio Branco, Caubi foi nomeado Delegado de Polícia do Interior, e designado para o Surumu – onde foi o primeiro Delegado daquela região.
Em 1947 retornou a Boa Vista e foi nomeado Diretor da Divisão de Segurança e Guarda (o equivalente ao hoje cargo de “Secretário de Estado da Segurança”). E foi nessa função que se aposentou aos 56 anos de idade.
Caubi sofria de problemas cardíacos e isto fez com que apressasse sua aposentadoria. Ele já havia feito várias viagens a Manaus para tratamento médico, mas a cada dia os problemas de saúde aumentavam.
A esposa Militina, que sempre o acompanhava, lhe dispensava todo o carinho e dedicação, mas via que o tratamento não estava dando o resultado esperado. Ainda passaram alguns meses nos hospitais de Manaus, mas a saudade dos filhos fez com que o casal voltasse em definitivo para Boa Vista.
Com os problemas de saúde agravando, Caubi faleceu no dia 22 de janeiro de 1984, aos 82 anos de idade, vítima de parada cardiorrespiratória. O seu Atestado de Óbito foi assinado pelo médico Alceste Madeira de Almeida.
Dois anos após a morte de Caubi, faleceu a esposa Militina Level Magalhães no dia 15 de dezembro de 1986, aos 80 anos de idade.
Caubi e Militina formava um casal empreendedor. Trabalharam muito e participaram efetivamente do desenvolvimento socioeconômico de Roraima. Deixaram para seus descendentes os meios necessários para uma vida melhor do que a deles. Ainda hoje a família descendente é proprietária e locatária de alguns prédios, principalmente na Avenida Jaime Brasil, no Centro da cidade.
A Câmara Municipal de Boa Vista, através do à época vereador Otoniel Ferreira de Souza, aprovou a Lei nº 680, datada de 11 de julho de 2003, denominando uma Rua no Bairro Dr. Sylvio Lofego Botelho com o nome de: Rua Caubi Brasil de Magalhães (publicada no Diário Oficial do Município de Boa Vista, sob nº. 1035, datado de 22/07/2003).
Quando foi em novembro do mesmo ano (2003), o à época, vereador Ruben da Silva Bento, apresentou um Projeto de Lei ampliando a denominação da Rua Caubi Brasil Magalhães, para mais um bairro – na mesma direção e sequência numérica. Assim, a rua, que estava apenas no Bairro Dr. Sylvio Lofêgo Botelho, passou a ser também Rua no Bairro Senador Hélio Campos, conforme Lei aprovada de nº 711/03, de 17/11/2003, publicada no Diário Oficial do Município, sob nº 1120 de 19/11/2003.