RUA JOSÉ DA SILVA PEREIRA CAMPOS- no Bairro Conjunto Cambará –
O personagem desta terça-feira, José da Silva Pereira Campos, foi um funcionário público exemplar no Território Federal do Rio Branco, hoje o Estado de Roraima. Oficialmente admitido no serviço público em 15/01/1946, no cargo de Tesoureiro, o servidor José Pereira Campos, foi promovido à Contador do Serviço de Administração Geral (SAG) e posteriormente Diretor do SAG e, por fim ocupou em diversas ocasiões o cargo de Secretário Geral do Governo do Território (o equivalente hoje a vice-governador), conforme os Boletins Oficiais (Diário Oficial) de nºs: 002, 09, e 15, nos meses de janeiro e março de 1946. E, como Governador substituto, nos meses de abril, agosto e outubro de 1956.
José Campos nasceu em Pacatuba, no interior do Ceará, no dia 12 de outubro de 1910. Era filho do casal Francisco Pereira Campos e Beatriz da Silva Campos, numa família de oito irmãos (5 homens e 3 mulheres). José veio para o Amazonas em junho de 1945, logo após o término da 2ª Guerra Mundial. Na capital Manaus, trabalhou em alguns serviços que apareceu no momento, mas sempre desejoso de vir para Boa Vista, pois soubera que no recém-criado Território Federal do Rio Branco, havia exploração de garimpo de Ouro e Diamante. E, com este objetivo ele veio a Boa Vista e, três dias depois, foi para a região do Tepequém, onde, realmente, estava havendo atividade garimpeira. Passou algum tempo no garimpo e lá conheceu um senhor a quem ajudou e este redigiu uma correspondência para uma autoridade em Boa Vista e, com este documento em mãos, ele deixou a região de garimpo e veio para a capital, onde foi admitido no Serviço Público em 15/01/1946, no governo do coronel Felix Valois de Araújo, de quem se tornou amigo e assessor. E, assim aconteceu com os demais governadores que vieram em seguida, a exemplo do governador Clovis Nova da Costa.
José Campos encerrou sua carreira funcional na função de Tesoureiro no dia 06 de outubro de 1956, aposentado, por invalidez, após prestar relevantes serviços na administração geral do Território Federal do Rio Branco.
José Campos foi casado em segunda núpcias com a guianense EILLEN MARY KING FARIAS, em 1945, e tiveram oito filhos: Maria da Conceição, Fátima Maria, Francisco Newton, Beatriz Marilena, José Airton, Antônio Sérgio, Cirilo Francis e Paulo Roberto (todos com o sobrenome: “de King Campos”).
A Família King Campos era proprietária da Fazenda: “Cearazinho”, situada na Serra do Banco, na região do Surumú; e da “Fazenda Canudos”, às margens do rio Uraricoera, próxima à Ponte. E, aqui em Boa Vista, José Campos instalou a Fazenda “Vila Marilena”, depois este lugar foi chamado de o “Lago dos Americanos”, onde está hoje o Parque Anauá, na Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes.
A residência da Família King Campos estava situada no Centro da cidade, na Rua Benjamin Constant, à época, diante do primeiro Aeroporto de Boa Vista, próximo ao Centro Cívico.
José da Silva Pereira Campos faleceu no dia 24 de outubro de 1959, num dos leitos do antigo Hospital Nossa Senhora de Fátima (na Rua Bento Brasil, ao lado da Igreja Matriz).
Como reconhecimento ao seu empenho, trabalho, honradez e, sobretudo, dedicação ao serviço público e à sociedade roraimense, é que o à época vereador Ruben Bento, apresentou um Projeto de Lei homenageando o José Campos, com seu nome no Bairro Cambará.
A “RUA JOSÉ DA SILVA PEREIRA CAMPOS” é uma das principais daquele Bairro, e a Lei Municipal que a denomina é a de nº 678/03, de 11/07/2003, publicada no Diário Oficial do Município de Boa Vista, sob nº 1035, datado de 22/07/2003.